quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Colombia/CARTA ABIERTA DE LAS FARC-EP A UNASUR

Montañas de Colombia, Agosto de 2010


Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia -- Ejército del Pueblo FARC-EP
Secretariado Estado Mayor
http://www.farcejercitodelpueblo.org/site/secretariado-estado-mayor-central/carta-abierta-farc-ep-unasur


LA PAZ DE COLOMBIA ES LA PAZ DE NUESTRA AMERICA

Aunque el gobierno de Colombia mantiene cerrada la puerta del diálogo con la insurgencia acicateado por el espejismo de una victoria militar y la injerencia de Washington, queremos reiterar a la Unión de Naciones del Sur, UNASUR, nuestra irreductible voluntad de buscar una salida política al conflicto.

Es un hecho que éste desbordó, desde hace años, el marco de las fronteras patrias como consecuencia de las estrategias “preventivas” impuestas a Bogotá por el gobierno de los Estados Unidos. Si Colombia hoy está ocupada militarmente por una potencia extranjera, lo es en desarrollo de un interés geoestratégico, de predominio continental y no en razón de una guerra local contrainsurgente. Nadie discute que la Casa Blanca asume con preocupación la presencia política, cada vez mayor en este hemisferio, de gobiernos que optan por el decoro patrio y la soberanía.

En nuestro país, el Plan Colombia, la estrategia neoliberal, la violencia institucional y para institucional, han agravado a niveles insospechados el conflicto, haciendo muy difícil superar esta etapa de confrontación fratricida sin la ayuda de países hermanos.

El drama humanitario de Colombia clama la movilización y solidaridad continental. La obsesión oligárquica por someter militarmente a la guerrilla desde hace 46 años, y la ejecución de los planes guerreristas y represivos de Washington han costado innumerables masacres, fosas comunes como la de la Macarena que esconde más de 2000 cadáveres: la más grande de América Latina, crímenes de lesa humanidad llamados eufemísticamente “falsos positivos”, un desplazamiento forzoso de cinco millones de campesinos, desapariciones de ciudadanos por causas políticas, detenciones arbitrarias, 30 millones de pobres en un país de 44 millones de habitantes…

Algunos aluden frecuentemente a la obsolescencia de la lucha armada revolucionaria, pero nada dicen de las condiciones y garantías para la lucha política en Colombia. Otros ubican la amenaza en la insurgencia y no en la estrategia neocolonial del gobierno de los Estados Unidos, pareciendo ignorar que con guerrilla o sin ella el imperio dará curso a su agenda de predominio. Y los hay también proclives a presionar a una sola de las partes contendientes, casi siempre a la insurgencia
La paz con justicia social y no la guerra por la guerra, ha sido el objetivo estratégico de las FARC desde su surgimiento en 1964 en Marquetalia. Si las conversaciones de paz de Casa Verde, Caracas, Tlaxcala y el Caguán, no llegaron a feliz término, fue porque las oligarquías no quisieron considerar ningún cambio en las injustas estructuras políticas, económicas y sociales que motivan el alzamiento. Hoy enfrentamos, enarbolando incuestionables banderas políticas, la más grande maquinaria bélica que haya enfrentado guerrilla alguna, pero siempre luchando la posibilidad de una solución política.

Señores presidentes: cuando lo estimen oportuno estamos dispuestos a exponer en una asamblea de UNASUR nuestra visión sobre el conflicto colombiano.

La paz de Colombia es la paz del continente.

Reciban nuestro saludo

De ustedes atentamente,

Compatriotas

Secretariado del Estado Mayor Central de las FARC-EP

Montañas de Colombia, Agosto de 2010,

Año bicentenario del grito de independencia.



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Colômbia/CARTA ABERTA DAS FARC À UNASUR

26 agosto 2010/ODiário.info http://www.odiario.info

Secretariado do Estado-Maior Central das FARC

Enquanto o governo do narcotraficante de turno na presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos fecha as portas ao diálogo, as FARC tentam abrir todas as portas ao diálogo. Em Carta Aberta enviada à União das Nações do Sul, UNASUR, as FARC-EP mostram-se dispostas a ir a uma Assembleia daquela organização expor a sua vontade de encontrar uma solução política negociada para uma paz com justiça social na Colômbia, logo que os presidentes dos países membros daquela organização o entenderem.

Ainda que o governo da Colômbia mantenha fechada a porta do diálogo com a insurreição, acicatado pela miragem de uma vitória militar e pela ingerência de Washington, queremos reiterar à União das Nações do Sul, UNASUR, a nossa irredutível vontade de procurar uma saída política para o conflito.

É um facto que, desde há anos, o conflito transbordou os limites das fronteiras colombianas devido às estratégias «preventivas» impostas a Bogotá pelo governo dos EUA. Hoje, se a Colômbia está militarmente ocupada por uma potência estrangeira, isso deve-se ao desenvolvimento de um interesse geoestratégico, de predomínio continental e não por causa de uma guerra local contra-insurreccional. Ninguém discute que a Casa Branca vê com preocupação a presença política crescente neste hemisfério de governos que optam pelo decoro e a soberania.

No nosso país, o Plano Colômbia, a estratégia neoliberal, a violência institucional e para-institucional agravaram até níveis insuspeitados o conflito, tornando muito difícil superar esta etapa de confrontação fratricida sem a ajuda de países irmãos.

O drama humanitário da Colômbia clama pela mobilização e solidariedade continental. A obsessão oligárquica de submeter militarmente a guerrilha, velha de 46 anos, e a execução dos planos belicistas e repressivos de Washington custaram inumeráveis massacres, fossas comuns como a de Macarena que esconde mais de 2.000 cadáveres, a maior da América Latina, crimes de lesa humanidade eufemísticamente chamados de «falsos positivos», um deslocamento à força de cinco milhões de camponeses, desaparecimentos de cidadãos por razões políticas, detenções arbitrárias, 30 milhões de pobres num país de 44 milhões de habitantes…

Alguns aludem, frequentemente, à obsolência da luta armada revolucionária, mas nada dizem das condições e garantias para a luta política na Colômbia. Outros situam a ameaça na insurreição e não na estratégia neocolonial do governo dos Estados Unidos, parecendo ignorar que, com guerrilha ou sem ela, o império dará curso à sua agenda de predomínio. E há também os que têm a tendência para pressionar só uma das partes, quase sempre os insurrectos.

A paz com justiça social e não a guerra pela guerra foi o objectivo estratégico das FARC desde o seu aparecimento em 1964 em Maquetalia. Se as conversações de paz na Casa Verde, Caracas, Tlaxcala e el Caguán não chegaram a bom termo foi porque as oligarquias não quiseram considerar nenhuma mudança nas injustas estruturas políticas, económicas e sociais que motivaram o levantamento. Hoje enfrentamos, desfraldando inquestionáveis bandeiras políticas, a maior maquinaria bélica que qualquer guerrilha já enfrentou, mas lutamos sempre por uma solução política.

Senhores presidentes: quando o julgarem oportuno estamos dispostos a expor numa Assembleia da UNASUR a nossa visão sobre o conflito colombiano.

A paz da Colômbia é a paz do continente.

Recebam as nossas saudações

Atenciosamente,

Compatriotas

Secretariado do Estado-Maior Central das FARC-EP

Montanhas da Colômbia, Agosto de 2010

Ano do bicentenário do grito de independência.

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