terça-feira, 14 de outubro de 2014

Angola/Memorial no Ebo um tributo a Cuba

14 outubro 2014, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)

Victor Pedro, Sumbe

O Governo do Cuanza Sul vai construir um memorial no Ebo para homenagear os internacionalistas cubanos tombados durante a batalha travada na região que, a par de Quifangondo, foi crucial para impedir a entrada em Luanda das tropas estrangeiras, antes da proclamação da independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.

A ser construído no âmbito do 40º aniversário da Independência Nacional, o memorial à batalha do Ebo, onde morreu o comandante cubano Dias Argueles, é também uma forma de agradecimento ao povo cubano pelo apoio que continua a dar ao progresso e desenvolvimento de Angola.

A vice-governadora do Cuanza Sul para o sector Político e Social, que anunciou a construção do memorial durante a visita da embaixadora de Cuba àquela província, afirmou que o trabalho dos quadros cubanos nos vários domínios da vida social na província serve de exemplo aos profissionais nacionais.

Maria de Lourdes Veigas considerou positiva a visita da embaixadora cubana, por ter reforçado os laços de irmandade que unem os dois povos, que partilham os mesmos interesses nos vários domínios da vida política, económica e social.

Para a vice-governadora, o momento foi oportuno, porque
fruto das parcerias estratégicas com aquele país, a província do Cuanza Sul resistiu e tornou-se um símbolo na História de Angola e para as futuras gerações.

A embaixadora de Cuba em Angola, Gisela Garcia Rivera, elogiou o papel estratégico e histórico que o Cuanza Sul teve na Luta de Libertação Nacional contra o regime colonial português e que culminou com a proclamação da independência, em 1975.

A diplomata teve um encontro com a vice-governadora, de quem recebeu informações sobre as acções do Governo nas áreas da educação, saúde, fornecimento de energia e água potável e construção de infra-estruturas de impacto social. Gisela Garcia Rivera visitou a localidade das cachoeiras da Binga, onde recebeu informações sobre os combates que as tropas angolanas, auxiliadas por combatentes cubanos, travaram com as forças do regime do apartheid da África do Sul, que pretendiam progredir para a capital do país e impedir a proclamação da independência.

A província do Cuanza Sul tem 175 cubanos, dos quais 79 médicos, 74 professores e outros 20 encontram-se em regime de contratados, que estão distribuídos por diversas áreas nos 11 municípios da província.


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