quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Moçambique e África do Sul estudam gasoduto com 2.600 km

10 dezembro 2014, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
Um estudo de viabilidade para o desenvolvimento de um gasoduto com 2.600 quilómetros a ligar a região norte de Moçambique à África do Sul vai ser brevemente iniciado, anunciou a empresa sul-africana SacOil Holdings.

Segundo um comunicado de imprensa da SacOil Holdings, o estudo de viabilidade técnico e comercial resulta de um acordo de desenvolvimento conjunto entre a empresa privada e as organizações estatais moçambicana Instituto Nacional de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) e sul-africana Public Investment Corporation SOC Limited (PIC), que
foi assinado no início do mês.

Com uma estimativa de custo de cerca de seis mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros), a infraestrutura pretende utilizar as reservas de gás natural descobertas na bacia sedimentar do Rovuma, na província de Cabo Delgado, para a produção de energia em vários pontos de Moçambique, além da África do Sul, o principal mercado, Botswana, Malawe, Zâmbia, Zimbabwe e outros países da região.

O projecto pretende igualmente fazer aumentar a procura de gás para a utilização em veículos, indústrias e habitações, promovendo o desenvolvimento industrial em Moçambique, além de propor «um maior acesso da população a esta fonte de energia limpa, a redução das importações de petróleo e uma menor emissão de carbono e impostos sobre o carbono», lê-se no documento.

«O projecto de gás de Moçambique é a chave para a transformação económica da região sul de África. A nossa participação está em linha com a estratégia de longo prazo da SacOil de ser uma empresa líder de petróleo e gás no continente», comentou o presidente do Conselho Executivo da empresa, Thabo Kgogo.

Estimativas das autoridades moçambicanas apontam para a existência de reservas de cerca de 200 biliões de pés cúbicos de gás natural na bacia do Rovuma, onde dois consórcios, Área 1 e Área 4, respetivamente liderados pela norte-americana Anadarko e pela italiana ENI, desenvolvem há quatro anos atividades de prospecção. (RM/Lusa)


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