quinta-feira, 27 de maio de 2010

QUESTÃO NUCLEAR: BRASIL TEM DIREITO DE OPINAR, DIZ INÁCIO ARRUDA

Inácio Arruda (PCdoB-CE) é o único representante do Senado na Conferência do Tratado de Não-proliferação, que acontece até sexta-feira, 28, em Nova York. Pouco antes de embarcar, ele conversou com o Vermelho sobre o assunto e sobre o incômodo que tem causado aos países desenvolvidos a posição independente e soberana do emergente Brasil. “Os EUA já não falam mais sozinhos e também têm de ouvir os demais países. E o Brasil se coloca como um daqueles que querem e têm o direito de falar”, ressaltou.

26 maio 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Vermelho: Quais são as suas posições – como senador e como comunista – em relação à Conferência do Tratado de Não-Proliferação nuclear?
Inácio Arruda:
O evento trata da revisão do tratado internacional de não-proliferação e pelo desarmamento nuclear, documento do qual o Brasil é signatário. Quando foi assinado pelo Brasil (1998) houve um debate bastante controverso; muitos acharam que o país não deveria ter assinado porque ele levaria – como está ocorrendo hoje – a uma tentativa de impedir que as nações pudessem desenvolver tecnologia para fins pacíficos.

O uso da tecnologia para fins pacíficos é um tema discutido apenas por aqueles países com muita força no cenário internacional; hoje, os que dispõem de tal força são justamente os países que já usam, usaram ou podem vir a usar a tecnologia nuclear para fins não-pacíficos, tanto que alguns sequer assinaram o acordo. Esses países querem impor restrições draconianas contra quem quer ou pode desenvolvê-la para fins pacíficos.

O Brasil resolveu colocar em sua Constituição que o desenvolvimento e o uso da tecnologia nuclear seriam exclusivamente para fins pacíficos. Além disso, assinou acordos com esse mesmo sentido. Agora, tem a obrigação de defender que qualquer nação que queira se colocar de pé tenha direito de desenvolver a tecnologia nuclear e usá-la para fins pacíficos.

Quando resolvemos iniciar nossos trabalhos com energia nuclear, ainda no governo Jânio Quadros, os Estados Unidos ficaram de nos entregar urânio enriquecido. Eles fizeram uma única entrega e nada mais. Então, não dá para confiar em parceiros que cometem desacordos dessa ordem.

Vermelho: A partir daí, o Brasil passou a desenvolver sua tecnologia...
IA:
Sim. O país queria utilizar o urânio para usos medicinais e, sem recebê-lo, não teve alternativa senão desenvolver, com seus meios, sua própria tecnologia. O Brasil investiu, estudou e hoje se pode dizer que tem o ciclo completo do urânio, de maneira que pode fazer qualquer coisa com a energia nuclear. Inclusive, se quisesse, poderia fazer a bomba. Mas, o país não tem esse interesse e cumpre com a posição estabelecida em sua Constituição. Há uma infinidade de aplicações dessa tecnologia para melhorar a vida do povo brasileiro. Do ponto de vista da medicina, existe um número enorme de aplicações. Se não fosse a insistência e firmeza do país em investir no desenvolvimento da tecnologia nuclear, não teríamos condições de realizar esse tipo de pesquisa. Ou seja, há uma série coisas ligadas à questão nuclear que não pode ser negada às nações – e isso serve para o Irã também.

Vermelho: Uma das questões que têm sido defendidas pelo Brasil é a da paz e a luta pela não-utilização da energia nuclear para fins bélicos, que também está sendo apresentada na conferência...
IA:
É. Esta é uma posição que o governo tem defendido, de maneira bastante firme e positiva, e que é condizente com a do meu partido, o PCdoB. E é muito importante que o Senado também tenha essa visão e a leve à ONU. Essa posição é fruto de um amplo debate e, inclusive, de seminário feito na Casa (no mês de abril em parceria com o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz e o Conselho Mundial da Paz). O episódio envolvendo a questão do acordo entre Irã, Turquia e Brasil demonstrou que, na verdade, as potências não querem que as demais nações tenham o mesmo direito das signatárias do tratado. Para o PCdoB, todas as nações têm o direito de desenvolver a tecnologia nuclear para fins pacíficos. Ao mesmo tempo, não se pode negar a uma nação o direito de se defender. O Brasil pode ampliar o uso da energia nuclear inclusive como geradora de energia elétrica para potencializar seu o desenvolvimento. Para isso, precisamos usar todas as fontes: hidroelétricas, de origem fóssil, eólica e nuclear, sendo esta considerada – mesmo por instituições que questionam a contaminação do meio ambiente – como uma das mais limpas. Portanto, não se pode negar ao Brasil o direito de utilizá-la.

Vermelho: Quais devem ser os pontos cruciais desse debate?
IA:
No caso do debate em torno da revisão do Tratado, há dois sentidos fundamentais. Primeiro, garantir que quem o assinou tenha o direito de desenvolver a tecnologia. O segundo é a questão do desarmamento. Para se destruir o planeta, por várias vezes, basta poucas bombas. E só os norte-americanos anunciaram ter mais de cinco mil ogivas. Hoje, a sofisticação na utilização de artefatos nucleares permite a países como os EUA e mesmo como a Rússia usar um número muito menor de artefatos com um poder muito maior de destruição. Então, para que se possa efetivamente dizer que há desarmamento, é preciso que seja como o presidente Lula colocou: zerando todos os arsenais.

Não defendemos o uso belicista da tecnologia, mas vamos pegar o exemplo do Irã. Em seu entorno estão Israel, Índia, Paquistão, todos com armas nucleares. Então, só ele não pode ter? Aí, vem aquele discurso: o problema do Irã é o sujeito que o dirige, como se os que jogaram bombas antes fossem muito tranquilos e refinados; não se dão conta da quantidade de sangue que derramaram.

Vermelho: O poder estadunidense já não é mais tão absoluto quanto antes. Hoje, há um contexto de crescente multipolaridade e há quem enxergue certo declínio da potência. Essa nova realidade influencia o diálogo pela paz e pelo desarmamento?
IA:
Com esse novo quadro internacional, os EUA ficam mais ferozes e chateados com a humanidade e precisam mostrar que ainda têm muita força e poder. Então, temos certo declínio econômico e o surgimento de outras nações com capacidade de opinar e de se manifestar muitíssimo maior do que antes. O Irã é forte em sua produção de petróleo. A demanda pelo combustível é mundialmente alta, o que faz com que seja despendido um alto grau de investimento no setor pelo conjunto das grandes nações e sua substituição por um produto mais vantajoso ecologicamente e economicamente ainda está longe de acontecer. E é exatamente essa questão que coloca os EUA no centro do Oriente Médio: a capacidade que a região tem de fornecer petróleo para o mundo. Os norte-americanos não aceitam que outros queiram opinar em uma área que eles consideram ser uma exclusividade deles.

Então, se temos por um lado certo declínio dos EUA, por outro eles se apresentam aparentemente com cada vez mais força do ponto de vista bélico. Mas, a cena política internacional se alterou completamente. Os norte-americanos já não falam mais sozinhos e também têm de ouvir os demais países. E o Brasil se coloca como um daqueles que querem e têm o direito de falar.

Vermelho: Mesmo com esse contexto de multipolaridade, parece ainda ser preponderante a visão de defender sempre os Estados Unidos nessas questões, especialmente por parte da elite brasileira e da grande mídia...
IA:
Temos dois problemas relacionados a isso. O primeiro é do ponto de vista internacional mais geral e diz respeito ao fato de que a sociedade ocidental estabeleceu que quem tem o direito a ter poder são os Estados Unidos e a Europa. Este é o pensamento de uma parte do mundo. Mas, se existe uma globalização, ela existe em dois sentidos, de maneira que os demais países também podem opinar. O grau de manipulação da informação em nosso país é gigantesco e dá a ideia de que só existe a voz dos EUA, todos estão com eles e o Brasil se isola quando opina de maneira divergente. É o que aconteceu agora com questão do Irã. Não há, portanto, unidade internacional em torno de questões centrais como essa. Todos aparentemente lutam pela paz, mas quando sentam à mesa de negociações vemos que os norte-americanos não têm possibilidade de sozinhos, quererem definir uma opinião. E a mídia brasileira dá a entender que as grandes potências estão afinadas. Quando você vai estudar a fundo, vê que não há afinação nenhuma. Na verdade, isso é uma tentativa, via mídia, de impor uma opinião.

A outra questão é a posição subordinada da elite brasileira aos interesses da potência dominante do momento. Tivemos um largo período sob o domínio inglês e era essa a opinião que prevalecia. Do início da Segunda Guerra para cá, estivemos sob o domínio norte-americano. A elite sempre foi muito subalterna e sempre que o Brasil quis dar um passinho à frente na tentativa de se colocar de pé, sofreu um grande bombardeio interno. Não há esse grau de dependência real, mas a elite sempre buscou colocar o Brasil nessa posição de alinhamento automático e permanente com os EUA. O fato de o país ter barrado a Alca e ter se aproximado mais da China, Índia e Rússia – formando o Bric – e não ter ficado amarrado aos americanos e aos europeus, foi muito ruim aos olhos desse setor. O resultado, no entanto, é que americanos e europeus entraram numa crise profunda e o Brasil se saiu muito bem. A opinião dessa elite é de que estaríamos nos afastando do nosso leito natural, nos distanciando dos americanos, ingleses, franceses...Mas, a verdade é que não estamos longe deles, estamos entre eles, opinando, participando do cenário internacional e defendendo nossa própria posição.

Vermelho: Como você vê a questão do Protocolo Adicional do TNP?
IA:
É uma completa ingerência nos assuntos nacionais e uma humilhação sem precedentes porque se trata de controlar inclusive o uso pacífico que se faz da tecnologia nuclear. O Brasil não tem que se subordinar a isso. Por exemplo: precisamos de um submarino com propulsão nuclear para vigiar o nosso mar. Temos centenas de plataformas no mar, uma capacidade de produção alimentícia e exploração mineral no subsolo marinho de valor inestimável. E quem vai vigiar isso tudo? Quem garante que isso ficará sob nosso controle? Além deste, há inúmeros outros exemplos de atividades que ficarão subordinadas a controles externos e que podem significar impedimentos variados na área da economia, da tecnologia etc. Assinar o Protocolo Adicional significaria prejuízos de toda sorte ao país. Este é um debate intenso que está sendo feito ao longo da semana e não é fácil chegar a acordos envolvendo questões como essa, já que o Protocolo é um desejo das nações ditas desenvolvidas – como EUA, Inglaterra, França e mesmo a Alemanha, outrora submetida a uma série de restrições devido às guerras que já patrocinou. Essa tentativa está ligada ao campo dos negócios porque a tecnologia nuclear é cara e sofisticada e quem pode vendê-la não quer que outro entre nesse mercado. E o Brasil, com sua capacidade, tem criado condições para também estar presente neste negócio. (De São Paulo, Priscila Lobregatte)

Canciller de Rusia apoya acuerdo nuclear suscrito entre Brasil, Irán y Turquía

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)

Moscú, 27 Mayo 2010 (ABN) - El ministro ruso de Asuntos Exteriores, Serguei Lavrov, manifestó este jueves su apoyo al acuerdo nuclear firmado entre Irán, Brasil y Turquía, que prevé el enriquecimiento de uranio iraní en territorio turco.

'Ese esquema responde a los intereses del arreglo político del problema nuclear iraní, por lo cual partimos que es necesario hacerlo todo para establecerlo', declaró Lavrov este jueves en una rueda de prensa realizada en Moscú, reseñó la agencia de información RIA Novosti.

El canciller ruso agregó que el apoyo de su país dependerá de la actitud de Irán.

'Si se cumplen (los compromisos) de manera estricta, Rusia respaldará activamente la puesta en práctica del esquema propuesto por Brasil y Turquía', dijo.

El pasado 24 de mayo, el Gobierno iraní informó oficialmente al Organismo Internacional de Energía Atómica (OIEA) sobre el acuerdo suscrito con Turquía y Brasil.

Dicho documento establece que Irán entregará a Turquía 1,2 toneladas de uranio de bajo rendimiento para recibir en cambio 120 kilos de uranio enriquecido 20% en calidad de combustible para un reactor nuclear de investigación que se encuentra en Teherán.

Venezuela/Blog de Chávez y @chavezcandanga son herramientas para dar respuestas directas al pueblo venezolano

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN)

Caracas, 27 mayo 2010 (ABN) - Las cuentas que inauguró el presidente venezolano Hugo Chávez en internet, www.chavez.org.ve y @chavezcandanga, son excelentes herramientas comunicacionales con las cuales dar respuestas concretas y directas al pueblo venezolano.

Así lo enfatizó el gerente de Responsabilidad Social de la Comisión Nacional de Telecomunicaciones (Conatel), Álvaro Cañizalez, quien agregó que estas dos nuevas ventanas de comunicación directa con el estadista nacional funcionan para generar bienestar social.

“Me parece excelente que el Presidente esté ampliando los canales de comunicación y que nos esté abriendo ventanas, portales, vías para comunicarnos con él”, insistió.

Igualmente, destacó que mientras otros presidentes utilizan las tecnologías de comunicación e información para publicitarse con fines políticos, el Jefe de Estado utiliza internet para mejorar la calidad de vida a la población y llevar la máxima felicidad posible a los venezolanos.

“Otros presidentes del mundo utilizan estas herramientas en campañas electorales, pero el presidente Chávez las utiliza para abrir vías para comunicarnos, utiliza las tecnologías al servicio de la comunicación, en función de los colectivos”, sostuvo,

El gerente de Responsabilidad Social de Conatel resaltó que el blog de Hugo Chávez permite resguardar la identidad y seguridad de las personas que se comunican con el Jefe de Estado, además que ofrece más opciones y facilidades para enviar mensajes, elementos en los que la red social Twitter es débil y vulnerable.

“Nos parece formidable que el Presidente haya creado el blog, sabemos que ya la gente lo está siguiendo y se está acostumbrando a comunicarse con el Presidente a través de esta vía”, indicó Cañizalez.

Lea también:
Gobierno bolivariano revoluciona internet con blog de Chávez y @Chavezcandanga

USAID investe mais de 2,3 milhões de dólares em propaganda contra Cuba na net

25 maio 2010/Odiario.Info http://www.odiario.info

Eva Golinger*

O sistema capitalista tem uma enorme capacidade de regeneração que lhe prolongou a vida até a fase senil que nos atormenta. Neste texto, Eva Golinger denuncia que muito da campanha contra Cuba, hoje mais persistentemente e continuadamente violenta que nunca se alimenta da formatação das consciências que a campanha mediática do imperialismo possibilita. Para isso ela serviu-se de documentos secretos recentemente desclassificados. Dir-se-á que os documentos foram desclassificados. Mas a questão da formatação das consciências mantém-se: quem viu qualquer referência aos documentos nos meios de comunicação de massas, em todo o mundo dominados pelo grande capital?

Documentos recentemente desclassificados ao abrigo da Lei de Acesso à Informação (FOIA na sua sigla inglesa), evidenciam que a USAID investiu, desde 1999, mais de 2,3 milhões de dólares para disseminar a propaganda suja contra Cuba e financiamento de jornalistas dentro da ilha.

Os documentos, que incluem os contratos originais entre a USAID e a organização CubaNet demonstram um padrão de financiamento que aumenta e intensifica anualmente o seu esforço de promoção de informação distorcida sobre Cuba, tudo com a intenção de provocar uma «transição para a democracia», ou uma «mudança de regime» na ilha caribenha.

Desde há cinquenta anos que Washington está a fazer uma guerra suja contra Cuba. Um componente dessa agressão foi a utilização dos meios de comunicação para manipular e distorcer a realidade cubana perante a opinião pública internacional e, ao mesmo tempo, infiltrar e disseminar informação falsa dentro de Cuba.

Depois dos fracassos da Rádio e TV Martí, que ainda existem e recebem apoios financeiros de Washington apesar da sua inutilidade, um novo campo de agressão contra Cuba foi criada utilizando a internet. Em 1994, CubaNet estabeleceu-se como uma das primeiras páginas Web feitas para fazer propaganda contra a Revolução Cubana na internet. Sediada em Miami, CubaNet utiliza o dinheiro da USAUID e da National Endowment for Democracy (NED), de quem recebe multimilionárias contribuições para financiamento de «jornalistas» dentro de Cuba, e promover a campanha mediática internacional contra o governo cubano.

Apesar de não serem secretos o financiamento e as directrizes que CubaNet recebe das agências de Washington, os documentos recentemente desclassificados da USAID demonstram a estreita relação de controlo que as agências estadunidenses mantêm sobre a organização da propaganda.

Quando se fez o contrato entre a USAID e a CubaNet em 1999, o montante inicial de Washington previsto para o esforço de propaganda via internet era de 98.000 dólares. Esse dinheiro estava destinado a «apoiar um programa para a expansão de um Web sítio para jornalistas independentes dentro de Cuba». O contrato era de um ano, com a possibilidade de prolongamento pelo tempo necessário para a execução do programa. O encarregado do programa da USAID era David Mutchler, assessor principal da USAID para Cuba.

O contrato previa um relatório sobre o progresso da execução do programa trimestral a entregar à USAID, e um relatório anual, que detalhava todo o trabalho realizado no período anterior.

Quem manda é a USAID
Na cláusula 1.6 do contrato entre a USAID e a CubaNet, intitulado «Entendimentos principais da participação», sobressai o controlo mantido pela agência estadunidense sobre a organização de Miami. «Entende-se e acorda-se que a USAID manterá uma participação determinante durante a execução deste acordo de cooperação da seguinte forma: Pessoal Chave: o assessor principal da USAID para Cuba aprovará antecipadamente a selecção de qualquer pessoas chave e os seus subalternos. Planos de monitorização e Avaliação: o assessor principal da USAID para Cuba aprovará os planos para avaliar e monitorizar o progresso dos objectivos do programa durante o decurso do acordo de cooperação».

Basicamente, o funcionário da USAID é quem decide quem trabalhará no projecto CubaNet, qual o seu plano de trabalho e como se avaliará o seu progresso; por outras palavras, é quem manda na CubaNet.

Violação das leis dos EUA
Nos documentos que alteram o contrato original, que são 11 entre 2000 e 2007, fica demonstrado o aumento do financiamento anual do projecto CubaNet e revelam-se outros dados sobre a natureza do programa. Num documento de 19 de Abril de 2005 autorizou-se o envio de «fundos privados» para Cuba que não provinham da USAID ou de qualquer outra agência estadunidense, para «avançar com os objectivos do Acordo». Devido às restrições que o Departamento de Estado mantém sobre o envio de dólares estadunidenses para Cuba, os «fundos privados», segundo o documento da USAID, seriam escondidos dentro da autorização que já tinha a agência norte-americana para financiar o programa CubaNet.

O mesmo documento também revela que a CubaNet não só faz o seu trabalho dentro de Cuba, como também «continua a publicar reportagens… e a promover a sua distribuição nos meios massivos dos EUA e na imprensa internacional». Nos EUA é legalmente proibido distribuir propaganda financiada pelo governo estadunidense e utilizá-la como «informação» nos meios de comunicação. Não obstante, os documentos desclassificados evidenciam que a USAID está a violar totalmente essa lei.

Cada vez mais dólares
Os documentos mostram ainda que, anualmente, a USAID aumentava o seu financiamento a CubaNet para continuar os seus esforços de distribuir propaganda contra Cuba. Eis os montantes:

Ano de 1999: 98.000 dólares
Ano de 2000: 245.000 dólares
Ano de 2001: 260.000 dólares
Ano de 2002: 230.000 dólares
Ano de 2003: 500.000 dólares
Ano de 2005: 330.000 dólares
Ano de 2006: 300.000 dólares
Ano de 2007: 360.000 dólares
Total: 2, 323 milhões de dólares.

A campanha de agressão contra Cuba é hoje mais intensa que nunca, e este ano de 2010 a USAID dispõe de um orçamento de mais de 20 milhões de dólares para financiamento de grupos dentro de Cuba que promovem a agenda dos Washington. CubaNet continua a ser um dos principais actores na guerra suja contra Cuba.

Eis agora alguns dos documentos desclassificados disponíveis em PDF:
• Contrato original USAID-CubaNet:
http://centrodealerta.org/documentos_desclasificados/usaid_contract-_cubanet_199.pdf
• Alteração do Contrato USAID-CubaNet, año 2005:
http://centrodealerta.org/documentos_desclasificados/usaid-cubanet_modification_.pdf
• Alteração do Contrato USAID-CubaNet, año 2007:
http://centrodealerta.org/documentos_desclasificados/usaid-cubanet_2007_addendum.pdf

* Eva Golinger é advogada e escritora norte-americana de origem venezuelana

Este texto foi publicado em:
www.telesurtv.net/noticias/contexto/1955/usaid-invierte-mas-de-$23-millones-en-propaganda-contra-cuba-por-internet/

Tradução de José Paulo Gascão

Galiza/Livro ajudará a financiar 79ª aniversário da proclamaçom da República Galega

27 maio 2010/Diário Liberdade http://www.diarioliberdade.org

A.C. Foucelhas - A Revoltaina Cultural da Beira de Bergantinhos vem de publicar o livro de relatos “Arredor do Paraíso”, da autoria de Brais Zas, quem nom se considera “um escritor”, mas sim “um observador”.

Cinco relatos que, por palavras do autor, som “como um exorcismo dos próprios demos interiores, um repasso de experiências vividas, um compéndio dumha etapa vital e do saber adquirido nela”.

Todos os benefícios derivados da venda do livro irám destinados à organizaçom do 79ª Aniversário da Proclamaçom da República Galega (27 de Junho de 1931, 27 de Junho de 2010), comemoraçom que estám a preparar em Gesteda (Cerzeda) colectivos das comarcas de Ordes, Bergantinhos e Compostela, para recordar esse fito nacional acontecido durante a greve dos trabalhadores do caminho-de-ferro.

A continuaçom reproduzimos íntegro o prólogo do livro, que poder mercar enviando um correio para foucelhas.ordes@gmail.com ou esqueilam@hotmail.com. Boa literatura, cultura livre, e ajuda para recuperar umha data esquecida no nosso calendário nacional.

Prólogo de “Arredor do Paraíso”

Darredor do paraíso son os soños que non se cumpren, os anceios que non se alcanzan, os bos tempos que nunca dán chegado. Estes cinco relatos, que, a xuízo do lector, tal vez non teñan moito que ver pola súa temática, sí a teñen no contexto da propia vida de quen os escribiu. A través deles pónse peche a unha etapa da vida do autor. É coma un exorcismo dos propios demos interiores, un repaso de experiencias vividas, un compendio dunha etapa vital e do saber adquirido nela.

Quen isto escrebe non se considera un escritor. Sí un observador, e tal vez un intérprete a través da palabra escrita da súa propia vida con tódolas súas circunstancias, sucesos, paisaxes grabadas nas retinas, personaxes que aparecen e desparecen, e tamén con tódolos pensamentos interiores.

É precisamente da experiencia vital de onde xorden os personaxes que conforman os cinco relatos. E as súas temáticas foron -en maior ou menor grado- vividas en primeira persoa. Non hai trampa nin cartón; aquí é todo auténtico. Precariedade, drogas, política, diversión…a forza da realidade plasmada, de mellor ou pior maneira, en historias que teñen como maior mérito –modestia aparte- contar de forma simple aquilo que está a acontecer agora mesmo. Relatos frescos, quitados da máis pura realidade, e convertida, ás veces, a realidade en mito.

Do paradiso á escuridade é un concepto en si mesmo. Porque o autor cre nas obras como conceptos moi personais de quen os crea. Os cinco relatos forman unha obra que o propio título cohesiona: son personaxes que vagan polo mundo, dan voltas darredor dun soño abstracto de felicidade e grandeza representado no mito do paraíso; e ás veces chegan a el, pero volven caer ao vacío. É cando nos arredan do paradiso, cando nolo negan, cando nos damos conta de que nel estivemos ou simplemente existe.

É este un concepto que se comezou a desenrolar na propia vida do autor dende fai uns aniños e que aquí queda plasmado e inmortalizado, porque o autor necesitaba liberarse da necesidade de contalo. Ese foi o reto que me marquei, para que ti tamén, lector, saques algo en limpo del.

Brais Zas, Xaneiro do 2010.

Moçambique/Ministros dos Transportes da SADC reunidos em Pemba

O vice-ministro dos Transportes e Comunicações do nosso país, Eusébio Saíde, disse ontem em Pemba, que apesar da reputação da SADC a nível da África e do mundo, ela continua com níveis de desenvolvimento flutuantes, por não ter conseguido atingir o crescimento económico que reduza os níveis de inflação nos respectivos países.

27 maio 2010/Notícias

Aquele dirigente falava na abertura da reunião do comité técnico, preparatória do encontro dos ministros dos Transportes e Meteorologia, dos países da sub-região austral-africana, que esta tarde tem lugar na capital provincial, que se propõe a passar em revista o grau de implementação das decisões tomadas no último encontro do género, que teve lugar na cidade de Swakopmund, na República da Namíbia, esperando-se que produza resoluções sobre planos e projectos da região, nas áreas dos Transportes e Meteorologia para os anos 2010-2011.

Eusébio Saíde disse reconhecer que é imperativo revisitar todas as políticas e avaliar com rigor os progressos alcançados na sua implementação, de forma a assegurar que África Austral se desenvolva.

“É neste quadro que Moçambique, preocupado com a fraca rede de transportes no seu território, aprovou um plano estratégico de Transporte integrado que visa criar um sistema que ligue o país de Norte a Sul, que reconhecemos ser ambicioso, mas estamos determinados a executá-lo”, disse o vice-ministro dos Transportes e Comunicações.

Para aquele governante, a solução do problema de custo dos transportes na região passa pela melhoria das políticas de trânsito de mercadorias, desenvolvimento e manutenção de infra-estruturas de transportes e medidas da sua facilitação, incluindo do comércio.

“Se estes constrangimentos forem ultrapassados, estaremos seguros que até as áreas consideradas marginais entrarão para o mercado competitivo, expondo os seus produtos e oportunidades de investimento”, disse.

Por outro lado, Eusébio Saíde entende que a Meteorologia tem um grande papel nas economias nacionais dos países da SADC, pois permite gerir os recursos hídricos, a conservação ambiental e a gestão dos riscos relacionados com inundações e a estiagem.

Para além dos titulares das pastas dos Transportes e Meteorologia, também, participarão no fórum anual, no qual os governos dos países da SADC harmonizam as suas estratégias de desenvolvimento do sector, que como dissemos decorre hoje e amanhã, representantes das associações dos operadores da África Austral parceiros multilaterais.

A delegação moçambicana ao encontro de Pemba integrará, para além do titular da pasta dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, quadros dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Indústria e Comércio, representantes do sector privado, entre outros, sabido que o nosso país é estratégico para o sistema de transporte da região, dada a sua localização geográfica, que permite o acesso ao mar de países do hinterland, como o Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, Botswana e a República Democrática do Congo, através dos seus corredores de desenvolvimento, designadamente, de Nacala, Beira e Maputo.

Moçambique e Itália: Rubricados dois acordos para investigação científica

27 maio 2010/Notícias

A Academia de Ciências de Moçambique e a Academia Nazionale dei Lincei, da Itália, assinam amanhã, às 15 horas, no Museu da História Natural, em Maputo, dois acordos de cooperação científica.

O primeiro acordo será o memorando de entendimento entre a Accademia Nazionale dei Lincei (Itália) e a Academia de Ciências de Moçambique.

Procederão à assinatura o Dr. Piero Cappuccinelli, delegado do Presidente da Academia italiana, e o Dr. Orlando Quilambo, Presidente da congénere moçambicana. O acordo propõe-se consolidar a cooperação entre a Itália e Moçambique, em particular nas relações entre as comunidades científicas dos dois países. As actividades a serem promovidas pelo acordo são: visitas de estudo, missões de investigação, intercâmbio de docentes e de investigadores, partilha conjunta dos resultados, eventos comuns de divulgação dos temas tratados.

Será ainda assinado um Acordo entre a Universidade Eduardo Mondlane e a Universidade de Sassari para a execução do projecto “Formação e actualização dos investigadores do Centro de Biotecnologia da Universidade Eduardo Mondlane de Maputo”, com um financiamento de 1,6 milhão de euros. O acordo será assinado pelo Reitor, Padre Felipe Couto, e pelo Prof. Andrea Montella, Director do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de Sassari.

O Centro de Biotecnologia, dirigido pelo Prof. Luis Neves, e em parte financiado pela Cooperação Italiana, é um centro de excelência científica e tecnológica que há anos prossegue um trabalho de investigação comum com várias universidades e centros de investigação italianos (Roma, Pisa, Sassari) e cujos investigadores já receberam reconhecimentos prestigiosos (bolsas de estudo da Fundação italiana “Rita Levi Montalcini”, prémio Nobel de Medicina). A novidade do presente acordo consiste no facto de que, pela primeira vez, o projecto foi definido e identificado conjuntamente pelas duas partes, italiana e moçambicana, confirmando assim a eficácia e a capacidade propositiva da formação “inter pares”.

Alfândegas de Angola vão controlar exportação e importação de petróleo e gás

Luanda, Angola, 27 maio 2010 - A importação e exportação de petróleo e gás para Angola e vice-versa serão controladas a partir de Outubro pela Direcção Nacional das Alfândegas (DNA), através de um sistema informático designado SIPG (Sistema Informático de Petróleo e Gás), segundo anunciou em Luanda, Armindo Victor, técnico da instituição.

O mesmo técnico revelou que o Sistema Informático de Petróleo e Gás está concluído em 75 por cento.

Armindo Vitor disse ainda que até Outubro próximo o SIPG estará totalmente pronto e encarregar-se-á de fornecer todos os dados estatísticos sobre importação e exportação de crude e gás em Angola.

O SIPG permitirá a partilha de informações entre as alfândegas e os agentes intervenientes na cadeia de importação e exportação (no domínio dos petróleos).

O sistema permitirá igualmente o controlo da navegação, dos carregamentos e da exportação de petróleo e gás. (macauhub)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Argentina/Bicentenário com festa popular e latino-americana

26 maio 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Milhares de pessoas encheram as ruas de Buenos Aires nesta terça-feira (25), nos eventos em comemoração pelo Bicentenário da Revolução de Maio, que abriu o caminho para a independência da Argentina, em 1816. "Querímaos um bicentenário diferente, popular, com o povo nas ruas. Faz apenas 27 anos que temos uma democracia continuada", disse a presidente Cristina Kirchner.

O último dia das comemorações contou com a presença do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o da Bolívia, Evo Morales; o do Chile, Sebastían Piñera; o do Equador, Rafael Correa; o do Paraguai, Fernando Lugo; o do Uruguai, José Mujica; e o da Venezuela, Hugo Chávez. Também compareceram os ex-governantes de Honduras, Manuel Zelaya, e do Panamá, Martín Torrijos.

No ato central, Cristina convocou os argentinos a superarem as diferenças e a participarem da construção do país. "Convoco todos os argentinos a construírem um país no qual todos possamos nos sentir parte dele, não só porque se está no governo, mas porque soubemos superar diferenças e construir um projeto estratégico que nos guie", disse a presidente, depois de inaugurar a Galeria dos Patriotas Latino-americanos na Casa Rosada.

Cristina revelou que desde que assumiu o poder, em dezembro de 2007, seu governo estava "quase obsessivo" com o Bicentenário. Ela agradeceu aos cidadãos por seu "patriotismo, alegria e sentido cívico" com os quais participaram dos eventos. "Nosso povo está melhor que há 100 anos", disse Cristina, que lembrou que "não existiam direitos sociais e a atividade sindical era proibida" e que seu país não podia eleger seus governantes "livre e democraticamente".

"Temos identidade, temos paixão pela verdade, pela Justiça", ressaltou a presidente, que foi aos eventos nesta terça com um vestido branco e um casaco azul, as cores da bandeira argentina. Cristina quis comemorar o Bicentenário com a inauguração da Galeria de Patriotas Latino-americanos, da qual fazem parte de Simón Bolívar a José de San Martín, passando por Ernesto Che Guevara, Salvador Allende, Juan Domingo Perón e Evita. As imagens refletiam que outra história está sendo escrita na Argentina. São rostos impensáveis na historiografia oficial da América Latina há apenas alguns anos.

Horas antes do discurso presidencial, a cúpula da Igreja Católica fez chamados à unidade, na catedral de Buenos Aires, com a presença de dirigentes da oposição, e na basílica de Nossa Senhora de Luján (padroeira da Argentina), com a participação da presidente e de seu governo. Os pedidos da Igreja foram feitos em um momento de conflito político entre a presidente e o prefeito de Buenos Aires, o conservador Mauricio Macri, que se traduziu, ontem à noite, na ausência de Cristina na reabertura do Teatro Colón, na cidade.

No entanto, os argentinos demonstraram estar acima das tensões políticas e o enfrentamento entre o governo nacional e o da Prefeitura da capital não conseguiu estragar a festa para os mais de um milhão de pessoas que foram às ruas para comemorar o 200º aniversário da Revolução de Maio.

Recebida pelos líderes convidados, Cristina conseguiu a duras penas abrir passagem em meio à multidão nos arredores da Casa Rosada, para assistir ao espetáculo de luz e som projetado na fachada do edifício, reproduzindo cenas da história argentina.

A festa continuou com o desfile dos 200 anos, um espetáculo musical comandado pelo grupo Fuerzabruta, com mais de 2 mil participantes entre atores e técnicos, e de fogos de artifício. De volta à Casa Rosada, Cristina ofereceu um jantar a 200 convidados, entre os quais os líderes de outros países, governadores, parlamentares, dirigentes sindicais, empresários, cientistas, atletas e representantes do setor de cultura.

"No centenário, queríamos nos parecer com a Europa e, não, sermos nós mesmos. Trouxemos um membro da Casa Real da Espanha. Hoje, ao contrário - apesar do respeito com a Espanha -, estamos aqui com quem abonou a América com suas ideias, seu sangue, seus ideais, que defendeu a liberdade para a igualdade", disse Cristina.

Dirigindo-se aos governantes presentes, ela declarou: se alguém olhar para nós, verá diferençãs de origem, mas um só objetivo - que os povos, as sociedades tenham mais liberdade, igualdade, uma distribuição mais equitativa da riqueza, mais educação e saúde". A presidente também agradeceu a todos os presentes o apoio unânime em sua reivindicação de soberania nas Ilhas Malvinas. (Com agências)

Chile/Juez Garzón pide implantar Declaración de la ONU sobre Derechos de indígenas

26 mayo 2010/Mapuexpress - Informativo Mapuche http://www.mapuexpress.net

Fuente: http://ruedadeprensa.ning.com/profiles/blogs/respetar-los-derechos-y?xg_source=activity

El juez de la Audiencia Nacional española Baltasar Garzón reclamó la "necesidad urgente" de que los estados implanten las normas de la Declaración de la ONU sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas, de 2007, con el objeto de "garantizar los derechos intrínsecos" de estas comunidades.

El magistrado participó hace algunas semanas en una conferencia organizada en la Casa de América de Madrid para presentar el libro "Declaración sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas", editado con las aportaciones de un grupo de expertos y que recoge material procedente de diversos encuentros académicos y científicos de los últimos años en España, Latinoamérica y Estados Unidos.

En la conferencia "Los pueblos Indígenas a la conquista de sus derechos" participaron también el relator especial de la ONU sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas, James Anaya, y los co-autores del libro Felipe Gómez, de la Universidad de Deusto (País Vasco), y Daniel Oliva, de la Universidad madrileña Carlos III.

El juez Garzón aseguró que la Declaración de la ONU es "el trabajo más importante" de la ONU desde la Declaración Universal de los Derechos Humanos, en diciembre de 1948, "que puso fin -dijo- a décadas de esfuerzos hechos por los indígenas para su reconocimiento" y con lo que consiguieron "algo que sus propios países y la comunidad internacional les negaban".

En opinión del magistrado, la situación actual de los pueblos indígenas en Latinoamérica "ha mejorado", pero "dista mucho de ser idónea y ni siquiera aceptable" en cuanto a la protección jurídica de sus destinatarios.

Y citó ejemplos como la persecución de los Mapuches, "calificados de terroristas" en Chile; "la expulsión de comunidades completas" de zonas de resguardo de Colombia o Brasil, o la marginación y maltrato de indígenas en Estados Unidos y en México, y el "genocidio" del que fueron objeto hace años en Guatemala.

En el marco de los atropellos de los que han sido víctimas los indígenas, el juez aseguró que la Declaración de la ONU es un "instrumento reparador" que no concede privilegios a los pueblos indígenas, sino que reafirma la titularidad de los derechos que ya disfrutan otros pueblos y personas.

El relator de la ONU, por su parte, aseguró que la Declaración reconoce la historia de los pueblos indígenas, promueve medidas para la reparación de los atropellos sufridos en el pasado y establece las condiciones para que en el futuro puedan ejercer sus derechos.

Por este motivo, según Anaya, los estados y el sistema internacional "deben adoptar medidas positivas para asegurar que los pueblos indígenas pueden gozar plenamente de sus derechos".

Uno de los co-autores del libro, Daniel Oliva, destacó el "modelo alternativo" propuesto por las comunidades indígenas, "frente al actual modelo de desarrollo, en crisis por la especulación, el individualismo y la explotación del hombre y de la naturaleza".

"Los indígenas proponen una alternativa de auto-desarrollo con base en la ayuda mutua, en la reciprocidad, en la idea del 'buen vivir', que supone conformarse con vivir con unas condiciones de vida dignas y en contextos en los que sea conservado el medio ambiente", dijo Oliva.

Felipe Gómez, quien aseguró que España es un país "con una más que evidente responsabilidad histórica sobre el destino de los pueblos indígenas", expresó su deseo de que la publicación del libro motive nuevos trabajos y a "abordar y enfocar las cuestiones indígenas no desde el exotismo, el folclorismo y el maternalismo o paternalismo".

Eduardo Sanchez B

Portugal/MITOLOGIA EUROPEIA

26 maio 2010/Avante http://www.avante.pt

Jorge Cadima

Nos últimos dois anos, muitos mitos caíram por terra. Ficou claro que, tal como em 1929, o capitalismo a funcionar de acordo com as suas leis gerou uma gigantesca crise mundial. E que vale tudo para salvar o grande capital financeiro – responsável-mor pelas enormes proporções da crise. Enquanto os trabalhadores ficaram com o desemprego, os estados nacionais (confirmando ao serviço de quem estão) ficaram com prejuízos, dívidas, «papel tóxico» e riscos. Sem exigir nada em troca, sem alterar as «regras do jogo», sem limitar o poder e os lucros do grande capital. Agora afirmam que a situação financeira dos estados é insustentável. Mas isso é o resultado directo do resgate do grande capital financeiro. É assim não só na Grécia ou Portugal, mas em numerosos países – a começar pelos EUA e Inglaterra.

Hoje muitos mais mitos se desfazem. É óbvio que não «estamos a sair da crise». Quem acreditava que a «Europa connosco» e o Euro eram um «porto seguro» em nome do qual se devia sacrificar a soberania nacional, tem aí a realidade dos mercados-especuladores. Para os que acreditavam no «modelo social europeu» ou na «solidariedade dos nossos parceiros europeus», aí está a Comissão Europeia a impor a descida de salários, o corte nas pensões, o despedimento de milhares de funcionários públicos, o abate dos serviços sociais. Não para «ajudar» países com dificuldades em pagar as dívidas, mas para ajudar os bancos credores, que são sobretudo franceses e alemães. Para os que afirmam que a UE e o Euro são «inevitáveis» e «irreversíveis», aí está a notícia do El País (14.5.10): segundo Zapatero, Sarkozy ameaçou (com um murro na mesa) que a França abandonaria o Euro, caso a Alemanha não desse luz verde ao mais recente pacote de medidas. Ou as declarações de Angela Merkel de que alguns países podem ser excluídos do Euro. O que deita por terra outro mito, o da «soberania partilhada». A «soberania» na UE é das grandes potências. Foi o que se viu quando chegou a vez da Alemanha e da França serem multadas por exceder o limite de 3% no défice orçamental: decidiram suspender as regras. É caso para dizer que alguns PIIGS são mais iguais do que outros...

É hoje evidente que a luta de classes, longe de ser uma coisa do passado, é a palavra de ordem da Comissão Europeia e dos seus capatazes em cada país. Estão a aproveitar a crise para acelerar as medidas de classe que já haviam decidido tomar e para dar novos saltos qualitativos numa cada vez mais tirânica «integração europeia» ao serviço do grande capital das grandes potências. O capitalismo senil dos nossos dias, longe de ser um sistema «eficiente», «dinâmico», que «cria riqueza» e a «distribui de cima para baixo» é um gigantesco aspirador que suga toda a riqueza do planeta e, tal como uma praga de gafanhotos, destrói tudo no seu caminho: indústrias, regiões, países, continentes. Nenhum povo está ao abrigo dessa praga – nem nos países da periferia, nem nos países do centro do sistema.

Que ninguém se deixe embalar pelo mito de que «todos temos de fazer sacrifícios para sair da crise». Não vai haver sacrifícios do grande capital. Nem vai haver saída da crise. As medidas agora tomadas não vão saciar os apetites do monstro. Já é óbvio que o pacote de 750 mil milhões de euros da UE e FMI, aprovado para «tranquilizar os mercados» (que na véspera eram «especuladores») nada vai resolver (Martin Wolf, Financial Times, 12.5.10). Se o problema é o excesso de dívida, um ainda maior endividamento, acompanhado da contracção da actividade económica, só vai aumentar o problema.

Quem vendeu a UE aos portugueses, vendeu a ilusão de virmos a ser uma pequena Alemanha. A realidade é que nos vamos tornar numa pequena Argentina. Em lugar da produção nacional, ficamos com as dívidas. Em lugar da soberania, vamos ter os fiscais da UE a tomar o lugar da Assembleia da República. É tempo de recusar os mitos e enfrentar a realidade. Os povos só têm um caminho: resistir, lutar, insurgir-se.

Cplp/Países de língua portuguesa querem fortalecer intercâmbio turístico

26 maio 2010/JusBrasil http://www.jusbrasil.com.br/noticias

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) - formada por Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - deve intensificar as relações na área de turismo e na cooperação técnica, política e econômica para contribuir com a maior inclusão social dos países membros. Isso é o que prevê o documento assinado hoje (25), durante a sexta reunião da CPLP, em São Paulo, e que teve a participação de um representante da Organização Mundial do Turismo (OMT).

O Brasil já desenvolve um trabalho de parceria com Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde, lembrou o ministro do Turismo, Luiz Barreto, que esteve na abertura do encontro. Ele destacou que o país tem feito investimentos na reconstrução de nações africanas afetadas por conflitos, como Angola e Moçambique. De acordo com Barreto, o Brasil tem um olhar voltado para a África e colabora com a melhoria das condições sociais, culturais e comerciais incluindo o turismo do continente. A ampliação das relações com esses países, acrescentou, é uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O encontro antecedeu a abertura do 5º Salão do Turismo, no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, que ocorre amanhã (26). O ministro disse que espera a visita de 100 mil pessoas no evento, que termina domingo (30).

Pelas projeções de Barreto, o turismo brasileiro deve crescer mais de 10% neste ano e recuperar a perda no ingresso de estrangeiros, que chegou a cair 4,9% em 2009. Da Europa, maior emissor de turistas, houve queda de 17,4% na vinda de portuguesas e de 13,8%, de espanhóis. No primeiro trimestre deste ano, o movimento já aumentou em 15% e, se essa média for mantida, o ministro acredita na possibilidade de um recorde com um movimento de US$ 6 bilhões.

Ele informou que o aquecimento das viagens no mercado interno deve continuar compensando eventuais baixas na área da Península Ibérica e há a intenção de continuar explorando novos nichos com promoções divulgadas tanto na América do Sul quanto no norte dos Estados Unidos.

O secretário de Turismo de Portugal, Bernardo Trindade,, disse que o fato de a OMT ter aceito o convite para participar do encontro é uma chance de tornar mais conhecidos os esforços da CPLP no desenvolvimento de cada país.

Dados do governo português indicam que o Brasil foi o quinto maior emissor de turistas para aquele país, no primeiro bimestre deste ano. Os gastos dos brasileiros aumentaram 72,9%, o equivalente a 44,4 milhões de euros . O número de turistas brasileiros que viajaram para Portugal, nesse período, cresceu 20,3% ( 220.356 pessoas ) e a maior parte saiu de São Paulo (44.539 pessoas).

Angola/Colóquio: Resultados alcançados encorajam africanos a prosseguirem esforços

Luanda, 26 maio 2010 (Angola Press) - O ministro das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, referiu terça-feira, em Luanda, que os resultados alcançados pelos africanos visando o progresso social e liberdade, desde o 25 de Maio de 1961, são encorajadores no sentido da prossecução dos esforços para desenvolvimento do continente.

O ministro, que falava durante o Colóquio Internacional sobre Paz e Segurança em África, acrescentou que este é um continente reservado ao desenvolvimento, tendo em conta o seu capital humano e mineral.

Argumentou que no limiar do século os estados africanos estão empenhados em construir uma nova África, dai o crescente sentido de compromisso.

Por outro lado, disse que a integração política passa pelo debate sobre o reforço da união, mas que o homem africano está cada vez mais consciente de que os sucessos são dependentes de si.

Assunção dos Anjos referiu que 2010 será um ano profundamente rico, tendo em conta o facto de 17 países africanos celebrarem o seu 50 º aniversário de independência.

Ainda no presente ano, registam-se os 125 anos da Conferência de Berlim, que definiu as actuais fronteiras do continente na base dos interesses europeus, o 30º aniversário da SADC, bem como a realização do CAN, em Angola, e do Mundial de Futebol, na África do Sul, eventos desportivos que ficarão na história dos africanos.

Referiu que a data é igualmente um período de reflexa “para interrogarmo-nos sobre que caminhos foram percorridos durante estes quase cinco décadas, sobre os sucessos registados, erros e que caminhos restam percorrer até que as populações africanas encontrem a estabilidade, bem-estar social e o progresso”.

Argumentou que é certo que os casos de sucesso absoluto ainda são minoritário no nosso continente, mas eles devem impelir a todos no sentido de combater o afro pessimismo, para enfrentar as tarefas que ainda se apresentam.

Durante a sua intervenção, referiu-se a posição do país no quadro da criação do governo de união, que deve ser de modo gradualista, criando-se condições paulatinas ao nível das acções de integração regional até que se possa fazer uma união económica e depois política.

No encerramento do Colóquio Internacional sobre Paz e Segurança no continente disse que deve-se criar mecanismos para que encontros desta natureza se repitam com vista reflexão.

Timor-Leste/DIAK LIU SR XANANA LALIKA KEHE EMA SELUK: HADOMI POVO HO POLITIKA "INKLUSAUN"

24 maio 2010/FRETILIN.Media http://fretilinmedia.blogspot.com
Deklarasaun iha konferensia imprensa bancada parlamentar FRETILIN nian

Segunda, loron 24 Maiu 2010

DIAK LIU SR XANANA LALIKA KEHE EMA SELUK: HADOMI POVO HO POLITIKA "INKLUSAUN"

Dala ida tan ita hotu here, iha sexta feira kotuk, deklarasoens falsu husi Chefe Governu AMP Sr Xanana Gusmao.

Ita hare deit ba titulu jornal ida nian neebe hakerek “ PM Xanana ho Lider FRETILIN Kehe Malu.” Maske dala ida tan jornal STL manipula factus, tamba laos Xanana ho lider FRETILIN a nivel nasional, maibe Koordenador Distritu Ainaro ho nia mak “kehe malu”. Deklaraoens neebe Chefe Governu AMP halo, henesan reasaun makas ba kritikas nebe razoavel husi Koordenador Distritu Ainaro nian kona ba governasaun AMP no PEDN.

Koordenador distrit husu deit kona ba tratores, ahi mate, bee mos la too, dalan kuak hela barak-barak no nia preokupasaun kona ba pipeline husi Greater Sunrise sei mai Timor-Leste ka lae? Perguntas hirak nee normal iha “konsulta publika”, maibe Chefe do Governu AMP, Sr Xanana nia reasaun hanesan fali ba ema ida atu hakarak estraga nia kampanha politika.

Hau lori FRETILIN nia naran lakoi mai hatan detalhus hotu neebe Senhor PM Governu AMP nia koalia, neebe hakerek iha jornal, tamba barak liu mak it abele dehan, koalia arburu deit. Chefe Governu AMP amease ho atu fo sai “pekadus” lideransa FRETILIN nian maibe temi deit buat neebe ita la kompreende saida mak nia hakarak koalia. Ida ne’e hatudu katak konsulta PEDN hanesan duni kampanah politika tamba aproveita opportunidade hodi ataka partidu FRETILIN.

Maibe PM Governu AMP nia koalia ne’ebe presiza resposta mak nia dehan katak: “Wainhira ami tama kaer ukun iha 2007, ami buka kompanhia neebe kaer projetu la hetan, osan ba hotu partidu, sosa ida ne’e, sosa ida ne’eba, ida ne’eba ita la hatene osan sira ne’e ba hotu neebe.”

Hau hakarak hatete, PM AMP nia kolia ne’e sala! Osan orsamentu tempo Governasaun FRETILIN nian, bele justifika hotu tuir lei. Osan hotu ne’eb gasta iha tempu neba iha justifikasaun.

Koalia hanesan nee hatudu deit ba ami katak Sr PM AMP la iha toleransia ba populasaun nia ezigensia ba justifikasaun husi nia kona ba proposta atu halo Plano estrategiku ida neebe ho osan bo’ot tebes, maibe seidauk iha detalhus oinsa Povo bele halo nia avaliasaun.

Ita hare katak infelismente PM AMP hahu lakon pasiensia ho kritikas neebe mosu kona ba pakote referendu no soi lia fuan arbiru deit tamba la konsege defende hahalok aat barak governu AMP nian. Komu PM AMP la konsegue hatan Pakote Referendu nia failhansu entaun buka soe rai rahun no halo alegasaun falsu deit.

Ami dehan ba PM AMP dala barak ona, se iha iha buat ruma ne’ebe ami halo la tuir lei, entaun lori ba investigasaun ka haruka ba justisa. Hanesan Sr PM AMP hatene, ami haruka buat barak ba justisa i ami hein hela membru governu balun neebe sei bolu ba hatan iha justisa.

Sr PM AMP nia deklarasoens balu neebe jornal temi, barak liu mak hanesan hakarak soe deit rai rahun. Em vez de hatan lolos ba kirikas neebe nia simu, PM AMP sadik fali no ameasa fakar sai sala membru CCF nian, hodi nune’e atu ameasa fali koordenador FRETILIN ne’ebe, hanesan elementu populasaun nian, iha brani atu hamriik hodi kritika Governasaun AMP. Ne’e mak demokrasia maibe Sr PM AMP lakoi komprende no simu husi povu.

Sr PM AMP akuza fali hodi dehan lider FRETILIN nian mak tau lia fuan iha koordenador nia ibun. Ne’e hatudu deit arrogansia makas husi Chefe Governu AMP tamba la fiar katak ema povu, iha distritu, hanesan Kordenador FRETILIN nian, mos iha kakutak atu halo perguntas kona ba hahalok a’at iha governasau AMP nia laran. Chefe Governu AMP dehan ba konsulta povu, maibe lakoi rona povu nia lamentasoens.

Hahalok nee ita hare momos iha Chefe Governu AMP nia koalia rasik, no ami hein katak Jornal STL publika los, ne’ebe hatete “ Lalika sadik, purke sadik sira nee hau hatan, ho membru CCF tomak hau tau iha hau nnia bolus, ho ita boot nia presidenti rasik, hau tau iha hau nia bolus la vale buat ida.”

Ho lia fuan sira hanesan ne’e Chefe Governu AMP harak hatete katak ami lider FRETILIN hotu nia matenek kesi metin hotu la too nia matenek karik, hanesan tuir Jornal STL nia enterpretasaun.

Nee mos la buat ida ba mi, maibe hatudu ona tendensiane’ebe la diak, katak Sr. Xanana hanesa, Chefe Governu AMP mak hatene buat hotu-hotu.Ami husu boot katak, ba Sr Xanana, hanesan kompanheiru de luta: se ita boot kole ho viagem ida nee ba sub-distritu, diak liu deskansa, tamba ami lakoi ita bo’ot nia kole hamosu fali diskursus neebe bele kria problemas iha rai laran.

Povu no rai nee presiza mak lider sira atu bele tu’ur hamutuk hodi diskuti assuntu neebe importante, ho rasional no ho ulun malirin.

FRETILIN dehan bebeik ona, ami hakarak halo 2010-2020 dekada ba paz, estabilidade no dezenvolvimentu. Povo Timor-Leste merese ida nee duni, no se ita fiar duni ita nia koalia katak Povo nee mak terus liu atu harii estadu ne’e ho ruin no ran, entaun ita sei buka fo sai ita nia lia fuan ho moderasaun itoan.

FRETILIN harii fundu mina rai tamba fo interesa makas ba Povo nia dezenvolvimentu. Laos hanesan ema balun ne’ebe hakarak soe deit rai rahun baihira dehan, hanoin barak liu ba osan du ke Povo. Ami lakoi osan atu lakon hanesan lakon dadaun ho projetu oioin neebe seidauk fo benefisiu maka’as ba Povo, maibe ba ema lubuk oan ida deit.

Povo kiak rabat rai nafatin no seidauk hare to’o agora resultadu investimentu dia ba nia osan. Fundu Mina Rai la taka dalan atu usa osan ba halau deznvolvimentu ba Povo. Governu AMP tintinan foti osan barak ona. Iha besik tinan tolu deit governu AMP foti liu ona biliaun ida ho balu dolares americanus husi Fundu Minarai (Fundo de Petroleo). Ne’e osan ida ke bo’ot liu osan ne’ebe iha orsamentu governasaun FRETILIN nian iha tinan lima nia laran. Maibe hanesan deputadus AMP rasik nia koalia, saude la diak no aat ba bebeik, edukasaun la diak no aat ba bebeik, be mos sei falta no ahi mate permanente iha fatin barak.

Iha nee hatudu resultadu la iha, maske orsamentu boot liu tebes governu FRETILINnian.
Ida nee mak Chefe Governu AMP Sr PM Xanana lakoi Povo hare no kolia. Falhansus hira ne’e iha iha sector hotu-hotu maske osan barak mak fakar sai deit.

Ami iha FRETILIN hatene saida mak ita hotu halo ba luta libertasaun. Chefe Governu AMP nia kolia neebe deehan ami nunka hatama ami nia kanuru kroat ba funu hatudu deit nia frustradu ho kritikas neebe parlamentu halo. Ne’e hatudo momos katak Sr. Xanana nudar PM Governu AMP la iha toleransia ba prosesu demokrasia.

Kona ba Chefe Governu AMP nia kolia kona ba dada ka la dada pipeline Sunrise mai Timor-Leste, ami dehan deit katak ne’e asuntu no objectivu nasional nian. Ami hein deit mak resultadu diak, no ami mos fo deklarasaun publiku apoiu objectivu nee.

Bainhira ami hasoru kompanhia mina sira nee mos ami hatete ba sira, maske ami iha politika oin seluk ho governu Governu AMP, ami apoia 100% objectivu pipeline mai Timor-Leste no bainhira ami fila ba governu, objectivu nee mos ami sei dudu ba oin nafatin. Nee mak ami husu ba Chefe Governu AMP, diak liu ita ho bo’ot ita bo’ot nia matenek nain iha governu halo buat hotu neebe tenki halo atu atingi objectivu nee. Governu FRETILIN nian halo buat hotu neebe nia belehodi hetan akordu ba tasi Timor no osan ba Timor-Leste no mos hahu negosiasoens atu dada pipeline mai Timor-Leste.

Ami mos hare iha TVTL Chefe Governu AMP nia oin kole tebes. Bainhira ami rona deklarasoens oioin hanesan hirak neebe hau foin temi sai iha jornal, halo ita preokupa fali katak ema balun iha ita nia leet neebe hakarak kria konflitu entre lider para sira bele usa ida nee ba sira nia objectivu.

Ikus liu ami preokupadu ho Chefe Governu AMP nia ezijensia ba koordenador FRETILIN nia iha distritu Ainaro katak nia tenke “dehan ba ita boot nia partidu atu muda lei Fundu Petrolifero hamutuk ho CNRT.”

Ida nee hatudu tan katak Chefe Governu AMP halo dinu kampanha politika. Konsulta publika lolos atu ba rona ema laos dehan deit ba hatete sa’ida mak Chefe Governu AMP hakarak deit.

Ita lakoi mak projetu PEDN sai fali hanesan projetu importasaun fos, projetu pakote referendu, projetu Irrigasaun Bebui, no projetu Oleo Pesadu neebe ita seidauk too rohan no tuir ami nia hare atu ba los ne’ebe.

Ita lakoi projetu mudansa ba lei fundu petrolifero sai hanesan mudansa ba lei tributaria neebe lolos atu hatuun folin maibe san nia foin iha merkadu sa’e ba bebeik.

Ita lakoi mos gestaun fundu mina rain neebe agora rekonesidu iha mundu tamba ba nia tranparensia no nia seguransa, sai fali hanesan gestaun fos iha armazen, ka gestaun central eletrica neebe ahi mate permanente no hanesan projetu oioin neebe ita hare kualidade la iha liu no dala barak la remata.

Kuidadu maluk sira tamba osan nee ita lakon, lakon dalan ida deit, no Povo lakon osan sem iha benefisiu. Tamba ami hadomi Povo mak ami harii Lei Fundu Petrolifero laos hanesan Chefe Governu AMP nia kolia. Ami hanoin se kompanheiru Xanana hadomi Povo duni entaun nia sei buka dalan diak ba fundu petrolifero, em ves de rona sira neebe mai koalia midar iha nia tilun atu nia bele fo osan ba sira halo porjetus oioin. Ema sira nee hadomi deit osan no la hadomi Povo.

Husi Deputado Estanislau da Silva.
Lori Bankada FRETILIN nia naran.

Ba informasaun tan dere mai Deputado Jose Teixeira iha 728 7080

Moçambique/Valorizar a ciência para produzir riqueza – defende o Chefe do Estado no prosseguimento da presidência aberta a Manica

A ciência tem que ser valorizada de forma a produzir riqueza para o país, segundo apelou ontem Chefe do Estado, Armando Guebuza, no comício popular que orientou no posto administrativo de Matsinho, distrito de Gondola, Manica, e que marcou o segundo dia da sua visita de trabalho a esta parcela do país.

26 maio 2010/Notícias

De acordo com o Presidente da República, o domínio da ciência e da técnica é condição essencial para que os moçambicanos possam fazer um melhor aproveitamento das potencialidades de que o país dispõe.

“Temos que mandar os nossos filhos à escola, porque ela reforça a nossa capacidade de lutar contra a pobreza. O melhor recurso que temos são os moçambicanos que têm que estar suficientemente capacitados para combater a pobreza”, disse Armando Guebuza.

Ainda segundo o Chefe do Estado é por isso que o Governo tem vindo a investir neste sector para que mais crianças possam ter acesso a educação. Revelou que o esforço feito até aqui ainda não é suficiente, pois ainda há muitas crianças que não estudam.
“Precisamos de fazer mais. Temos que reclamar para provocarmos o desenvolvimento. Para fazer mais para o nosso povo é preciso chamarmos a atenção à nossa consciência, para prestar melhor serviço ao povo. É preciso ver as coisas, ver o passado, aproximar-se do presente e questionar até onde queremos ir”, disse. Indicou que no passado, quando determinado estudante de Manica concluísse a 10ª classe, tinha que se deslocar à Beira para continuar com os estudos, contrariamente à situação actual em que já é possível ter o ensino pré-universitário nos distritos e frequentar o Ensino Superior em qualquer província.

Segundo o Presidente da República, em 35 anos de independência, já é possível contar com um total de 37 universidades no país, fruto do trabalho que os moçambicanos têm desenvolvido para o combate à pobreza, visto que a falta de escolas é uma manifestação da penúria.

“Há 35 anos havia poucos hospitais, hoje temos mais, assim como temos mais escolas. O objectivo da luta contra a pobreza vai produzir resultados, visto que a nossa acção é direccionada à resolução dos problemas do povo”, indicou.

Num outro desenvolvimento e a-propósito de se reclamar o aumento do valor alocado aos distritos, no âmbito do Fundo de Desenvolvimento de iniciativas locais, Armando Guebuza afirmou que é preciso que se produza mais com os poucos recursos que existem actualmente, sempre na perspectiva de que os mesmos vão induzir o desenvolvimento.

“Temos que trabalhar com coragem e determinação no caminho que leva ao fim da pobreza. Temos uma população que tem consciência da contribuição que deve dar no combate à pobreza. Por isso, temos que ajudar àqueles que têm dúvidas. O objectivo da luta contra a pobreza vai produzir resultados. Vamos transpirar mais para podermos vencer”, reafirmou.

Tanto a mensagem da população de Matsinho as intervenções dos populares durante o comício orientado pelo Chefe do Estado resumem-se na necessidade de mais escolas, alocação de mais enfermeiros, abertura de mais furos de água, reabilitação de estradas, entre outras necessidades.

Respondendo às preocupações levantadas pela população local, o Chefe do Estado recordou que o presente é muito melhor que o passado e era preciso trabalhar mais visando de garantir que o futuro seja melhor ainda.

Moçambique/Botswana quer mais energia da HCB

O Botswana pretende adquirir mais energia da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), para minimizar o seu défice estimado em cerca de 380 megawatts. Actualmente, Moçambique fornece àquele país, numa base não firme, cerca de 50 megaWatts. Por o acordo entre as duas partes ser numa base não firme, Moçambique pode reduzir a quantidade de energia fornecida sempre que julgar conveniente.

26 maio 2010/Notícias

Segunda-feira última em Maputo, os ministros de Energia de Moçambique e do Botswana tiveram um encontro de trabalho, tendo o ministro da Energia e dos Recursos Minerais e Hídricos tswana, Ponatshego Kedikilwe, defendido que na eventualidade de o nosso país não poder aumentar o fornecimento de energia, que pelo menos haja um acordo onde Moçambique estabeleça a quantidade de energia que estaria disposto a fornecer numa base firme, para que aquele país possa melhorar a eficiência da gestão de energia de que dispõe.

Entretanto, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, explicou que Moçambique ainda não está em condições de garantir o fornecimento de energia nessa base e que as empresas nacionais de energia dos dois países irão trabalhar em conjunto para melhorar a capacidade de fornecimento ao Botswana.

“Já temos contratos firmes com a África do Sul e com o Zimbabwe e para entrarmos noutros contratos similares temos que ter a certeza de que existe capacidade de fornecimento. Um acordo numa base firme quer dizer que não se pode interromper o fornecimento, porque senão depois há problemas. Então, temos que avaliar muito bem as condições existentes nas nossas empresas, para termos a certeza de que podemos fornecer essa energia”, disse Salvador Namburete.

Na mesma ocasião, Ponatshego Kedikilwe explicou que o Botswana produz actualmente cerca de 120 megaWatts e consome mais de 500 megaWatts. Disse, por outro lado, que as necessidades de consumo energético do seu país poderão aumentar, devido ao rápido desenvolvimento da indústria de cobre. Igualmente o Botswana está a implementar um projecto de produção de energia térmica com uma capacidade para 600 megaWatts que só estará concluído em 2012. O ministro tswana afirmou que o projecto de energia térmica não é suficiente, porque o seu país tem que ter fontes alternativas de fornecimento de energia para fazer face a qualquer eventualidade.

Ainda neste encontro, o governante tswana afirmou que o seu país está também interessado em utilizar os portos moçambicanos, particularmente os de Maputo e Beira para o transporte de combustíveis para o seu país.

A este respeito, Salvador Namburete, que falava a jornalistas momentos após o fim da reunião de trabalho, disse que “estivemos a ver quais são as infra-estruturas que poderão ser utilizadas para esse efeito, incluindo os armazéns e os meios de transporte disponíveis”.

“As nossas empresas nacionais de combustível vão cooperar para materializar esse fim. Nos próximos dias já haverá um ´draft´ de um memorando que vai ser consolidado entre os dois governos e que vai estabelecer as bases de cooperação entre os dois países”, afirmou.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Europa y EEUU temen que procesos sociales de Latinoamérica los dejen sin patio trasero

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) http://www.abn.info.ve

Caracas, 25 mayo 2010 (ABN) - “América Latina está construyendo un proceso social propio al que Europa y Estados Unidos temen porque ha hecho que nuestros pueblos dejen definitivamente de ser colonia y patio trasero de los explotadores”.

Así lo sostuvo el embajador de la República Bolivariana de Venezuela ante el Reino de España, Julián Isaías Rodríguez, durante el discurso inaugural del Seminario Internacional Independencia y Formación del Estado en Venezuela, reseña un boletín de prensa de la Cancillería venezolana.

El diplomático destacó que “hoy, con una tecnología de punta, mediante la electrónica y la telefonía móvil, los anteriores y los nuevos colonizadores persisten en deformar los Estados” que construyen sus propios procesos sociales.

Durante su intervención, Rodríguez indicó que el Estado-Nación en América Latina “no se concebía sino como un acto de fuerza” hasta la llegada de las revoluciones pacíficas y democráticas de Venezuela, Bolivia y Ecuador.

“Tanto así, que cuando Europa o Estados Unidos han sentido amenazado su orden establecido (no el nuestro) -y nos lo hacen saber- golpeamos nosotros mismos a nuestra sociedad, y violamos simbólica y hasta físicamente a nuestros pueblos”, agregó.

El seminario que inauguró el embajador fue organizado por la Misión diplomática venezolana en España y el Centro Nacional de Historia de Venezuela en conjunto con el Instituto de Estudios Latinoamericanos de la Universidad de Alcalá de Henares (UAH) y el Departamento de Historia II de la Facultad de Filosofía y Letras de la misma casa de estudios.

El evento se llevó a cabo en la Sala de Audiovisuales de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Alcalá, en Alcalá de Henares.

La presentación académica del Seminario estuvo a cargo del profesor de la Universidad de Alcalá, Pedro Pérez Herrero, quien dio pie a las intervenciones de Pedro Calzadilla, del Centro Nacional de la Historia; y de Belín Vázquez y Ligia Berbesi de Salazar, de la Universidad del Zulia.

TV Brasil Internacional vai mostrar verdadeira imagem do país

25 maio 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (24), durante o lançamento da TV Brasil Internacional, que o novo canal servirá para mostrar para o mundo a verdadeira imagem do Brasil e o que o país tem de melhor.

“Estamos realizando mais um sonho, de que ainda não acordamos. Essa TV pode ser o jeito de ser deste país, na cultura, no futebol, na política. Uma TV plena que vai desnudar este país maravilhoso que o mundo não conhece”, discursou Lula.

Segundo o presidente, atualmente a imagem do Brasil no exterior é como se fosse transmitido os piores momentos do país e a TV Brasil Internacional servirá para mudar esse quadro. “Essa TV pública pretende ser a cara do Brasil no exterior. Quando fazemos as coisas lá para fora parece que fazemos os piores momentos. Então, não queremos que fique lá fora a imagem dos piores momentos do Brasil, mas a imagem que somos”, afirmou.

A TV Brasil Internacional iniciou ontem (24) sua transmissão para 49 países do continente africano. O canal será transmitido em língua portuguesa, como fazem os canais das TVs públicas internacionais (BBC/Inglaterra, RTVE/Espanha, RAI/Itália, Canal Cinq/França, NHK/Japão.

A programação será composta por conteúdos próprios da TV Brasil, com ênfase em aspectos informativos e culturais sobre o Brasil, ajustados ao fuso horário de Angola, que é de quatro horas a mais que o horário de Brasília.

Em seu discurso, Lula disse ainda que o novo canal servirá para mostrar aos céticos que “nem tudo que é público é ruim, e o que é privado é um centro de excelência”. Para ele, é possível construir uma televisão pública sem ser apenas um canal de divulgação das ações do governo.

“Tem gente que elogia a BBC, que é um veículo de comunicação pública. Queremos provar que é possível fazer uma TV pública de qualidade, republicana, que não seja chapa branca nem oposição”.

A presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Tereza Cruvinel, disse que a ideia de começar a transmissão do canal internacional pela África se originou da demanda daquele continente por programação audiovisual e também pela dívida que o Brasil tem com o povo africano.

“Entendemos que, tal qual pensa o presidente Lula, temos uma dívida enorme com a África que não pode se paga com dinheiro, mas com solidariedade”, disse Cruvinel. Segundo ela, a TV Brasil Internacional também vai ter em sua grade de programação o conteúdo produzido por outros canais públicos, como as TV Câmara, Senado e Justiça.

Acompanhe também a entrevista do secretário Nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, à Rádio Vermelho sobre a TV Brasil Internacional. (Da Redação, com Agência Brasil)

Argentina/Cristina Fernández cerrará actos del bicentenario junto al líder hondureño Manuel Zelaya

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) http://www.abn.info.ve

Buenos Aires, 25 mayo 2010 (ABN) - La presidenta de Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, cerrará esta noche los actos del bicentenario junto al ex presidente y líder hondureño Manuel Zelaya, y otros presidentes latinoamericanos visitantes.

El salón blanco de la Casa Rosada será el escenario de la última cena del bicentenario a la que no ha sido invitado el actual vicepresidente, Julio Cobos, ni ningún ex presidente a excepción de Néstor Kirchner, anunció abc.es.

El expresidente Kichner es actualmente el Secretario Ejecutivo de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur).

Argentina celebra este martes los doscientos años de la Revolución de Mayo que dio paso a la independencia del país.

En rigor, en la fecha de hoy se formó lo que dio en llamarse el primer gobierno patrio o la Primera Junta integrada por un Presidente, dos Secretarios y seis Vocales.


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Venezuela/Blog de Hugo Chávez Frías fue activado este martes

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) http://www.abn.info.ve

Caracas, 25 mayo 2010 (ABN) - Este martes fue activado el blog oficial del presidente de la República, Hugo Chávez Frías, http://hugochavez.org.ve, espacio que cuenta con una serie de secciones y en el cual la población podrá colocar sus comentarios y requerimientos.

El jefe de Estado anunció la creación del blog este lunes, durante una reunión con el buró político del Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), que se llevó a cabo en horas de la noche en el Palacio de Miraflores.

Entre las secciones con que cuenta el blog se encuentran discursos; Líneas de Chávez; noticias; Aló, Presidente; artículos; libros; videos y fotografías.

Asimismo, hay un espacio dedicado a los mensajes que el jefe de Estado transmite a través de @chavezcandanga, vía la red social popular Twitter, y a su vez se reflejan mensajes que le envían sus seguidores.

Para horas de la mañana de este martes, @chavezcandanga llevaba más de 433 mil seguidores.

Chávez Frías ingresó a fines de abril pasado al Twitter, red social y popular de comunicación que se ha convertido en un espacio de encuentro entre diversos grupos sociales para la discusión política y el debate de temas de interés nacional e internacional.

También se ha constituido en un paso adelante en el llamado a quienes apoyan la Revolución Bolivariana, para estar presentes en todas las trincheras comunicacionales contra la guerra mediática.

Ahora, el blog de Hugo Chávez Frías ingresa al espacio Internet como otra trinchera más de comunicación e información de Estado.

Brasil/Lula diz que carta do Irã é o início do cumprimento de acordo

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília, 24 maio 2010 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (24) que a entrega da carta à Agência de Energia Internacional de Atômica (Aiea) pelo Irã será o primeiro passo para o cumprimento do acordo sobre a troca de material nuclear.

No documento, o Irã deve informar detalhes da troca de urânio negociada na última segunda-feira (17). O objetivo é que o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, envie 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido a 3,5% para a Turquia. O enriquecimento do material deverá ser feito sob supervisão da Aiea, dos turcos e iranianos. Em troca, o Irã receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%.

“Tudo aquilo que foi acordado conosco, está começando a ser cumprido agora. Depois da carta vem as conversas com a agência, vem o depósito do urânio na Turquia, e depois, aí, o prazo para que o Irã receba já o urânio enriquecido”, avaliou Lula durante o programa de rádio Café com o Presidente.

Lula disse que o acordo foi a “abertura para começar as negociações” sobre o programa nuclear iraniano, que preocupa as potências ocidentais. “Nós não fomos lá para negociar acordo nuclear. Fomos lá para tentar convencer o Irã a aceitar uma proposta feita pela Turquia e pelo Brasil, de sentar à mesa de negociações, e isso nós conseguimos”, disse Lula.

Com isso, a expectativa dos governos do Irã, Brasil e da Turquia é impedir a aprovação de sanções, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, contra os iranianos. No entanto, os Estados Unidos atuam paralelamente, levantando dúvidas sobre o eventual cumprimento do acordo e seus efeitos por parte do Irã, e mantêm a defesa das sanções.

Galiza/Independentistas da Escócia, Porto Rico, Córsega, Països Cataláns e Galiza, em Compostela

Diário Liberdade http://www.diarioliberdade.org

DL - Mais um ano, e vam catorze, a organizaçom comunista galega Primeira Linha organiza umha jornada de debate internacional, desta vez sobre a problemática nacional no centro capitalista.

Será no próximo sábado, dia 29 de Maio, no Centro Social O Pichel, na capital da Galiza. Reproduzimos a seguir o comunicado remetido por Primeira Linha, com o programa e as biografias das e dos participantes nas Jornadas:


Escócia, Córsega, Países Cataláns e Porto Rico: quatro realidades similares à Galiza na luita pola soberania e a defesa dos seus sinais de identidade nacional

Compostela, 24 de Maio de 2010 - A formaçom política Primeira Linha organiza as XIV Jornadas Indenpendentistas Galegas, nesta ocasiom centradas nas consequências que a crise económica está a provocar nas naçons sem Estado, -caso de Galiza-, e os limites que esta situaçom impom à capacidade para adoptar medidas na defesa dos seus interesses nacionais e, em particular, da classe trabalhadora.

As Jornadas, -que levam por título "Quatro realidades similares à da Galiza. As luitas de libertaçom nacional no centro capitalista"-, contarám com a participaçom de destacad@s líderes políticos da esquerda nacional da Escócia, Córsega, Países Cataláns e Porto Rico, países que compartilham com a Galiza umha realidade similar: ser naçons sem Estado e contar com a a existência de movimentos de reivindicaçom nacional que se plasmam na demanda de soberania e na defesa do idioma próprio como um dos seus sinais de identidade.

Estas jornadas, abertas ao público, terám lugar Sábado 29 de Maio no Centro Social Gentalha do Pichel, (Rua Santa Clara 21, Compostela).
Mais informaçom: Carlos Morais, Secretario geral de Primeira Linha
(carlosmoraisgz@hotmail.com)
Telf. Contacto: 616 868 589

Programa

11:00. Galiza e Países Cataláns frente ao assimilacionismo espanhol

Alberte Moço, Porta-voz nacional de NÓS-UP (Galiza)

Aquiles Rubio i Villalvilla, Endavant-OSAN (Países Cataláns)

16.30. Escócia, Córsega e Porto Rico, três luitas anti-imperialistas

Johanna Dind, Scotish Socialist Party (Escócia)

Paulu Antone Susini, Corsica Libera (Córsega)

Salvador Tió, independentista portorriquenho (Porto Rico)

19:00. Cinco realidades, um mesmo combate

Johanna Dind

Alberte Moço

Aquilles Rubio i Villalvilla

Paulu Antone Susini

Salvador Tió


Biografias dos participantes

Salvador Tió
Porto Rico, 1946. Licenciado em Filosofia pola Universidade de Porto Rico e em Direito pola Universidade de Harvard. Como advogado, dedicou-se principalmente à defesa de grupos marginalizados como os Sem Terra e Sem Teito, os trabalhadores imigrantes agrícolas e os perseguidos políticos. Militou no Partido Independentista entre 1964-1973 para, posteriormente, colaborar com o Partido Socialista Portorriquenho.
Em 1979 é detido na Ilha de Vieques por interferir nas práticas de tiro da Marinha de Guerra norte-americana. Em Nova Iorque dirigiu o Gabinete Regional de Serviços Legais e a Uniom de Liberdades Civis desse Estado. Foi professor de Direito na Universidade de Porto Rico. Actualmente fai parte da Presidência Colectiva do Movimento Continental Bolivariano (MCB) representando Porto Rico, e exerce como Assessor geral de grupos ambientalistas e como advogado defensor de militantes do movimento socialista, comunista e independentista portorriquenho.

Johanna Dind
Suíça, 1970. Tras residir na Finlándia e no Canadá, desde 2006 vive em Edimburgo, Escócia. Fala francês, finês, inglês, espanhol, alemám e italiano. Exerceu de professora de francês na British Columbia (Canadá), e para o Governo da República Suíça em Genebra no gabinete de protocolo e relaçons exteriores. Na actualidade trabalha como chefa de apoio de projecto para umha empresa de serviços.

Participou no sindicato de professores no Canadá. É activista dos direitos humanos e dos Povos Indígenas, tendo trabalhado para o Foro Permanente para as Questons Indígenas da ONU e para o Centro de Documentaçom, Investigaçom e Informaçom dos Povos Indígenas, em Genebra.

Membro do Comité Executivo do Partido Socialista da Escócia (Scottish Socialist Party – SSP) desde 2007. É secretaria regional para a regiom de Lothians, em Edimburgo.

Paulu Antone Susini
Ajacciu (Córsega), 1972. Mora em Carbuccia, no sul do país, onde é eleito municipal.
De 1990 a 2003 foi responsável da organizaçom estudantil independentista Ghjuventu Paulina. Membro fundador da força independentista Rinnovu. Em 2009 participa na fundaçom de Corsica Libera, e forma parte da Executiva Nacional desta entidade, que reagrupa ao conjunto das correntes independentistas e soberanistas da Córsega.

Alberte Moço
Vigo, 1982. Desenhador gráfico. Militante da esquerda independentista e activista dos movimentos sociais, onde destaca a súa trajectória organizativa no associacionismo popular -Associaçom Viguesa pola Memória do 36, Associaçom Galega de Amizade com a Revoluçom Bolivariana, CIG-Mocidade, Associaçom Cultural Obreira Maçarico-. Fai parte do Comité Central de Primeira Linha e é Porta-voz nacional de NÓS-UP desde 2009.
Colaborador habitual do Abrente, escreve artigos de opiniom em diversas publicaçons periódicas digitais.

Aquiles Rubio i Villalvilla
Madrid, 1974. Criado em Eivissa reside em Alacant desde 1992. Militante de Endavant (OSAN) desde a sua fundaçom, forma parte do Comité Local de Alacant, além de ser o responsável de formaçom desta organizaçom revolucionária marxista no País Valencià e exerce de director da Tanyada, a revista de debate e formaçom. Membro da Coordenadora Obreira Sindical, é delegado sindical em Aire Libre, cooperativa de ensino na qual trabalha como professor de história desde 1998. Petence à Brigada Catalá Venceremos de Solidariedade com Cuba da esquerda independentista.
Colabora habitualmente no Accent, jornal popular dos Países Cataláns.


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REPÚBLICA SOVIÉTICA DA GALIZA

21 maio 2010/Diário Liberdade http://www.diarioliberdade.org
Galizalivre/Novas da Galiza - Conta nas suas memórias Luís Souto, o secretário comunista de Castelão, como o médico ourensano Fernandes Carneiro com outros camaradas, "proclamou a República Soviética Galega Independente na cidade de Ourense.
O choio foi deste jeito: O doutor, com quatro ou cinco companheiros mais, obreiros da construção, subiu ao Governo Civil na rua do Progresso, prenderam o Governador, pecharam-no num quatro, retiraram a bandeira republicana do balcão do Governo Civil e içaram uma com uma fouce e um martelo vermelho, que dizia em letras douradas República Soviética Independente de Galiza" [1]. Souto diz que foi em 1932 –ano da mais dura greve revolucionária dos operários do caminho-de-ferro–, mas quiçá se confunda com o 25 de junho de 1931, quando se produziram idênticos acontecimentos, dous dias antes de quem em Compostela se conforme a Junta Revolucionária Galega com Antão Alonso Rios –na altura praticamente "presidente da Galiza" em funções, por palavras de Castelão, pois fora elegido presidente da Assembleia polo Estatuto do Estado Galego de 4 de junho celebrada na Corunha– à cabeça. Pouco durou esta República Galega, pois o governo espanhol aceitou manter as obras do caminho-de-ferro um ano mais, provocando a desmobilização. Colectivos de Ordes, Cerzeda e a Laracha estão a programar uma jornada na que se celebre o 79º Aniversário da República Galega, tirando do olvido este fito histórico.

Haverá quem recorde um engraçado mural do coletivo reintegracionista Meendinho, que dizia "Galícia, região europeia. Galiza, nação atlântica", jogando com o parecido topónimo da região polaca. O caso é que Galícia [2] sim foi uma república socialista soviética lá entre o 8 de maio de 1920 e o 21 de setembro de 1920, durante a Guerra Polaco-Soviética. Fora estabelecida polo Comité Revolucionário de Galícia (Galrevkom) e um governo provisório dirigido por Vladimir Zatonsky, com capital em Tarnopol (pois não controlava a cidade mais importante, Lviv). Uma das medidas mais interessantes que se tomaram na República Soviética de Galícia foi a de outorgar-lhe igual estatuto às três línguas faladas na região: o polaco, ucraniano e yiddish. Também assume competência em moeda, educação, e recruta o Exército de Galícia. A Paz de Riga em 1921, confirmou a inclusão de Galícia em Polónia.Vladimir Zatonsky por pouco não fora executado como contrarrevolucionário em 1918 quando o exército vermelho toma Kiev. Não se livrou no 3 de novembro de 1937, quando é detido e condenado a morte, sendo executado no 29 de julho de 1938. Ao ex-presidente de Galícia de pouco lhe valeu a sua condecoração da Ordem da Bandeira Vermelha e ter sido membro do Comité Executivo Central de Todas as Rússias em 1934.

Da Galícia do Leste sairam nomes como Billy Wilder ou Wilhelm Reich; e outros menos afortunados como João Paulo II. Na Galiza do Oeste, de tornar-se numa República Soviética, a capital teria que ser Ourense. Esta "província" era durante a II República a terceira com mais militantes comunistas do Estado –para paradoxo dos sacerdotes da mitologia industrial–, e uma das zonas mais combativas da Galiza, como o demonstraram nas luitas agrárias ou na citada greve do caminho-de-ferro. É de justiça recordar a Benigno Álvares, o veterinário de Maceda; Santiago Álvares Gomes, fundador do Partido Comunista da Galiza e comisário político das Milícias Populares Galegas, ou Concha Limia Cid, incansável militante comunista, voz galega de Rádio Pirenaica emitindo desde Bucarest... Mas também as Mocidades Nacionalistas de Cela Nova, as mais revolucionárias, arredistas e numerosas de todo o país, com Celso Emílio e Pepe Velo à cabeça.

Notas
[1] Luís Souto, Castelao, a U.P.G. e outras memorias, Xerais, Vigo, 1983, p. 141-142.
[2] Em russo "Galiciya", em polaco "Galicja", em eslovaco "Halic" e em alemão "Galizien".


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Dentro de três a quatro anos: Moçambique deixa de importar arroz -- Presidente da República

Moçambique vai deixar de importar arroz dentro dos próximos três a quatro anos, segundo expectativa ontem apresentada pelo Presidente da República, Armando Guebuza, falando à Imprensa, no término da sua visita de cinco dias à província da Zambézia. Um conjunto de medidas orientado para esse efeito está em marcha e inclui a vinda de técnicos vietnamitas com apoio do Governo japonês, para ajudar a maximizar a produção deste cereal.

24 maio 2010/Notícias

Para além do regadio de Nante, em Maganja da Costa, foram identificadas outras infra-estruturas de género que estão a ser objecto de atenção especial para o aumento das áreas de cultivo e de produtividade por hectare.

Segundo o Presidente da República, desta visita ficou a impressão geral de que há aumento de produtividade e da produção. O desafio que se apresenta tem a ver com a comercialização, sobre o qual ainda há muito trabalho por fazer.

Para incentivar a comercialização de excedentes e criar reservas para casos de emergência, o Governo já tem um programa de construção de silos em distritos com elevado potencial agroecológico.

“A comercialização constitui um desafio. A solução de um problema induz a novas necessidades para as quais pode não se estar preparado para fazer face, o que inclui indisponibilidade de recursos financeiros. Podemos não ter tido a dimensão do esforço necessário. Os silos não vão cobrir todas as necessidades da produção numa primeira fase, mas daqui há dois anos pensamos que teremos capacidade mínima. É uma cadeia completa que teremos que tomar em consideração”, disse.

Num outro desenvolvimento, o Presidente da Republica precisou, relativamente aos sete milhões, que será preciso uma mudança de atitude geral, para provocar as necessárias mudanças. Tal implica uma maior participação e menos crispação entre a população e os gestores. Através dos conselhos consultivos locais será preciso entender que há mais coisas que podem ser feitas com o dinheiro à disposição.

Olhando para os cinco dias da visita à província da Zambézia, o Presidente da República disse que os objectivos foram conseguidos, com enfoque na abordagem sobre a descentralização e “revolução verde”, tendo em conta a necessidade de combater a pobreza. (Osvaldo Gêmo)

Angola/Livro "A África responde a Sarkozy" é apresentado em Luanda

Luanda, 24 maio 2010 (Angola Press) - O livro intitulado “A África responde a Sarkozy”, de 22 autores africanos, foi apresentado hoje, em Luanda, numa cerimónia ocorrida à margem do ciclo de conferências promovido pelo Ministério da Cultura no âmbito das celebrações do Dia de África, a assinalar-se a 25 deste mês.

O acto de apresentação do livro em Angola contou com a presença de um dos seus autores, o economista senegalês Demba Moussa Dembélé.

Demba Moussa Dembélé, que se encontra em Angola a propósito das celebrações do Dia de África, fez saber que o teor do livro serve para responder ao presidente francês Nicolas Sarkozy, que no seu discurso proferido na Universidade Cheikh Anta Diop, no Senegal, a três anos, apresentou uma imagem negativa de África.

A resposta, idealizada pelo ex-ministro da Cultura senegalês, Makhily Gassama, teve grande impacto em alguns países africanos e na Europa, tendo em conta que especialistas de várias áreas do saber juntaram-se para responder o presidente francês.

“O livro motivou várias conferências e debates, principalmente em França, o que levou a encontros de intelectuais franceses como os conselheiros do próprio presidente francês”, disse.

Há a necessidade de unir África, defendeu, voltando aos ideais de Nkwame Nkrumah, e para que não se ocidentalize o continente deve-se manter a união de modos a que em conjunto se possa solucionar os principais problemas.

Por seu turno o director do Instituto Nacional das Industrias Culturais (INIC), António Fonseca, disse que o livro trás 22 posicionamentos de intelectuais africanos, entre escritores, historiadores, economistas que responderam um discurso proferido há três anos.

Face ao seu posicionamento sobre o continente africano, acrescentou António Fonseca, estes intelectuais decidiram dar voz a discordância com o ponto de vista do presidente francês, daí que estes trazem uma visão contemporânea de África, contrariando as responsabilidades que são imputadas aos africanos sobre o tráfico negreiro, a pobreza, entre outros assuntos.

Procura chinesa ajuda indústria de diamantes de Angola

Luanda, Angola, 24 maio 2010 – O mercado angolano de diamantes reanimou-se nos últimos meses, depois da crise internacional de 2009, devido à procura dos mercados emergentes, em particular da China, que já é o maior comprador das pedras preciosas angolanas.

De acordo com a empresa diamantífera Espírito Santo Commerce (Escom), “a tendência de procura de longo prazo continua a apresentar boas perspectivas de sucesso” para Angola.

“A procura será conduzida pela eventual recuperação dos Estados Unidos e pelo crescimento impulsionado pela China e Índia”, referem previsões recentemente divulgadas pela empresa.

A quota de mercado da China, refere, vai duplicar, e a procura por parte da Índia deverá crescer 10 por cento até 2015, pelo que estes mercados de exportação “vão contribuir para um virar de página”.

A Escom participa no projecto Luó, em parceria com a diamantífera russa Alrosa, enquanto a Escom Kimberlites detém interesses do grupo nas 14 concessões (8 kimberlitos e 6 aluviões) adjudicadas pelo Estado angolano.

No ano passado, a China passou a ser o principal comprador da produção de diamantes de Angola, ultrapassando os Estados Unidos da América.

Este aumento da venda de diamantes à China é em larga escala atribuído à sua utilização em transacções de tipo “barter” – diamantes em troca de bens – ou na amortização da dívida de Angola, segundo a “newsletter” África Monitor.

Os Estados Unidos da América foram, segundo a Endiama, o principal destino dos diamantes de Angola entre 2006 e 2008, com o preço do quilate a variar entre 87 e 154 dólares.

Em finais do ano passado, o sector mineiro dispunha de 45 projectos de prospecção de depósito primário de diamantes, ocupando uma área de 107 mil quilómetros quadrados. A mina de Catoca, situada na província da Lunda Sul, é a quarta maior do mundo de onde se extrai anualmente, em média, cerca de 500 milhões de dólares em diamantes, mas, em 2009, este valor ficou pouco acima dos 430 milhões devido à crise.

Devido a uma quebra sem precedentes no preço das pedras preciosas, a crise do mercado diamantífero internacional levou à paragem de produção em muitos projectos diamantíferos angolanos.

“O financiamento disponível para transacções no sector tornou-se escasso, provocando a inevitável saída de empresas do mercado. A procura diminuta de diamantes em bruto por parte dos clientes tradicionais, e consequente queda de preço, provocou a suspensão e encerramento de muitas unidades de produção em todo o mundo”, refere a Escom.

Os preços no mercado informal angolano, refere, terão descido entre 65/70 por cento para as pedras acima dos 5 quilates e 50/55 por cento para as pedras menores.

“Em Angola, foi-se notando uma descida significativa dos preços oferecidos pelos diamantes em bruto, facto que começou a pôr em causa a viabilidade e continuidade de alguns projectos”, adianta.

Um destes projectos, a Sociedade Mineira do Lucapa (SML), anunciou na semana passada que vai reiniciar a exploração nos próximos dias, após 10 meses de paralisação.

Actualmente, cinco países são responsáveis por mais de 80 por cento da produção mundial em valor, com o Botswana a produzir 28 por cento, a Rússia 20 por cento e Angola cerca de 10 por cento. (macauhub)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Brasil/O ACORDO DE TEERÃ E AS TENSÕES DE UM MUNDO EM TRANSIÇÃO

21 maio 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Ronaldo Carmona *

A ousada jogada diplomática turco-brasileira pela paz e pelo respeito aos pilares básicos do TNP atingiu o núcleo da política externa norte-americana, cuja essência, a despeito do governo de turno, permanece sendo prolongar sua hegemonia no mundo. Por isso mesmo, o Acordo de Teera foi seguido de reação de força que fez cair por terra qualquer aparência idealista da política externa de Obama.

A despeito de matizes e nuances, essencialmente, a reação das potências nuclearmente armadas explicitou a determinação destes países de concentrar neles mesmo o domínio do ciclo completo da energia nuclear, e, no limite, de congelar o stuatus quo da atual ordem internacional.

A Declaração de Teerã deu um xeque-mate na diplomacia norte-americana, ao conseguir acordar com os iranianos exatamente os termos propostos pelo P5+1 em outubro passado, e pela carta de Obama à Lula, enviada há três semanas atrás.

O xeque-mate forçou a explicitação, pelos EUA, de que o tema iraniano está longe de restringir-se ao tema nuclear. Trata-se rigorosamente de tema de natureza geopolítica e geoestratégica.

Há muitas razões para crer que os velhos preceitos de Mackinder – apresentados há mais de um século – acerca do domínio do heartland, seguem atuais na política externa do imperialismo norte-americano. A ofensiva anti-Iraque, que remonta a 1991, a ação no Afeganistão, a proteção de pai para filho para com Israel e suas 200 ogivas nucleares não-declaradas e a ofensiva contra o Irã – eixo do mal na era Bush – demonstra a centralidade, na estratégia estadunidense, da presença no Oriente Médio e na Ásia Central – a propósito, “porta dos fundos” da China e da Rússia.

Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, tendo em vista o que estava em jogo, não brincaram em serviço, mostrando nitidamente que questões estratégicas para o Império são políticas de Estado, não de governo.

Diante da bruta ofensiva, o governo brasileiro demonstrou seu enorme desconforto com a atitude de Obama de buscar neutralizar as iniciativas brasileiras. Consta que pouco antes da chegada de Lula a Moscou, primeira escala de sua viagem, Obama passou hora e meia ao telefone com Medvedev – fato que se repetiu em ligação de Obama ao Emir do Catar, também pouco antes de Lula chegar a Doha. Seguiu-se, já na terça-feira, a apresentação do rascunho de resolução apertando as sanções contra o Irã e na reação nada amistosa da Sra. Clinton em depoimento no Senado daquele país.

O movimento turco-brasileiro visou, antes de tudo, seu próprio interesse nacional.

No caso dos turcos, essencialmente a busca de estabilidade em seu entorno geopolítico no Oriente Médio.

No caso do Brasil, a clara percepção de que o clube nuclear buscará impedir, custe o que custar, não apenas a posse de artefatos nucleares, mas também o domínio da tecnologia para produção de tecnologia nuclear com fins pacíficos, visando dominar uma fonte de energia do futuro, como já escrevemos aqui. Afinal, não é exagero dizer que, depois dos cinco países nucleares, o programa nuclear brasileiro é um dos mais, se não o mais desenvolvido. As pressões norte-americanas na década de ’70 e mais recentemente, as intrusivas tentativas de inspeções dirigidas a violar segredo industrial das instalações de Rezende (RJ) mostram a ameaça que segue pairando no ar.

Ignorando solenemente o artigo 4º do TNP – que permite desenvolvimento, por qualquer país, de tecnologia nuclear para fins pacíficos –, a reação ao Acordo de Teerã enfatizou declaração de autoridade iraniana que o país continuaria a buscar dominar o enriquecimento à 20%. Uma aberração, prontamente “comprada” pelo aparato propagandistico dos oligopólios de mídia internacional, que ignora um pressuposto que permitiu a assinatura do TNP em 1968. Alguns no estilo bushiano: matéria da Newsweek acusa diretamente o Brasil de praticar "Rogue Diplomacy" (Diplomacia Bandida).

A questão de fundo, quanto ao tema nuclear, é a seguinte: podem os cinco países nuclearmente armados, por critérios estratégicos e de disputa de mercado, definir quem pode e quem não pode dominar tecnologia nuclear para uso pacífico? Isso mina as bases do TNP, desequilibrando-o ainda mais e tornando-o lesivo ao interesse nacional e dos países em desenvolvimento.

Do ponto de vista geopolítico, renova-se e intensifica-se a tensão entre as grandes potências do CS, EUA à frente, agindo no sentido de congelar e renovar a ordem internacional caduca advinda da segunda guerra em contraste com a emergência do mundo multipolar e a conseqüente exigência de reforma do sistema de governança global.

Ensinamentos ao Brasil
Cabe valorizar a postura brasileira nesta redefinição de ordem que vive o mundo. A costura do Acordo de Teerã coroa diversas iniciativas de política externa, que sob o governo Lula, busca melhor refletir, como já dissemos neste espaço, a geografia e a demografia brasileira.

A questão iraniana, a palestina, a relação com a África, dentre outras, mostram o enorme soft power brasileiro. Nação miscigenada, acolhedora e com enormes potencialidades, leva adiante posições decididamente a favor da desconcentração do poder mundial. Por isso, a postura brasileira gera simpatia e admiração no mundo. Mas, ao mesmo tempo, o episódio de Teerã também mostra que, na medida em que aumenta a presença, os interesses e a influência de nosso país no mundo, também aumentam reações ao protagonismo brasileiro.

A vocação brasileira é a paz, para assim, gerar condições exógenas mais favoráveis a consecução do desenvolvimento, grande e primeira aspiração de nosso povo. Mas não nos iludamos: com o crescente protagonismo brasileiro, crescem e se renovam as ameaças. Isso exige, como nunca, fortalecer nossa capacidade de defender nossas independência política e, no limite, nossa própria soberania.

A ordem internacional de transição que vivemos possui, por definição, contornos incertos. O episodio de Teerã e outros tantos recentes, mostram que as potências centrais, mesmo que decadentes no plano histórico, não cederão poder facilmente. Aliás, note-se que mudanças na ordem internacional, em geral, só ocorrem quando se movem placas tectônicas no cenário geopolítico mundial. Amante da paz e do desenvolvimento, o Brasil precisa atualizar seu pensamento geopolítico e geoestratégico em função do novo cenário que se apresenta, mais instável, mais ameaçador à nossa soberania e integridade nacional.

A velha ordem não assistirá “de camarote” a ascensão da jovem e arejada potência, que ao buscar deslocar a confrontação para a cooperação, questiona de forma aguda políticas imperialistas convencionais, convertendo-se assim, num pólo de resistência, de essência anti-imperialista e anti-hegemônica, tendo em vista inclusive seu próprio interesse nacional.

De La Paz, Bolivia

* Membro da Comissão de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)


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I -- URANIO DE GRADO DE ARMAS DE EE.UU. SE DESVIÓ A ISRAEL

20 mayo 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net/noticias

Por: Grant Smith

“¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión” investiga el período entre 1957 y 1967 cuando la Corporación de Materiales y Equipamiento Nucleares (NUMEC) recibió más de 22 toneladas de uranio-235 -el material esencial utilizado para fabricar armas nucleares. El informe revela por qué la Conferencia de Revisión del Tratado de No Proliferación (TPN) de Armas Nucleares de 2010 en la ONU -como la GAO- no es realmente capaz de cuestionar a los verdaderos impulsores de la proliferación nuclear en Oriente Próximo.

La Conferencia de Revisión del Tratado de No Proliferación (TPN) de Armas Nucleares de 2010 tuvo lugar en la sede de la ONU en Nueva York. Un documento de trabajo requiere un Oriente Próximo libre de armas nucleares. Prescribe que los Estados miembros del TPN ''revelen en sus informes nacionales referentes a la aplicación de la resolución sobre Oriente Próximo toda la información de que dispongan sobre la naturaleza y alcance de las instalaciones y actividades nucleares israelíes, incluyendo información que tenga que ver con transferencias nucleares previas a Israel''. El 6 de mayo de 2010, la Oficina Gubernamental de Contraloría de EE.UU. (GAO, por sus siglas en inglés) publicó el informe de 1978, antes secreto, ''¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión'' [.pdf.] Llena importantes lagunas históricas sobre el desvío de uranio de grado de armas desde EE.UU. a Israel.

Los presidentes de EE.UU. han autorizado desde hace tiempo la ''ambigüedad estratégica'' -una política de no confirmar ni desmentir que Israel incluso posea armas nucleares- Este pretexto ha permitido que EE.UU. entregue la parte más grande de su presupuesto de ayuda al extranjero a Israel, a pesar de claras prohibiciones legales impuestas por las enmiendas.

Glenn y Symington a la Ley de Ayuda al Extranjero. Países miembros de la ONU han sospechado desde hace tiempo que EE.UU. hace caso omiso o apoya activamente la transferencia a Israel de know-how, uranio de grado de armas, y tecnología de doble uso. La investigación y correspondencia de 62 páginas de la GAO confirma que EE.UU. se niega a sentar las bases de investigaciones verosímiles que permitirían asegurar el procesamiento de sus autores.

''¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión'' investiga el período entre 1957 y 1967 cuando la Corporación de Materiales y Equipamiento Nucleares (NUMEC) recibió más de 22 toneladas de uranio-235 –el material esencial utilizado para fabricar armas nucleares. El fundador y presidente de NUMEC Zalman M. Shapiro era jefe de una sección local de la Organización Sionista de EE.UU. (ZOA) y agente de ventas para el Ministerio de Defensa de Israel en EE.UU. A principios de los años sesenta, la Comisión de Energía Atómica (AEC) comenzó a documentar deslices sospechosos en la seguridad en la planta de NUMEC en Apollo, Pensilvania. En 1965 una auditoría de la AEC ya no pudo explicar más de 90 kilos de uranio altamente enriquecido. Cálculos posteriores aumentaron a unos 272 kilos.

El Congreso encargó a la GAO que investigara cuatro afirmaciones sobre lo que había pasado con el uranio. La primera era que ''el material fue desviado ilegalmente a Israel por la administración de la NUMEC para su uso en armas nucleares.'' Fue el resultado de tempranas investigaciones de la AEC y del FBI sobre las actividades de Zalman Shapiro. La segunda teoría: ''el material fue desviado a Israel por la administración de NUMEC con la ayuda de la Agencia Central de Inteligencia (CIA)'' provino del silencio de la CIA y por su falta manifiesta de interés por todo el asunto. Las teorías finales exploradas por la GAO fueron más generales: que ''el material fue desviado a Israel con la aprobación del gobierno de EE.UU.'' o ''que ha habido un encubrimiento del incidente de NUMEC por parte del gobierno de EE.UU.''.

La GAO solicitó toda la información disponible desarrollada por la CIA, el FBI, el Departamento de Energía y la AEC, pero se le ''denegaron continuamente los informes y documentación necesaria... por parte de la CIA y el FBI''. La GAO intentó colmar las brechas o las negativas directas a cooperar mediante entrevistas directas de agentes especiales del FBI. La GAO también trató de publicar el informe, a fin de responder a la creciente preocupación pública. Al representante John Dingell (Demócrata de Michigan), presidente del Subcomité de la Cámara sobre Energía y Electricidad, quien solicitó la investigación, se le dijo seis meses antes de su publicación que sólo las áreas más sensibles del informe serían clasificadas. La CIA y el FBI insistieron en que todo el informe fuera clasificado al nivel ''secreto'' pasando por alto las objeciones de Dingell, quien dijo: ''Creo que es hora de que se informe al público sobre los hechos que rodean el... affaire y el posible desvío de uranio de grado de armas a Israel''.

El informe de la GAO arremete contra la realización intermitente de las investigaciones de NUMEC por el FBI: ''El FBI, que tenía la responsabilidad y autoridad para investigar el presunto incidente, no se concentró en el problema de un posible desvío nuclear hasta mayo de 1976, casi 11 años después. Inicialmente, el FBI rehusó a la solicitud del DOE [Departamento de Energía] de realizar una investigación de la posibilidad de un desvío aunque, bajo la Ley de Energía Atómica, se requería que realizara tales investigaciones''.

La investigación inicial del FBI durante los años sesenta se concentró rápidamente en la administración de NUMEC, pero las recomendaciones para la acción del FBI fueron bloqueadas. Según la GAO: ''El FBI se preocupó tanto por los riesgos de seguridad planteados por el presidente de NUMEC, que consultó al DOE si tenía la intención de terminar su aprobación de seguridad o detener el flujo de materiales a NUMEC. Conforme a la relación del FBI con la GAO, el FBI recomendó que se eliminara la licencia de operación de NUMEC''. Cuando la solicitud del FBI se ignoró, abandonó toda la investigación entre 1969 y 1976.

Fue necesaria una orden directa del presidente Gerald Ford en 1976 para que el FBI y el Departamento de Justicia ''encararan el aspecto del desvío''. La nueva investigación condujo rápidamente a cambios de rumbo de las posiciones oficiales del gobierno de EE.UU. respecto a NUMEC. Según el informe de la GAO, ''hasta el verano de 1977, el único punto de vista gubernamental publicado sobre el incidente de NUMEC fue que no había evidencia que indicara que había ocurrido un desvío de material nuclear''. En febrero de 1978, la Comisión Reguladora Nuclear (NRC) anunció que había ''reconsiderado'' su posición anterior de que no había ''ninguna prueba'' que confirmara el desvío.

Pero la brecha de 11 años ''obviamente obstaculizó'' la iniciativa. La GAO reveló que las salvaguardas de materiales nucleares del DOE, que antes de 1967 rastreaba el valor monetario más que la masa precisa de uranio, tenían serios defectos. NUMEC afirmó que antecedentes clave que cubrían un período de pérdidas de uranio pesado fueron destruidos durante una ''disputa laboral'' en 1964. NUMEC pagó en 1966 una multa de 1,1 millones de dólares por la falta de 93 kilos de uranio, lo que cerró el caso del DOE. NUMEC también contrató a uno de los principales investigadores in situ del DOE para reforzar la apariencia de un serio control y responsabilización por los materiales. La GAO descubrió que incluso en 1978 el FBI no había tomado contacto con individuos clave en el asunto. Un agente responsable del FBI dijo a la GAO que éste no investigó la fuente de fondos para pagar la multa del DOE a NUMEC ya que anticipó ''dificultades legales''. Por lo tanto la GAO investigó el tema, haciendo sus propios llamados telefónicos al Banco Mellon.

El informe de la GAO critica enérgicamente a la CIA: ''De entrevistas con un ex funcionario de la CIA y con antiguos y actuales funcionarios y personal del DOE y del FBI concluimos que la CIA no cooperó plenamente con el DOE o el FBI en el intento de resolver el asunto de NUMEC''. El informe no es concluyente sobre lo que sucedió exactamente en NUMEC, pero no sobre las agencias involucradas en la investigación hasta 1978. ''Creemos que un esfuerzo oportuno y concertado por parte de esas tres agencias habría ayudado considerablemente y posiblemente resuelto las preguntas sobre el desvío de NUMEC, si hubieran deseado hacerlo.''

El paso del tiempo ha eliminado cualquier duda restante de que NUMEC desvió uranio a Israel. Se reveló posteriormente que Rafael Eitan, quien visitó a NUMEC en 1968, era el máximo espía israelí que apuntaba a objetivos nucleares de defensa nacional y económicos de EE.UU., cuando su agente (el analista de la Armada de EE.UU. Jonathan Pollard) fue arrestado por espionaje para Israel en 1985. Según Anthony Cordesman, ''no existe un motivo concebible para que Eitan haya ido [a la planta Apollo] sino a por el material nuclear''. El jefe de estación de la CIA en Tel Aviv, John Hadden, calificó a NUMEC de ''una operación israelí desde el comienzo'', una conclusión apoyada por su financiamiento de puesta en marcha y sus vínculos iniciales con los servicios de inteligencia israelíes. También es evidente ahora la razón por la cual los gobiernos de Lyndon Johnson y Richard Nixon no investigaron convincentemente a NUMEC como un problema de desvío.

Las presiones diplomáticas directas de John F. Kennedy por inspecciones estadounidenses del reactor Dimona de Israel aumentaron durante 1962-1963. Durante una reunión del 27 de diciembre de 1963, con la ministra de Exteriores de Israel Golda Meir, Kennedy expresó la esperanza de que la relación fuera un ''camino bidireccional''. Meir tranquilizó al presidente Kennedy en el sentido de que ''no habría ninguna dificultad entre nosotros con respecto al reactor nuclear israelí''. Kennedy dio un ultimátum final a Israel el 5 de julio de 1963, insistiendo en que Dimona se sometiera a inspecciones seriales ''de acuerdo con estándares internacionales'' a fin de verificar su ''propósito pacífico''. Simultáneamente, el Departamento de Justicia de Kennedy libraba una intensa batalla tras puertas cerradas para registrar y regular el lobby elitista de Israel en EE.UU., el Consejo Sionista Estadounidense, que traía fondos del exterior para cabildear. El asesinato de Kennedy en noviembre traumatizó a la nación y llevó a la revocación total y permanente de ambas iniciativas.

Según Avner Cohen, en 1958 el primer ministro israelí David ben Gurion había organizado con Abraham Feinberg, un ''importante recolector de fondos demócrata'', que se financiara en secreto un programa de armas nucleares entre ''benefactores'' en EE.UU. Abraham Feinberg, quien respaldó la exitosa campaña electoral de giras relámpago de Harry S. Truman, fue sucinto al describir su papel personal en el sistema político de EE.UU.: ''Mi camino al poder fue la cooperación en términos de lo que ellos necesitaban -dinero para la campaña-''. Feinberg abrió puertas en el Congreso para futuros dirigentes del lobby de Israel, incluido el fundador de AIPAC Isaiah L. Kenen. Según Seymour Hersh: ''No cabe duda de que Feinberg gozaba del mayor acceso e influencia presidencial con Lyndon Johnson en sus 20 años como recolector de fondos y lobista judío. Documentos en la Biblioteca Johnson muestran que incluso los miembros más importantes del Consejo Nacional de Seguridad comprendían que había que satisfacer cualquier tema presentado por Feinberg''. Su poder y su papel en el financiamiento de las perspectivas electorales de Lyndon B. Johnson invalidaron temporalmente un escrutinio del programa de armas nucleares de Israel -en EE.UU. y en el extranjero- en un momento crítico.

El 14 de octubre de 1964, menos de tres semanas antes de las elecciones presidenciales de 1964, el máximo asistente administrativo de Johnson, Walter Jenkins, fue arrestado en un retrete público acusado de un encuentro sexual ilícito. Por lo menos 250.000 dólares que Abraham Feinberg recolectó para Johnson se encontraban en la caja de seguridad en la oficina de Jenkins. Johnson llamó por teléfono a sus asistentes de confianza, Bill Moyers y Myer Feldman, con órdenes de sacar el dinero, lo que hicieron con ayuda de un pesado maletín. Posteriormente Israel volvió a rellenar las arcas de Feinberg (como lo había hecho con Zalman Shapiro mediante comisiones por ventas) con favores multimillonarios, como la propiedad de la franquicia nacional de Coca-Cola.

En 1968, mientras Israel incrementaba perceptiblemente las actividades en la instalación de armas nucleares de Dimona, el secretario de defensa Clark Clifford hizo un último llamado urgente a Johnson: ''Señor presidente, no quiero vivir en un mundo en el que los israelíes tengan armas nucleares''. El presidente Johnson fue abrupto antes de colgar a Clifford: ''No me moleste más con eso''. Para cuando la primera ministra israelí Golda Meir presionó al presidente Nixon para que redefiniera la política de no proliferación de EE.UU. como ''ambigüedad'' hacia las armas nucleares israelíes, el arsenal y la cantidad de armas desplegadas por Israel aumentaban continuamente.

El informe revela por qué la Conferencia de Revisión del Tratado de No Proliferación (TPN) de Armas Nucleares de 2010 en la ONU -como la GAO- no es realmente capaz de cuestionar a los verdaderos impulsores de la proliferación nuclear en Oriente Próximo. ''¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión'' es un informe tan singular y noble en su propósito que probablemente nunca habrá otro parecido. Aunque deja sin explorar la continua presencia, influencia y efecto de los lobistas de Israel que trabajan en el centro de los gobiernos de EE.UU., la GAO suministra a los estadounidenses preocupados una instantánea de un momento antes de que su Congreso, políticos ambiciosos, y administración de medio nivel de agencias gubernamentales, todos ''recibieran el memorando''.

En 2010 ese memorando no escrito dice algo como: Los crímenes cometidos en nombre de Israel -por audaces que sean- nunca serán adecuadamente investigados, para no hablar de enjuiciados… así que no pierdan su tiempo.

Grant F. Smith es autor del nuevo libro Spy Trade: How Israel's Lobby Undermines America's Economy. Es colaborador frecuente de Radio France Internationale y del Foro Interamericano de Voice of America. Smith también ha aparecido en BBC News, CNN, y C-SPAN. Actualmente es director del Institute for Research: Middle Eastern Policy en Washington, D.C.

Este artículo fue publicado por primera vez en: www.antiwar.com
Traducido del inglés para Rebelión por Germán Leyens
Fuente: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=106064
Fuente original: http://www.informationclearinghouse.info/article25457.htm


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II -- Sarkozy pretende sembrar centrales nucleares en África y el mundo Árabe

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) http://www.abn.info.ve

Madrid, 21 mayo 2010 (ABN) - El presidente de Francia, Nicolás Sarkozy pretende sembrar en África y el Magreb centrales nucleares, además firmará contratos en Argelia, Chad, Libia, Camerún, República Centroafricana y Garbón, para así garantizar las necesidades internas de Francia, reseñó un artículo del periódico El Imparcial.

Bajo el título “Sarkozy está dispuesto a sembrar África y el Magreb de centrales nucleares”, el periodista español Pedro Canales señala que la prensa especializada gala reveló la existencia de un acuerdo franco-argelino, que tiene como objetivo emprender una nueva ruta del transporte de mineral uranífero proveniente de Níger y con dirección a Europa.

El artículo menciona que el consorcio francés Areva, especialista en la extracción y trasporte de uranio, alcanzó un acuerdo con el régimen de Abdelaziz Bouteflika para abrir una nueva ruta.

El nuevo proyecto consiste en abrir una ruta terrestre por el sur de Argelia y acceder directamente al Mediterráneo, pues anteriormente este proceso se realizaba vía marítima.

“Níger es el tercer productor mundial de uranio, tras Canadá y Australia, y aún posee reservas suficientes para alimentar la energía nuclear europea por varios decenios”, añade Canales.

La nueva ruta que tendrá el uranio se iniciará en las llanuras del norte de Níger y concluirá en el puerto de Argel o algún otro de la costa argelina, desde donde el mineral embarcará hacia Francia.

“Para completarla hay que terminar la carretera”, sería un total de “400 kilómetros, la mitad en territorio argelino desde Tam a Ain Guezzam, la otra mitad en Niger hasta Arlit”, agregó el periodista.

Sin embargo, Canales destaca que el proyecto propuesto por Areva va más allá, pues prevé construir un acuerdo de prospección y trasporte de la región chadiana de Tibesti. No obstante, añade que existen varias empresas de China, Australia, Corea y de Canadá que consiguieron concesiones tanto de explotación como de exploración de uranio en Níger.

El artículo resalta que Níger sigue siendo para Francia una “piedra angular de su estrategia”, pues a pesar de que a mediados de febrero París condenó el golpe de estado militar en Níger que destituyó al presidente, Mamadu Tandja, las promesas del Consejo Supremo de Restauración de la Democracia que tomó el poder en Niamev, de realizar elecciones libres, obligó a París a “intensificar discretamente relaciones con los militares nigerinos”.

Además de garantizar las necesidades de Francia, el mandatario francés pretende firmar acuerdos en Argelia, Tchad, Libia, Camerún, Centroafrica, Gabón y otras tantas excolonias donde abunda el mineral codiciado, afirma Canales.

La nota finaliza señalando que en la Conferencia internacional de París se mencionó la construcción de 480 centrales nucleares en todo el mundo, en los próximos años, y añade al mismo tiempo que Sarkozy “no dudará en utilizar todo lo que esté en su mano, incluido la cooperación antiterrorista como actualmente en relación con Eta, para 'convencer' al gobierno de Zapatero de atarse al tren nuclear francés”.