quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Governo de Cabo Verde quer criar "ilha cibernética" com ajuda da Índia

Praia, Cabo Verde, 26 novembro 2009 - O governo de Cabo Verde quer tornar o arquipélago numa "ilha cibernética" e, para tal, vai contar com o apoio da Índia, sobretudo na criação de um parque tecnológico, disse terça-feira na Praia o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros.

José Brito fazia um balanço da sua recente deslocação a Nova Deli, onde ficou definido o apoio das autoridades indianas a criação de um parque tecnológico, a instalar na Cidade da Praia, projecto orçado em 25 milhões de dólares.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, para já, a Índia disponibilizou cinco milhões de dólares, mas estará disposta a adiantar mais fundos após estudar o projecto, o que acontecerá em Janeiro próximo, quando chegar à Praia uma missão técnica.

“No quadro das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), saímos esperançados (de Nova Deli) em relação ao apoio da Índia para a construção de um parque tecnológico de referência, projecto que pode ir até aos 25 milhões de dólares e que inclui a produção de software e se pretende que seja também uma incubadora de empresas”, disse José Brito.

Segundo o chefe da diplomacia cabo-verdiana, Cabo Verde pretende que a Índia se torne um “parceiro estratégico” e, para tal, há também já a garantia de um apoio de 300 mil dólares para alargar a esfera de actuação do Núcleo Operacional dos Sistemas de Informação (NOSI), que está a informatizar toda a administração pública no arquipélago.

Nesse sentido, em Janeiro, acrescentou, virá também uma delegação técnica da NITT (National Indian Telecomunication), “uma das maiores empresas de formação profissional do mundo”, para analisar o mercado cabo-verdiano.

A deslocação à Índia permitiu também aprovar um acordo para a criação de dois centros de excelência - um na Cidade da Praia (ilha de Santiago) e outro no Mindelo (São Vicente) -, virados para as vertentes da formação nas TIC e na Língua Inglesa, que permitirão formar 600 profissionais por ano. (macauhub)

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