terça-feira, 29 de setembro de 2015

BRICS, БРИКС/AO VIVO, DE NEW YORK, "PUTIN O GRANDE"!

24/9/2015, Pátria Latinahttp://www.patrialatina.com.br (Brasil)


É o suspense geopolítico máximo da temporada: será que o presidente Barack Obama dos EUA finalmente decidirá conversar com o presidente Vladimir Putin da Rússia, ou nessa 6a-feira ou durante a Assembleia Geral da ONU, semana que vem em New York?

O dramático movimento dos russos na Síria, que virou o jogo – não só entrega de armas, mas a real possibilidade de real intervenção pela Força Aérea da Rússia – deixou todos zonzos na área da Avenida 
Beltway.

O ministro de Relações Exteriores da Síria Walled Muallem 
disse claramente ao jornal RT que o envolvimento direto dos russos na luta contra ISIS/ISIL/Daesh e os tais "moderados" (como os neoconservadores dos EUA os tratam) da Frente al-Nusra, codinome Al-Qaeda na Síria, é ainda mais importante que as armas fornecidas.

Washington, entrementes, permanece enredada num buraco negro geopolítico, para tudo que tenha a ver com a estratégia de Putin. A resposta do governo Obama está conectada como os dois lados de uma dobradura a como será recebido em todo o mundo o discurso de Putin na ONU, e a como se desenrolará a diplomacia frenética relacionada ao teatro de guerra na Síria.

É ingenuidade interpretar o avanço militar dos russos como mero show de força, convite aos norte-americanos para
que afinal se sentem e discutam tudo, do sudoeste da Ásia à Ucrânia.

Também é ingenuidade interpretar o movimento como desespero, em Moscou, por algum diálogo, no sentido dequalquer diálogo. Não há ilusões no Kremlin. Obama e Putin trocaram umas poucas palavras em Pequim, ano passado – e foi só; nada de visitas oficiais, nada de encontros detalhados.

O que é certo é que a mais recente jogada do xadrez de Putin tem potencial para reduzir a cacos a 'estratégia' do governo Obama pós-Maidan de isolar a Rússia. Daí o medo previsível, o ranger de dentes e a paranoia que tomou conta de toda a área da Avenida Beltway.

Velhos hábitos de Guerra Fria 2.0 são duros de morrer – se é que morrem. Washington pode estender o proverbial"apoio financeiro" à falida e falhada Ucrânia, e a pressão sobre a União Europeia para que mantenha as sanções ao longo de 2016 permanecerá. Toda a 'Think-tank-elândia' nos EUA continua a repetir e divulgar freneticamente que o governo Obama "não está pronto"para negociar com a Rússia.

Bem, pelo menos a Casa Branca e o Departamento de Estado parecem ter afinal compreendido que aqueles mísseis terra-ar e Sukhois que agora estão na Síria lá estão para proteger a base aérea em Latakia. O Pentágono que trate de explicar para um John Kerry perfeitamente desentendido de tudo: eles lá estão como "força de proteção".

A nova remessa já entregue inclui 4 jatos de combate multifuncionais Su-30SM; 12 jatos de ataque em terra Su-25; 12 jatos de ataque Su-24M; e seis possíveis helicópteros de ataque Ka-52. Segundo IHS Jane’s, "é significativa capacidade para atacar rebeldes que se opõem ao governo sírio e para prover a perfeita segurança de Latakia, terra natal do presidente Bashar al-Assad."

A elucidação veio depois que o El Supremo do Pentágono, Ash Carter e o ministro da Defesa da Rússia Sergei Shoigu mantiveram conversa de 50 minutos por telefone. O fato de ter sido o primeiro telefonema entre os dois em mais de um ano diz tudo que é preciso saber para avaliar as competências "diplomáticas" do governo Obama.

Inevitavelmente, Kerry teve de mudar sua conversa: as armas já não levantam "sérias questões". Agora, Kerry está dizendo, essencialmente, que Moscou tem o direito de super turbinar sua ação de paz-para-a-Síria, e a Casa Branca já não repete em frenesi, incontáveis vezes, que Assad-tem-de-sair, desde que haja uma "transição".

Observem o tabuleiro do xadrez

Putin fará discurso daqueles de fazer parar o espetáculo na ONU. Dedicará um breve parágrafo aos fantoches que ativaram a política externa do governo Obama, incluída a célula neoconservadora no Departamento de Estado. Putin, sob os olhos da opinião pública global anunciará o descarte total do ISIS/ISIL/Daesh, que deixará de existir como questão geopolítica chave dos tempos atuais; vai declarar que a tarefa será levada a cabo pela Rússia; e proporá que o 'ocidente' una-se à Rússia.

Cenário 1: Washington e seus lacaios na UE decidem apoiar a ação dos russos, ou, pelo menos, a tal coalizão de oportunistas espertalhões liderada pelos EUA será posta a trabalhar lado a lado com a Rússia – e com o Irã.

Significa ajudar Damasco a vencer guerra de verdade contra o terror (do "Califato"). "Assad tem de sair" talvez, quem sabe; mas depois. E sairá como vencedor.

O governo Obama – além do sultão Erdogan, do Qatar, da Casa de Saud – serão expostos ao mundo como responsáveis por terem prolongado uma tragédia que poderia ter sido resolvida em 2012. E a R



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