quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pirataria marítima no topo da agenda entre Moçambique e África do Sul

Maputo, 31 maio 2011 (AIM) – O combate á pirataria marítima na região da África Austral, mais particularmente, ao longo do Canal de Moçambique, continua no topo da agenda na cooperação bilateral entre as forças armadas de Moçambique e da África do Sul.

Esta posição foi expressa hoje, em Maputo, pelo Chefe do Estado-Maior interino das Forças Armadas Sul-Africanas (SANDF), o tenente-general Themba T. Matanzima, no término de uma audiência que lhe foi concedido pelo ministro moçambicano da defesa, Filipe Nyussi.

“É importante uma cooperação entre a África do Sul e Moçambique para lidar com a questão da pirataria na nossa região e nas nossas águas territoriais. Por isso, não tenho a mínima dúvida que este assunto será discutido entre os dois ministros quando se reunirem em Pretória”, disse Matanzima, que se deslocou a Maputo para endereçar um convite formal a Nyussi para participar quarta-feira na cerimónia de tomada de posse do novo Chefe do Estado-Maior General das SANDF, general Solly Shoke.

Prosseguindo, Matanzima disse que o problema da pirataria é um assunto que preocupa todos os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

“Este não é um problema que afecta unicamente Moçambique ou África do Sul. Todos os países da região estão envolvidos em discussões, porque nós gostaríamos de desenvolver uma abordagem regional para este assunto”, disse.

Questionado sobre a existência de barcos da marinha de guerra sul-africana patrulhando as águas moçambicanas, Matanzima respondeu positivamente.

“Temos um barco ao abrigo de um acordo com Moçambique”, disse, para de seguida explicar que estas patrulhas visam inviabilizar actos de pirataria na região.

Por seu turno, o director nacional de Política de Defesa no Ministério da Defesa de Moçambique, coronel Cristóvão Chume, disse que os desafios que o país enfrenta são os mesmos que se colocam à parte sul-africana, bem como aos restantes países da SADC.

“Portanto, não existem desafios específicos de Moçambique ou África do Sul, porque são desafios comuns de todos os países da África Austral no que concerne á área de defesa e segurança”, concluiu.


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