segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Portugal/Sobre a alegada utilização de armas químicas na Síria



25 agosto 2013, ODiário.info http://www.odiario.info (Portugal)


Neste comunicado o Conselho Português para a Paz e a Comunicação denuncia a presente manipulação em curso que sem apresentar provas – como, entre outras muitas mentiras, fez com a invasão do Iraque –, tenta responsabilizar o governo sírio pela utilização de armas químicas.

A direcção nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação expressa a sua preocupação com a mais recente proliferação de relatos sobre eventuais usos de armas químicas na Síria e manifesta a fraternal solidariedade com o povo sírio que enfrenta uma grave e prolongada situação de agressão.

Usando esse argumento como pretexto, as ameaças contra a Síria voltaram a subir de tom por parte dos mesmos que alimentam este conflito e tentam dividir o povo sírio, o que relembra a campanha internacional de mentiras, que foi desenvolvida contra o Iraque
e a sua possível posse e utilização de armas de destruição massiva, para justificar a sua invasão pelos EUA e seus aliados.

No plano internacional, várias organizações estão a chamar a atenção para a falta de credibilidade das ditas “provas irrefutáveis” apresentadas sobre a utilização de armas químicas, por parte das forças governamentais.

Mais uma vez, importa recordar que a CNN noticiou, em Dezembro de 2012, que os EUA estavam a usar mercenários e forças especiais para treinar grupos da “oposição” no manuseamento de armas químicas e que houve a apreensão de gás sarin pela polícia turca, o qual estava em posse de um grupo afiliado à Al-Qaeda que se dirigia para a Síria.

Neste contexto, o CPPC lamenta que certa comunicação social não tenha em conta o embuste em que caiu aquando da preparação da invasão do Iraque e apela, no espírito e respeito da Carta das Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia para a resolução pacífica dos conflitos na região. De igual forma, reafirma que todos os povos, incluindo o da Síria, têm o direito a viver em paz e em democracia e a determinar o seu presente e futuro, livres de quaisquer ingerências e de acordo com as suas decisões soberanas.

Lisboa 22 de Agosto de 2013

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