segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Produção petrolífera de Angola deverá atingir 2 milhões de barris diários em 2011

Luanda, Angola, 16 agosto 2010 – A produção petrolífera de Angola vai crescer continuamente até 2011, quando atingirá 2 milhões de barris diários, de acordo com projecções da Economist Intelligence Unit (EIU).

“Um aumento contínuo da produção petrolífera vai impulsionar as previsões de crescimento do PIB real” este ano e no próximo, refere o relatório de Junho da EIU sobre a economia angolana.

A EIU prevê um crescimento de 8,8 por cento neste ano e de 6,2 por cento no próximo.

Divergindo das projecções oficiais angolanas, de um crescimento de 2,9 por cento em 2009, os economistas da EIU estimam que o PIB tenha caído 0,3 por cento no ano passado, devido à menor produção petrolífera, corte no investimento público e fraco consumo privado.

De 1,84 milhões de barris no ano passado, a produção petrolífera diária angolana deverá ascender a 1,95 milhões de barris em 2010 e 2 milhões de barris no ano seguinte.

Contudo, sublinha o documento, “dado o historial de atrasos técnicos no sector petrolífero e a possibilidade de a OPEP tentar aplicar a quota de Angola de uma maneira mais restritiva, há o risco de que a produção venha a recuperar a um ritmo mais lento”.

As incertezas quanto ao ritmo dessa recuperação levam a EIU a manter uma previsão de crescimento menos optimista para o próximo ano.

A impulsionar a economia angolana estarão ainda o maior investimento público e também o início da produção dos primeiros projectos de biocombustíveis.

A China continua a ser o principal destino das exportações angolanas (33 por cento), seguida dos Estados Unidos, e é o principal fornecedor do país, juntamente com Portugal e o Brasil.

Segundo a EIU, as relações entre Angola e China “estão novamente em fortalecimento, depois de um período de tensão entre 2007 e 2008”.

Pequim está entre os parceiros junto dos quais o governo angolano procurará assegurar financiamento e linhas de crédito.

Outra força importante para a economia angolana será o projecto de gás natural liquefeito, avaliado em 8 mil milhões de dólares, mas este só entrará em produção em Janeiro de 2012.

Mais para a frente, em 2014, entrará em produção a nova refinaria do Lobito (Sonaref), de acordo com as mais recentes previsões do governo.

Segundo a EIU, a inflação deverá manter-se elevada, em torno de 13,5 por cento, devido à subida do custo das importações e à trajectória de depreciação da moeda angolana, o kwanza.

A conta corrente deverá alcançar um excedente de 4 por cento do PIB em 2011 e 3,9 por cento no próximo. (macauhub)

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