quinta-feira, 1 de março de 2012

China é o maior parceiro comercial de África e promete aprofundar ligações


27 fevereiro 2012/Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)  

Macau, China – A China tornou-se em 2011 no maior parceiro comercial de África, com trocas de 160 mil milhões de dólares, e vai continuar a aprofundar as ligações aos países africanos, reforçando o comércio, o investimento e a cooperação.

Um texto de reflexão publicado este mês pelo conselheiro económico e comercial da embaixada da China de Angola defende que “a China, como o maior país em desenvolvimento, e a África, como um continente com mais países em desenvolvimento” têm tido “um caminho comum altamente eficaz”.

As trocas comerciais expandiram-se de 129,6 mil milhões de dólares em 2010 para 160 mil milhões de dólares no ano passado, tornando a China “o maior parceiro comercial da África”.

Segundo o texto de reflexão da embaixada chinesa em Luanda, o investimento em África ascende actualmente a 40 mil milhões de dólares, dos quais 14,7 mil milhões de investimento directo, havendo mais de 2 mil empresas chinesas que estão a investir no continente.

Na ajuda ao desenvolvimento, a “eficácia é alta”, seja na construção de “escolas, hospitais, estradas, pontes, abastecimento de água”, ou formação de “especialistas em agricultura, equipes médicas e voluntários jovens”.

Quanto ao futuro, os objectivos para o comércio passam por “promover o equilíbrio e melhorar a qualidade”, abrindo os mercados da China aos produtos africanos, e “aplicar activamente a política de isenção de taxas dos produtos exportados pela África para a China” para estimular estas importações “especialmente as de maior valor acrescentado”.

“Ao mesmo tempo, a China está a considerar a realização de exposições dos produtos das marcas chinesas em África para promover a exportação de mais produtos de alta qualidade, a fim de tornar ‘Made in China’ uma designação de origem nas mentes das pessoas na África”, refere.

Um segundo objectivo é “expandir o investimento na África e melhorar a capacidade industrial”, transferindo “mais tecnologia e experiência de gestão para a África, para alterar o ‘Made in China’ para Fabricação Africana, ajudando os países africanos a aumentar o valor acrescentado de produtos, treinando pessoal técnico e promovendo locais postos de trabalho”.

A cooperação chinesa continuará a expandir-se nos sectores da Agricultura, Educação, Saúde, Recursos Humanos.

Nas infra-estruturas, pretende-se incentivar “instituições financeiras e as empresas da China a participar na construção de projectos de electricidade, telecomunicações, transportes e outros” para que o continente ”melhore gradualmente o investimento e comércio e meio ambiente” e ainda promover o processo de integração económica regional”.

Perante as dificuldades económicas globais, defende, os “interesses comuns e necessidades mútuas das China e África aumentam ainda mais” e os dois lados estão a “enfrentar desafios globais complexos, [mas] também uma rara oportunidade para acelerar o desenvolvimento”.

“As economias da China e dos países africanos são altamente complementares e a cooperação entre as partes tem grandes perspectivas”, conclui. (macauhub)

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