sexta-feira, 21 de maio de 2010

Brasil/O ACORDO DE TEERÃ E AS TENSÕES DE UM MUNDO EM TRANSIÇÃO

21 maio 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Ronaldo Carmona *

A ousada jogada diplomática turco-brasileira pela paz e pelo respeito aos pilares básicos do TNP atingiu o núcleo da política externa norte-americana, cuja essência, a despeito do governo de turno, permanece sendo prolongar sua hegemonia no mundo. Por isso mesmo, o Acordo de Teera foi seguido de reação de força que fez cair por terra qualquer aparência idealista da política externa de Obama.

A despeito de matizes e nuances, essencialmente, a reação das potências nuclearmente armadas explicitou a determinação destes países de concentrar neles mesmo o domínio do ciclo completo da energia nuclear, e, no limite, de congelar o stuatus quo da atual ordem internacional.

A Declaração de Teerã deu um xeque-mate na diplomacia norte-americana, ao conseguir acordar com os iranianos exatamente os termos propostos pelo P5+1 em outubro passado, e pela carta de Obama à Lula, enviada há três semanas atrás.

O xeque-mate forçou a explicitação, pelos EUA, de que o tema iraniano está longe de restringir-se ao tema nuclear. Trata-se rigorosamente de tema de natureza geopolítica e geoestratégica.

Há muitas razões para crer que os velhos preceitos de Mackinder – apresentados há mais de um século – acerca do domínio do heartland, seguem atuais na política externa do imperialismo norte-americano. A ofensiva anti-Iraque, que remonta a 1991, a ação no Afeganistão, a proteção de pai para filho para com Israel e suas 200 ogivas nucleares não-declaradas e a ofensiva contra o Irã – eixo do mal na era Bush – demonstra a centralidade, na estratégia estadunidense, da presença no Oriente Médio e na Ásia Central – a propósito, “porta dos fundos” da China e da Rússia.

Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, tendo em vista o que estava em jogo, não brincaram em serviço, mostrando nitidamente que questões estratégicas para o Império são políticas de Estado, não de governo.

Diante da bruta ofensiva, o governo brasileiro demonstrou seu enorme desconforto com a atitude de Obama de buscar neutralizar as iniciativas brasileiras. Consta que pouco antes da chegada de Lula a Moscou, primeira escala de sua viagem, Obama passou hora e meia ao telefone com Medvedev – fato que se repetiu em ligação de Obama ao Emir do Catar, também pouco antes de Lula chegar a Doha. Seguiu-se, já na terça-feira, a apresentação do rascunho de resolução apertando as sanções contra o Irã e na reação nada amistosa da Sra. Clinton em depoimento no Senado daquele país.

O movimento turco-brasileiro visou, antes de tudo, seu próprio interesse nacional.

No caso dos turcos, essencialmente a busca de estabilidade em seu entorno geopolítico no Oriente Médio.

No caso do Brasil, a clara percepção de que o clube nuclear buscará impedir, custe o que custar, não apenas a posse de artefatos nucleares, mas também o domínio da tecnologia para produção de tecnologia nuclear com fins pacíficos, visando dominar uma fonte de energia do futuro, como já escrevemos aqui. Afinal, não é exagero dizer que, depois dos cinco países nucleares, o programa nuclear brasileiro é um dos mais, se não o mais desenvolvido. As pressões norte-americanas na década de ’70 e mais recentemente, as intrusivas tentativas de inspeções dirigidas a violar segredo industrial das instalações de Rezende (RJ) mostram a ameaça que segue pairando no ar.

Ignorando solenemente o artigo 4º do TNP – que permite desenvolvimento, por qualquer país, de tecnologia nuclear para fins pacíficos –, a reação ao Acordo de Teerã enfatizou declaração de autoridade iraniana que o país continuaria a buscar dominar o enriquecimento à 20%. Uma aberração, prontamente “comprada” pelo aparato propagandistico dos oligopólios de mídia internacional, que ignora um pressuposto que permitiu a assinatura do TNP em 1968. Alguns no estilo bushiano: matéria da Newsweek acusa diretamente o Brasil de praticar "Rogue Diplomacy" (Diplomacia Bandida).

A questão de fundo, quanto ao tema nuclear, é a seguinte: podem os cinco países nuclearmente armados, por critérios estratégicos e de disputa de mercado, definir quem pode e quem não pode dominar tecnologia nuclear para uso pacífico? Isso mina as bases do TNP, desequilibrando-o ainda mais e tornando-o lesivo ao interesse nacional e dos países em desenvolvimento.

Do ponto de vista geopolítico, renova-se e intensifica-se a tensão entre as grandes potências do CS, EUA à frente, agindo no sentido de congelar e renovar a ordem internacional caduca advinda da segunda guerra em contraste com a emergência do mundo multipolar e a conseqüente exigência de reforma do sistema de governança global.

Ensinamentos ao Brasil
Cabe valorizar a postura brasileira nesta redefinição de ordem que vive o mundo. A costura do Acordo de Teerã coroa diversas iniciativas de política externa, que sob o governo Lula, busca melhor refletir, como já dissemos neste espaço, a geografia e a demografia brasileira.

A questão iraniana, a palestina, a relação com a África, dentre outras, mostram o enorme soft power brasileiro. Nação miscigenada, acolhedora e com enormes potencialidades, leva adiante posições decididamente a favor da desconcentração do poder mundial. Por isso, a postura brasileira gera simpatia e admiração no mundo. Mas, ao mesmo tempo, o episódio de Teerã também mostra que, na medida em que aumenta a presença, os interesses e a influência de nosso país no mundo, também aumentam reações ao protagonismo brasileiro.

A vocação brasileira é a paz, para assim, gerar condições exógenas mais favoráveis a consecução do desenvolvimento, grande e primeira aspiração de nosso povo. Mas não nos iludamos: com o crescente protagonismo brasileiro, crescem e se renovam as ameaças. Isso exige, como nunca, fortalecer nossa capacidade de defender nossas independência política e, no limite, nossa própria soberania.

A ordem internacional de transição que vivemos possui, por definição, contornos incertos. O episodio de Teerã e outros tantos recentes, mostram que as potências centrais, mesmo que decadentes no plano histórico, não cederão poder facilmente. Aliás, note-se que mudanças na ordem internacional, em geral, só ocorrem quando se movem placas tectônicas no cenário geopolítico mundial. Amante da paz e do desenvolvimento, o Brasil precisa atualizar seu pensamento geopolítico e geoestratégico em função do novo cenário que se apresenta, mais instável, mais ameaçador à nossa soberania e integridade nacional.

A velha ordem não assistirá “de camarote” a ascensão da jovem e arejada potência, que ao buscar deslocar a confrontação para a cooperação, questiona de forma aguda políticas imperialistas convencionais, convertendo-se assim, num pólo de resistência, de essência anti-imperialista e anti-hegemônica, tendo em vista inclusive seu próprio interesse nacional.

De La Paz, Bolivia

* Membro da Comissão de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)


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I -- URANIO DE GRADO DE ARMAS DE EE.UU. SE DESVIÓ A ISRAEL

20 mayo 2010/TeleSUR http://www.telesurtv.net/noticias

Por: Grant Smith

“¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión” investiga el período entre 1957 y 1967 cuando la Corporación de Materiales y Equipamiento Nucleares (NUMEC) recibió más de 22 toneladas de uranio-235 -el material esencial utilizado para fabricar armas nucleares. El informe revela por qué la Conferencia de Revisión del Tratado de No Proliferación (TPN) de Armas Nucleares de 2010 en la ONU -como la GAO- no es realmente capaz de cuestionar a los verdaderos impulsores de la proliferación nuclear en Oriente Próximo.

La Conferencia de Revisión del Tratado de No Proliferación (TPN) de Armas Nucleares de 2010 tuvo lugar en la sede de la ONU en Nueva York. Un documento de trabajo requiere un Oriente Próximo libre de armas nucleares. Prescribe que los Estados miembros del TPN ''revelen en sus informes nacionales referentes a la aplicación de la resolución sobre Oriente Próximo toda la información de que dispongan sobre la naturaleza y alcance de las instalaciones y actividades nucleares israelíes, incluyendo información que tenga que ver con transferencias nucleares previas a Israel''. El 6 de mayo de 2010, la Oficina Gubernamental de Contraloría de EE.UU. (GAO, por sus siglas en inglés) publicó el informe de 1978, antes secreto, ''¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión'' [.pdf.] Llena importantes lagunas históricas sobre el desvío de uranio de grado de armas desde EE.UU. a Israel.

Los presidentes de EE.UU. han autorizado desde hace tiempo la ''ambigüedad estratégica'' -una política de no confirmar ni desmentir que Israel incluso posea armas nucleares- Este pretexto ha permitido que EE.UU. entregue la parte más grande de su presupuesto de ayuda al extranjero a Israel, a pesar de claras prohibiciones legales impuestas por las enmiendas.

Glenn y Symington a la Ley de Ayuda al Extranjero. Países miembros de la ONU han sospechado desde hace tiempo que EE.UU. hace caso omiso o apoya activamente la transferencia a Israel de know-how, uranio de grado de armas, y tecnología de doble uso. La investigación y correspondencia de 62 páginas de la GAO confirma que EE.UU. se niega a sentar las bases de investigaciones verosímiles que permitirían asegurar el procesamiento de sus autores.

''¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión'' investiga el período entre 1957 y 1967 cuando la Corporación de Materiales y Equipamiento Nucleares (NUMEC) recibió más de 22 toneladas de uranio-235 –el material esencial utilizado para fabricar armas nucleares. El fundador y presidente de NUMEC Zalman M. Shapiro era jefe de una sección local de la Organización Sionista de EE.UU. (ZOA) y agente de ventas para el Ministerio de Defensa de Israel en EE.UU. A principios de los años sesenta, la Comisión de Energía Atómica (AEC) comenzó a documentar deslices sospechosos en la seguridad en la planta de NUMEC en Apollo, Pensilvania. En 1965 una auditoría de la AEC ya no pudo explicar más de 90 kilos de uranio altamente enriquecido. Cálculos posteriores aumentaron a unos 272 kilos.

El Congreso encargó a la GAO que investigara cuatro afirmaciones sobre lo que había pasado con el uranio. La primera era que ''el material fue desviado ilegalmente a Israel por la administración de la NUMEC para su uso en armas nucleares.'' Fue el resultado de tempranas investigaciones de la AEC y del FBI sobre las actividades de Zalman Shapiro. La segunda teoría: ''el material fue desviado a Israel por la administración de NUMEC con la ayuda de la Agencia Central de Inteligencia (CIA)'' provino del silencio de la CIA y por su falta manifiesta de interés por todo el asunto. Las teorías finales exploradas por la GAO fueron más generales: que ''el material fue desviado a Israel con la aprobación del gobierno de EE.UU.'' o ''que ha habido un encubrimiento del incidente de NUMEC por parte del gobierno de EE.UU.''.

La GAO solicitó toda la información disponible desarrollada por la CIA, el FBI, el Departamento de Energía y la AEC, pero se le ''denegaron continuamente los informes y documentación necesaria... por parte de la CIA y el FBI''. La GAO intentó colmar las brechas o las negativas directas a cooperar mediante entrevistas directas de agentes especiales del FBI. La GAO también trató de publicar el informe, a fin de responder a la creciente preocupación pública. Al representante John Dingell (Demócrata de Michigan), presidente del Subcomité de la Cámara sobre Energía y Electricidad, quien solicitó la investigación, se le dijo seis meses antes de su publicación que sólo las áreas más sensibles del informe serían clasificadas. La CIA y el FBI insistieron en que todo el informe fuera clasificado al nivel ''secreto'' pasando por alto las objeciones de Dingell, quien dijo: ''Creo que es hora de que se informe al público sobre los hechos que rodean el... affaire y el posible desvío de uranio de grado de armas a Israel''.

El informe de la GAO arremete contra la realización intermitente de las investigaciones de NUMEC por el FBI: ''El FBI, que tenía la responsabilidad y autoridad para investigar el presunto incidente, no se concentró en el problema de un posible desvío nuclear hasta mayo de 1976, casi 11 años después. Inicialmente, el FBI rehusó a la solicitud del DOE [Departamento de Energía] de realizar una investigación de la posibilidad de un desvío aunque, bajo la Ley de Energía Atómica, se requería que realizara tales investigaciones''.

La investigación inicial del FBI durante los años sesenta se concentró rápidamente en la administración de NUMEC, pero las recomendaciones para la acción del FBI fueron bloqueadas. Según la GAO: ''El FBI se preocupó tanto por los riesgos de seguridad planteados por el presidente de NUMEC, que consultó al DOE si tenía la intención de terminar su aprobación de seguridad o detener el flujo de materiales a NUMEC. Conforme a la relación del FBI con la GAO, el FBI recomendó que se eliminara la licencia de operación de NUMEC''. Cuando la solicitud del FBI se ignoró, abandonó toda la investigación entre 1969 y 1976.

Fue necesaria una orden directa del presidente Gerald Ford en 1976 para que el FBI y el Departamento de Justicia ''encararan el aspecto del desvío''. La nueva investigación condujo rápidamente a cambios de rumbo de las posiciones oficiales del gobierno de EE.UU. respecto a NUMEC. Según el informe de la GAO, ''hasta el verano de 1977, el único punto de vista gubernamental publicado sobre el incidente de NUMEC fue que no había evidencia que indicara que había ocurrido un desvío de material nuclear''. En febrero de 1978, la Comisión Reguladora Nuclear (NRC) anunció que había ''reconsiderado'' su posición anterior de que no había ''ninguna prueba'' que confirmara el desvío.

Pero la brecha de 11 años ''obviamente obstaculizó'' la iniciativa. La GAO reveló que las salvaguardas de materiales nucleares del DOE, que antes de 1967 rastreaba el valor monetario más que la masa precisa de uranio, tenían serios defectos. NUMEC afirmó que antecedentes clave que cubrían un período de pérdidas de uranio pesado fueron destruidos durante una ''disputa laboral'' en 1964. NUMEC pagó en 1966 una multa de 1,1 millones de dólares por la falta de 93 kilos de uranio, lo que cerró el caso del DOE. NUMEC también contrató a uno de los principales investigadores in situ del DOE para reforzar la apariencia de un serio control y responsabilización por los materiales. La GAO descubrió que incluso en 1978 el FBI no había tomado contacto con individuos clave en el asunto. Un agente responsable del FBI dijo a la GAO que éste no investigó la fuente de fondos para pagar la multa del DOE a NUMEC ya que anticipó ''dificultades legales''. Por lo tanto la GAO investigó el tema, haciendo sus propios llamados telefónicos al Banco Mellon.

El informe de la GAO critica enérgicamente a la CIA: ''De entrevistas con un ex funcionario de la CIA y con antiguos y actuales funcionarios y personal del DOE y del FBI concluimos que la CIA no cooperó plenamente con el DOE o el FBI en el intento de resolver el asunto de NUMEC''. El informe no es concluyente sobre lo que sucedió exactamente en NUMEC, pero no sobre las agencias involucradas en la investigación hasta 1978. ''Creemos que un esfuerzo oportuno y concertado por parte de esas tres agencias habría ayudado considerablemente y posiblemente resuelto las preguntas sobre el desvío de NUMEC, si hubieran deseado hacerlo.''

El paso del tiempo ha eliminado cualquier duda restante de que NUMEC desvió uranio a Israel. Se reveló posteriormente que Rafael Eitan, quien visitó a NUMEC en 1968, era el máximo espía israelí que apuntaba a objetivos nucleares de defensa nacional y económicos de EE.UU., cuando su agente (el analista de la Armada de EE.UU. Jonathan Pollard) fue arrestado por espionaje para Israel en 1985. Según Anthony Cordesman, ''no existe un motivo concebible para que Eitan haya ido [a la planta Apollo] sino a por el material nuclear''. El jefe de estación de la CIA en Tel Aviv, John Hadden, calificó a NUMEC de ''una operación israelí desde el comienzo'', una conclusión apoyada por su financiamiento de puesta en marcha y sus vínculos iniciales con los servicios de inteligencia israelíes. También es evidente ahora la razón por la cual los gobiernos de Lyndon Johnson y Richard Nixon no investigaron convincentemente a NUMEC como un problema de desvío.

Las presiones diplomáticas directas de John F. Kennedy por inspecciones estadounidenses del reactor Dimona de Israel aumentaron durante 1962-1963. Durante una reunión del 27 de diciembre de 1963, con la ministra de Exteriores de Israel Golda Meir, Kennedy expresó la esperanza de que la relación fuera un ''camino bidireccional''. Meir tranquilizó al presidente Kennedy en el sentido de que ''no habría ninguna dificultad entre nosotros con respecto al reactor nuclear israelí''. Kennedy dio un ultimátum final a Israel el 5 de julio de 1963, insistiendo en que Dimona se sometiera a inspecciones seriales ''de acuerdo con estándares internacionales'' a fin de verificar su ''propósito pacífico''. Simultáneamente, el Departamento de Justicia de Kennedy libraba una intensa batalla tras puertas cerradas para registrar y regular el lobby elitista de Israel en EE.UU., el Consejo Sionista Estadounidense, que traía fondos del exterior para cabildear. El asesinato de Kennedy en noviembre traumatizó a la nación y llevó a la revocación total y permanente de ambas iniciativas.

Según Avner Cohen, en 1958 el primer ministro israelí David ben Gurion había organizado con Abraham Feinberg, un ''importante recolector de fondos demócrata'', que se financiara en secreto un programa de armas nucleares entre ''benefactores'' en EE.UU. Abraham Feinberg, quien respaldó la exitosa campaña electoral de giras relámpago de Harry S. Truman, fue sucinto al describir su papel personal en el sistema político de EE.UU.: ''Mi camino al poder fue la cooperación en términos de lo que ellos necesitaban -dinero para la campaña-''. Feinberg abrió puertas en el Congreso para futuros dirigentes del lobby de Israel, incluido el fundador de AIPAC Isaiah L. Kenen. Según Seymour Hersh: ''No cabe duda de que Feinberg gozaba del mayor acceso e influencia presidencial con Lyndon Johnson en sus 20 años como recolector de fondos y lobista judío. Documentos en la Biblioteca Johnson muestran que incluso los miembros más importantes del Consejo Nacional de Seguridad comprendían que había que satisfacer cualquier tema presentado por Feinberg''. Su poder y su papel en el financiamiento de las perspectivas electorales de Lyndon B. Johnson invalidaron temporalmente un escrutinio del programa de armas nucleares de Israel -en EE.UU. y en el extranjero- en un momento crítico.

El 14 de octubre de 1964, menos de tres semanas antes de las elecciones presidenciales de 1964, el máximo asistente administrativo de Johnson, Walter Jenkins, fue arrestado en un retrete público acusado de un encuentro sexual ilícito. Por lo menos 250.000 dólares que Abraham Feinberg recolectó para Johnson se encontraban en la caja de seguridad en la oficina de Jenkins. Johnson llamó por teléfono a sus asistentes de confianza, Bill Moyers y Myer Feldman, con órdenes de sacar el dinero, lo que hicieron con ayuda de un pesado maletín. Posteriormente Israel volvió a rellenar las arcas de Feinberg (como lo había hecho con Zalman Shapiro mediante comisiones por ventas) con favores multimillonarios, como la propiedad de la franquicia nacional de Coca-Cola.

En 1968, mientras Israel incrementaba perceptiblemente las actividades en la instalación de armas nucleares de Dimona, el secretario de defensa Clark Clifford hizo un último llamado urgente a Johnson: ''Señor presidente, no quiero vivir en un mundo en el que los israelíes tengan armas nucleares''. El presidente Johnson fue abrupto antes de colgar a Clifford: ''No me moleste más con eso''. Para cuando la primera ministra israelí Golda Meir presionó al presidente Nixon para que redefiniera la política de no proliferación de EE.UU. como ''ambigüedad'' hacia las armas nucleares israelíes, el arsenal y la cantidad de armas desplegadas por Israel aumentaban continuamente.

El informe revela por qué la Conferencia de Revisión del Tratado de No Proliferación (TPN) de Armas Nucleares de 2010 en la ONU -como la GAO- no es realmente capaz de cuestionar a los verdaderos impulsores de la proliferación nuclear en Oriente Próximo. ''¿Desvío nuclear en EE.UU.? 13 años de contradicción y confusión'' es un informe tan singular y noble en su propósito que probablemente nunca habrá otro parecido. Aunque deja sin explorar la continua presencia, influencia y efecto de los lobistas de Israel que trabajan en el centro de los gobiernos de EE.UU., la GAO suministra a los estadounidenses preocupados una instantánea de un momento antes de que su Congreso, políticos ambiciosos, y administración de medio nivel de agencias gubernamentales, todos ''recibieran el memorando''.

En 2010 ese memorando no escrito dice algo como: Los crímenes cometidos en nombre de Israel -por audaces que sean- nunca serán adecuadamente investigados, para no hablar de enjuiciados… así que no pierdan su tiempo.

Grant F. Smith es autor del nuevo libro Spy Trade: How Israel's Lobby Undermines America's Economy. Es colaborador frecuente de Radio France Internationale y del Foro Interamericano de Voice of America. Smith también ha aparecido en BBC News, CNN, y C-SPAN. Actualmente es director del Institute for Research: Middle Eastern Policy en Washington, D.C.

Este artículo fue publicado por primera vez en: www.antiwar.com
Traducido del inglés para Rebelión por Germán Leyens
Fuente: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=106064
Fuente original: http://www.informationclearinghouse.info/article25457.htm


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II -- Sarkozy pretende sembrar centrales nucleares en África y el mundo Árabe

Agencia Bolivariana de Noticias (ABN) http://www.abn.info.ve

Madrid, 21 mayo 2010 (ABN) - El presidente de Francia, Nicolás Sarkozy pretende sembrar en África y el Magreb centrales nucleares, además firmará contratos en Argelia, Chad, Libia, Camerún, República Centroafricana y Garbón, para así garantizar las necesidades internas de Francia, reseñó un artículo del periódico El Imparcial.

Bajo el título “Sarkozy está dispuesto a sembrar África y el Magreb de centrales nucleares”, el periodista español Pedro Canales señala que la prensa especializada gala reveló la existencia de un acuerdo franco-argelino, que tiene como objetivo emprender una nueva ruta del transporte de mineral uranífero proveniente de Níger y con dirección a Europa.

El artículo menciona que el consorcio francés Areva, especialista en la extracción y trasporte de uranio, alcanzó un acuerdo con el régimen de Abdelaziz Bouteflika para abrir una nueva ruta.

El nuevo proyecto consiste en abrir una ruta terrestre por el sur de Argelia y acceder directamente al Mediterráneo, pues anteriormente este proceso se realizaba vía marítima.

“Níger es el tercer productor mundial de uranio, tras Canadá y Australia, y aún posee reservas suficientes para alimentar la energía nuclear europea por varios decenios”, añade Canales.

La nueva ruta que tendrá el uranio se iniciará en las llanuras del norte de Níger y concluirá en el puerto de Argel o algún otro de la costa argelina, desde donde el mineral embarcará hacia Francia.

“Para completarla hay que terminar la carretera”, sería un total de “400 kilómetros, la mitad en territorio argelino desde Tam a Ain Guezzam, la otra mitad en Niger hasta Arlit”, agregó el periodista.

Sin embargo, Canales destaca que el proyecto propuesto por Areva va más allá, pues prevé construir un acuerdo de prospección y trasporte de la región chadiana de Tibesti. No obstante, añade que existen varias empresas de China, Australia, Corea y de Canadá que consiguieron concesiones tanto de explotación como de exploración de uranio en Níger.

El artículo resalta que Níger sigue siendo para Francia una “piedra angular de su estrategia”, pues a pesar de que a mediados de febrero París condenó el golpe de estado militar en Níger que destituyó al presidente, Mamadu Tandja, las promesas del Consejo Supremo de Restauración de la Democracia que tomó el poder en Niamev, de realizar elecciones libres, obligó a París a “intensificar discretamente relaciones con los militares nigerinos”.

Además de garantizar las necesidades de Francia, el mandatario francés pretende firmar acuerdos en Argelia, Tchad, Libia, Camerún, Centroafrica, Gabón y otras tantas excolonias donde abunda el mineral codiciado, afirma Canales.

La nota finaliza señalando que en la Conferencia internacional de París se mencionó la construcción de 480 centrales nucleares en todo el mundo, en los próximos años, y añade al mismo tiempo que Sarkozy “no dudará en utilizar todo lo que esté en su mano, incluido la cooperación antiterrorista como actualmente en relación con Eta, para 'convencer' al gobierno de Zapatero de atarse al tren nuclear francés”.

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