sexta-feira, 11 de abril de 2014

Portugal/12 DE ABRIL : DIA NACIONAL DE LUTA DOS REFORMADOS, APOSENTADOS E PENSIONISTAS

10 abril 2014, Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos, MURPI http://www.murpi.pt (Portugal)


REFORMADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS


Dia Nacional de Luta dos Reformados, Aposentados e Pensionistas

A Direcção da Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos, MURPI decide convocar uma Acção Nacional de Luta dos reformados, aposentados e pensionistas para o próximo dia 12 de Abril.

Esta Acção Nacional tem como objectivo a realização de acções em diversos pontos do País, sendo desde já convocada para o dia 12 de Abril uma Marcha de reformados, aposentados e pensionistas a realizar em Lisboa, a partir da Praça do Município, com o seguinte lema: POR ABRIL/CONTRA OS ROUBOS NAS PENSÕES/MARCHA DE INDIGNAÇÃO E PROTESTO.

No 40º Aniversário da Revolução de Abril, numa situação de forte ofensiva deste Governo contra os rendimentos e as condições de vida dos reformados, o MURPI ao promover esta Acção Nacional de Luta pretende, não só reforçar e ampliar a luta travada por diversos sectores de reformados, dando mais força à sua indignação e protesto, como valorizar a unidade da sua luta contra os roubos das suas pensões e dos seus direitos sociais.



O MURPI, constituído em 1978, pela força de Abril, é a expressão da organização de milhares de reformados, pensionistas e idosos, que criaram o seu movimento associativo e a suas Associações para defender os seus direitos sociais (elevação das condições de vida, pelo direito às pensões, pelo direito à saúde) e também para valorizar culturalmente as formas de ocupação de tempos livres.

O MURPI está confiante no empenhamento de todas as suas estruturas no êxito dos objectivos desta Acção Nacional, pela afirmação da actualidade do projecto da Confederação, enquanto estrutura organizativa da defesa dos direitos dos reformados, aposentados e pensionistas e da visibilidade do património cultural das suas Associações.

O MURPI está confiante na adesão e participação de milhares de reformados, aposentados e pensionistas, homens e mulheres que não estando directamente associados a esta Confederação se assumem como sujeitos activos na luta em defesa dos seus direitos sociais fortemente ameaçados pela política do actual Governo.

Um Governo que rouba aos portugueses parte dos seus rendimentos para entregar à Banca e aos grupos financeiros dezenas de milhões de euros em benefícios fiscais.

Um Governo que se prepara para alterar os critérios de atribuição da pensão de sobrevivência penalizando mais uma vez os pensionistas.

Um Governo que procura enganar os portugueses quando afirma que 85% dos pensionistas não são atingidos por estas medidas de cortes e de austeridade, escondendo que cerca de dois milhões de pensionistas vivem em risco de pobreza, com baixos valores de reformas e que congelou a grande maioria das pensões (pensões de velhice, invalidez e sobrevivência) desde 2010.

Um Governo que criou a ilusão de que os cortes nos direitos tinham carácter transitório quando pretende, de facto, torná-los definitivos, penalizando as actuais e futuras gerações de reformados.

A tudo isto acresce o aumento de uma pesada carga fiscal, dos preços dos bens e serviços essenciais, dos transportes, das rendas de casa e das despesas com saúde que levam a um empobrecimento generalizado deste grupo social. Um grupo social que é chamado a apoiar filhos e netos, também eles a braços com duras condições de vida e de trabalho e em que em muitos casos são obrigados a emigrar.

Por tudo isto, a Acção Nacional de Luta dos reformados, aposentados e pensionistas será expressão da confiança na justeza da exigência de demissão do actual Governo e de convocação de eleições antecipadas que abram caminho a soluções políticas e governativas ancoradas nos valores e direitos de Abril e plasmadas na Constituição da República.

Os reformados, aposentados e pensionistas lutam em defesa de direitos próprios num Portugal mais justo, mais solidário e soberano.

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Grândola, Vila Morena, letra e música
19 fevereiro 2013, Esquerda Marxista http://www.marxismo.org.br (Brasil)
http://www.marxismo.org.br/blog/2013/02/19/grandola-vila-morena-letra-e-musica



Grândola, vila morena
Por: Zeca Afonso, cantor, letra e Música

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

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História, atualidade e impacto ainda hoje de Grândola, Vila Morena

Título de Mercosul & CPLP

Original, Wikipédia: Grândola, Vila Morena http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A2ndola,_Vila_Morena


"Grândola, Vila Morena"'é uma canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização daRevolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre o povo de Grândola, vila do Alentejo. À meia noite e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção foi transmitida pelo programa independente Limite através da Rádio Renascença como sinal para confirmar o início da revolução. Também por esse motivo, transformou-se em símbolo da revolução, assim como do início da democracia em Portugal. (…)

A canção foi incluída no álbum Cantigas do Maio, gravado em dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical de José Mário Branco. «Grândola, vila morena» é a quinta faixa do álbum, gravado em Hérouville, França entre 11 de outubro e 4 de novembrode 1971.

Zeca Afonso estreou a canção em Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972.

No dia 29 de março de 1974, «Grândola, vila morena» foi cantada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura havia proibido a interpretação de várias canções de Zeca, entre as quais «Venham mais cinco», «Menina dos olhos tristes», «A morte saiu à rua» e «Gastão era perfeito».

À meia-noite e vinte minutos da madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a «Grândola, vila morena» foi tocada no programa independente Limite transmitido através da Rádio Renascença. Era a senha para o arranque definitivo e simultâneo em todo o País das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. O primeiro sinal, tocada cerca de hora e meia antes, às 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril, foi a música «E depois do adeus», cantada por Paulo de Carvalho, atrvés doa Emissores Associados de Lisboa, audível apenas na capital.

Pouco antes da sua morte, Zeca Afonso e vários amigos seus galegos cantaram ao vivo e gravaram uma nova edição da canção na Homenagem da Galiza a José Afonso.

Ainda na década de 1970, Nara Leão lançou no Brasil, em compacto simples, a canção.
Em 1987 foi regravada pelo grupo de rock brasileiro 365, no seu LP Mix da Música São Paulo, constando na sétima faixa com o nome de «Vila Morena».

Em Fevereiro de 2013, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho falava no debate quinzenal com os deputados quando foi interrompido pelo movimento "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" a cantar "Vila Morena" como forma de protesto contra as políticas económicas de seu governo e da troika.1 2 3 Dias depois esta mesma música foi cantada em Madrid na Puerta del Sol, pelo Movimiento 15-M aquando de uma manifestação.4 5 No dia 18 de Fevereiro, num encontro promovido pelo Clube dos Pensadores, o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi igualmente interrompido por manifestantes ao som do Grândola, tendo chegado a entoar alguns versos da música.6 7 8

 

(…)

Referências
1.     Ir para cima Madalena Salema (15 de Fevereiro de 2013). Debate quinzenal marcado pela "Grândola Vila Morena" e pelo recorde do desemprego. RTP. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
2.     Ir para cima "Grândola, Vila Morena" interrompe Passos Coelho no debate quinzenal. SIC Noticias (15 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
3.     Ir para cima Leonardo Negrão (15 de Fevereiro de 2013). Discurso de Primeiro-Ministro interrompido por "Grândola Vila Morena". Dinheiro Vivo. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
4.     Ir para cima Milhares de espanhóis manifestaram-se ao som de Grândola Vila Morena em Madrid. Visão (17 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
5.     Ir para cima «Grândola, Vila Morena» também se canta em Madrid. TVI24 (17 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
6.     Ir para cima Alexandra Campos (20 de Fevereiro de 2013). Manifestantes cantam o Grândola, Vila Morena ao ministro da Saúde. Público. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
7.     Ir para cima Pedro Sales Dias (18 de Fevereiro de 2013). Relvas interrompido por “Grândola Vila Morena”: “Governo só vai embora em 2015 se portugueses quiserem”. Público. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
8.     Ir para cima Grândola Vila Morena: A história da música que voltou para irritar ministros. Dinheiro Vivo (20 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
    

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