sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Angola/Bispo do Namibe considera que sonho de Agostinho Neto está a ser realizado

17 setembro 2009 -- O bispo da Igreja Católica no Namibe, Mateus Feliciano Tomás, disse hoje que o sonho de Agostinho Neto de ver uma Angola em paz, liberdade, unida e em desenvolvimento está a ser cumprido.

Em declarações à Angop, à propósito do Dia do Herói Nacional, que hoje se assinala, o religioso disse que deve-se sempre seguir os ensinamentos dos antepassados, tirando uma lição para o futuro.“Devemos valorizar os nossos heróis, por isso, o 17 de Setembro é uma data digna de ser comemorada”, sublinhou.

Apontou a reconstrução nacional e a melhoria das condições sociais das populações como o cumprimento de um objectivo de Neto, quando a 11 de Novembro de 1975 proclamou a Independência Nacional.

“Estamos no caminho certo, no que diz respeito a democratização do país, liberdade em todos os sentidos, temos que trabalhar cada
vez mais, sempre fieis aos ensinamentos dos nossos antepassados”, realçou.

Considerou ser uma honra para os namibenses acolher o acto central do 17 de Setembro, devendo aproveitar a ocasião para mostrar o crescimento da província.

Segundo disse, a cidade está em crescimento em todos os sentidos, destacando o surgimento de novas residências, escolas e hospitais, tendo considerado as inaugurações de infra-estruturas, no quadro do 17 de Setembro, um sinal da vitalidade da província.

Nascido em 17 de Setembro de 1922, no Icolo e Bengo, a 60 quilómetros a norte de Luanda, Neto morreu em Moscovo, capital da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), a 10 de Setembro de 1979, por doença.

Tido como um homem de cultura e de poesia, o “Herói Nacional” fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países, naquela que ficou designada como a guerra colonial portuguesa.

Foi preso pela PIDE-DGS, antiga polícia política portuguesa, e deportado para o Tarrafal, Cabo Verde, sendo-lhe fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Aí assumiu a direcção do MPLA, do qual já era presidente honorário desde 1962. (Notícias Lusófonas)

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