quinta-feira, 24 de junho de 2010

Investimentos da China em Angola fundamentais para a reconstrução e desenvolvimento angolano

Lisboa, Portugal, 24 junho 2010 - O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) destacou quarta-feira em Lisboa a importância dos investimentos da China nos esforços de reconstrução e de desenvolvimento de Angola, onde ainda existem “muitas oportunidades” de negócios.

José Rodrigues Alentejo, que falava perante uma plateia de empresários no âmbito do XVI Encontro para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorre até hoje, quinta-feira, em Lisboa, disse ainda ser necessário continuar a promover a organização e participação” em fóruns, feiras, exposições e missões empresariais, que “conduzam acima de tudo à constituição de parcerias mutuamente vantajosas”.

“Acredito que este Fórum Macau de cooperação empresarial vai continuar a impulsionar a dinâmica dos empresários dos nossos países para, em parceria com os respectivos governos, tornar o nosso espaço económico muito mais competitivo”, disse.

O representante da Câmara de Comércio e Indústria de Angola lembrou que “desde o advento da paz em 2002”, o seu país tem vindo a apostar “decisivamente na diversificação da economia para reduzir a dependência do petróleo e dos diamantes e retomar o crescimento de sectores” como o da agricultura, pecuária, pesca, indústria transformadora, transportes, hotelaria e turismo, entre outros.

“Isto significa que existem em Angola muitos oportunidades de negócio e investimento que os empresários deste espaço de cooperação devem aproveitar para a exploração de novos negócios e fortes parcerias no âmbito da internacionalização das empresas”, destacou.

No domínio das infra-estruturas, salientou, a “construção e recuperação é um processo que continua em Angola”, e deu como exemplo o objectivo do governo angolano de reconstruir “73 mil quilómetros de estradas primárias, secundárias e terciárias”.

De acordo com o responsável, até ao momento apenas foram reconstruídos “cerca de 5300 quilómetros”, pelo que as empresas interessadas “podem encontrar oportunidades de negócios rentáveis neste domínio”.

Por outro lado, José Rodrigues Alentejo adiantou que o governo de Angola está empenhado “em criar 12 pólos industriais e agro-industriais para conceder facilidades aos investidores do sector”, onde espera “criar 22 mil postos de trabalho no período de 2009 -2012”.

Angola é o segundo maior parceiro de língua portuguesa da China, tendo alcançado trocas comerciais no valor de 8,94 mil milhões de dólares até Abril, mais 170 por cento face a igual período do ano passado, segundo os dados mais recentes dos Serviços de Alfândega da China. (macauhub)

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