sábado, 31 de maio de 2008

América Latina - EM DEFESA DO AQÜÍFERO GUARANI *

[ADITAL] Agência de Informação Frei Tito para a América Latina
www.adital.com.br


COMUNICADO DE IMPRENSA

Quinta-feira, 29 de Maio de 2008
XXIII Encontro de Dioceses de Fronteira

Bispos, Religiosos e leigos da Argentina, do Brasil, Paraguai e Uruguai reuniram-se em Concórdia em prol da preservação do Aqüífero Guarani

O 23o Encontro de Dioceses de Fronteira da Igreja Católica realizou-se de 26 a 28 de maio, em Concórdia, Entre Ríos (Argentina) com a participação de delegados da Argentina, do Brasil, Paraguai e Uruguai.

O tema do encontro foi: "Os vizinhos se encontram para bendizer a Deus pelo dom do Aqüífero Guarani e para escutar, compartilhar e refletir sobre sua importância e preservação para a vida de nossos povos".

Participaram 80 delegados de 17 dioceses: Salto, Tacuarembó, Melo e Mercedes de Uruguai; Concordia, Gualeguaychú, Goya, Paraná, e Rosario, da Argentina; Uruguaiana, Bagé, Frederico Wesphalen, Chapecó e Santo Ângelo, do Brasil e Encarnación, do Paraguai. Entre os participantes houve dez bispos. Do Uruguai estavam o Bispo de Salto, Mons. Pablo Galimberti, o Bispo Auxiliar de Salto, Mons. Heriberto Bodeant, o Bispo emérito de Salto, Mons. Daniel Gil, e o Bispo de Tacuarembó, Mons. Julio Bonino. As delegações se constituíram por numerosos sacerdotes, religiosas e leigos.

A partir de exposições de especialistas e de testemunhos de pessoas vinculadas com a problemática do Sistema Aqüífero Guarani e mais geral sobre a água na região, os participantes foram descobrindo uma perspectiva comum sobre estes temas e encontrando desafios que os chamaram a assumir alguns compromissos, formulados da seguinte maneira:

"- Assumir, em nossos planes pastorais, compromissos diretos ligados à questão ecológica e ao meio ambiente.

- Fortalecer a mística que nos anima através da Palavra de Deus para sentir-nos animados na missão.

- A partir das conclusões da V Conferencia Geral do Episcopado Latino-Americano, realizada em Aparecida, "descobrir o dom da Criação, sabendo contemplá-la e cuida-la como casa de todos os seres vivos e matriz da vida do planeta, a fim de exercitar responsavelmente o senhorio humano sobre a terra e sobre os recursos, para que possa render todos seus frutos em sua destinação universal, educando para um estilo de vida de sobriedade e de austeridade solidárias" (474).

- Desde a Mesopotâmia: tomar consciência do que significa viver ´entre rios´, próximo da água, de tanta água útil.

- Colocar os pobres, os ‘descartados’ de hoje, que estão sofrendo as conseqüências mortais da privação, da contaminação e da mercantilização da água no centro das preocupações.

- Relacionar-se com outros movimentos que têm a ver com o ambiente na região.

- Criar consciência de que estas preocupações devem concretizar-se em uma legislação e / ou em tratados ou acordos bilaterais interprovinciais, inter-regionais e internacionais, que amparem o cuidado com a vida.

- Em Entre Ríos, gerar consciência em torno à reforma constitucional para que a temática ambiental seja convenientemente incluída."

Os participantes combinaram a realização do próximo encontro em 2009, de 18 a 20 de maio, em lugar a confirmar.


* CONFERENCIA EPISCOPAL DO URUGUAI


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América Latina - EN DEFENSA DEL ACUÍFERO GUARANÍ*

[ADITAL] Agencia de Información Fray Tito para América Latina
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COMUNICADO DE PRENSA

Jueves 29 de Mayo de 2008
XXIII Encuentro de Diócesis de Frontera

Obispos, Religiosos y laicos de Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay se reunieron en Concordia en pro de la preservación del Acuífero Guaraní

El 23er. Encuentro de Diócesis de Frontera de la Iglesia Católica tuvo lugar del 26 al 28 de mayo en Concordia, Entre Ríos, (Argentina) con la participación de delegados de Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay.

El tema del encuentro fue: "Los vecinos se encuentran para bendecir a Dios, por el don del Acuífero Guaraní, y para escuchar, compartir y reflexionar sobre su importancia y preservación para la vida de nuestros pueblos."

Participaron 80 delegados de 17 diócesis: Salto, Tacuarembó, Melo y Mercedes de Uruguay; Concordia, Gualeguaychú, Goya, Paraná, y Rosario de Argentina; Uruguaiana, Bagé, Frederico Wesphalen, Chapecó y Santo Ângelo de Brasil y Encarnación de Paraguay. Entre los participantes hubo diez obispos. De Uruguay asistieron el Obispo de Salto, Mons. Pablo Galimberti, el Obispo Auxiliar de Salto, Mons. Heriberto Bodeant, el Obispo emérito de Salto, Mons. Daniel Gil, y el Obispo de Tacuarembó, Mons. Julio Bonino. Las delegaciones se completaron con numerosos sacerdotes, religiosas y laicos.

A partir de exposiciones de especialistas y testimonios de personas vinculadas con la problemática del Sistema Acuífero Guaraní y más en general del agua en la región, los participantes fueron descubriendo una perspectiva común sobre estos temas y encontrando desafíos que los llaman a asumir algunos compromisos, que formularon de la siguiente manera:

"- Asumir en nuestros planes pastorales compromisos directos ligados a la cuestión ecológica y el medio ambiente.

- Fortalecer la mística que nos anima a través de la Palabra de Dios para sentirnos animados en la misión.

- A partir de las conclusiones de la V Conferencia General del Episcopado Latinoamericano realizada en Aparecida "descubrir el don de la Creación, sabiéndola contemplar y cuidar como casa de todos los seres vivos y matriz de la vida del planeta, a fin de ejercitar responsablemente el señorío humano sobre la tierra y los recursos, para que pueda rendir todos sus frutos en su destinación universal, educando para un estilo de vida, de sobriedad y austeridad solidarias" (474).

- Desde la Mesopotamia: tomar conciencia de lo que significa vivir ´entre ríos´, cerca del agua, de tanta agua útil.

- Poner en el centro de las preocupaciones a los pobres, los ´descartados´ de hoy, quienes ya están sufriendo las consecuencias mortales de la privación, la contaminación y la mercantilización del agua.

- Relacionarse con otros movimientos que tienen que ver con el ambiente en la región.

- Crear conciencia de que estas preocupaciones deben concretarse en una legislación y /o tratados o acuerdos bilaterales interprovinciales, interregionales e internacionales, que amparen el cuidado de la vida.

- En Entre Ríos, generar conciencia en torno a la reforma constitucional, para que la temática ambiental sea convenientemente incluida."

Los participantes acordaron la realización del próximo encuentro en 2009, del 18 al 20 de mayo, en lugar a confirmar.


* CONFERENCIA EPISCOPAL DEL URUGUAY


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Brasil - CARTA MANIFESTO DOS PADRES NA POLÍTICA PARTIDÁRIA*

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Adital - VI Encontro Mineiro dos Padres na Política - 13 e 14/05/2008

"Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados."

Nos dias 13 e 14 de maio de 2008, na Igreja do Carmo, em Belo Horizonte, aconteceu o VI ENCONTRO MINEIRO DOS PADRES NA POLÍTICA PARTIDÁRIA, com a participação de 20 padres e alguns leigos/as.

Nas últimas eleições, mais de cem padres participaram das disputas. Em Minas Gerais, nove deles foram eleitos prefeitos. E alguns foram eleitos vereadores e deputado. Outros se candidataram à (re)eleição e perderam. Uns fizeram campanha mesmo sem se candidatar a nenhum cargo eletivo.

Os bispos do Brasil, obedecendo ao Vaticano, estão tendo dificuldade em compreender a participação de padres na política partidária. Alguns deles já disseram que o padre que se candidatar será suspenso do ministério sacerdotal durante a campanha e, se eleito, durante o exercício do mandato. Isso revela um fechamento da Igreja Instituição. Suspender o ministério sacerdotal de padres que disputam eleições, mas tolerar políticos profissionais que usam as comunidades eclesiais para seduzir o povo é contraditório.

Sob a inspiração do Vaticano II, das Comunidades Eclesiais de Base, da Opção pelos Pobres e da Teologia da Libertação, muitos padres abraçaram a evangelização com inserção no mundo da Política. A história mostra a participação de inúmeros padres na vida política do Brasil: Pe. Cícero, Pe. Ibiapina, Frei Caneca, Pe. Lage (em Belo Horizonte), Hugo Paiva (no RJ) etc. Muitos sacerdotes foram perseguidos por denunciar tantas injustiças contra as pessoas e muitos foram martirizados. Só para citar alguns: Pe. Ezequiel Ramin, Pe. Gabriel, Pe. Josimo, Dom Oscar Romero Os anais da história política dos pequenos municípios mostram padres que participaram ativamente na política partidária com mandatos no executivo e legislativo e que contribuíram muito para a melhoria de vida do povo. Até um bispo salesiano, Dom Aquino Correia, chegou a ser governador do Estado do Mato Grosso.

Uma espiritualidade bíblica libertadora mostra-nos a íntima relação existente entre fé e política. Não dá para ficar de braços cruzados diante da injustiça estrutural que está triturando a vida de grande parte da população. O Papa Paulo VI recordou-nos que fazer política é a forma mais nobre de amar o próximo. O Documento de Aparecida também insiste muito na participação política dos cristãos, entre os quais estão os padres.

O povo, cansado de políticos clientelistas e assistencialistas, quando percebe que um padre está fazendo um bom trabalho à frente de uma igreja, animando as comunidades, estimulando a participação popular, consolando os aflitos, mas também denunciando injustiças, começa a pedir ao padre que assuma o governo da cidade. Assim, em um mutirão de cidadania, o povo desafia o poder econômico e, com consciência política, elege padres que já se revelaram bons pastores de comunidades cristãs. Após serem eleitos, alguns desses padres sofrem perseguições de líderes da própria Igreja Instituição, na pessoa do bispo, ou superiores e dos próprios colegas de sacerdócio que não conseguem entender que é possível trabalhar a dimensão político-partidária como instrumento de construção de vida e liberdade para todos e tudo.

Há padres que são advogados, diretores de escola, professores, operários, .... Por que um padre não pode assumir um cargo político? "Divide a comunidade", dizem muitos. Engano! Muitas vezes a unidade preconizada é só espiritual e aparente, não é uma unidade real e concreta, pois continuam comungando na mesa da eucaristia pessoas que são solidárias aos oprimidos, ao lado de pessoas que, no dia-a-dia, estão em estruturas de opressão. Se o padre ou o pastor se posiciona politicamente, corre o risco de perder alguns fiéis, mas a comunidade ganhará em qualidade. Explicita as divisões internas na comunidade e faz vir à tona as opções que negam a postura evangélica. O ministério sacerdotal não se restringe ao âmbito interno da Igreja, mas, em regime de exceção, pode incluir a administração pública, no exercício de cargos administrativos.

É questionável o princípio ético que diz: "Para não dividir a comunidade, padre não deve se candidatar, não deve indicar candidatos, não deve se posicionar politicamente".

Considerando que a Mídia está nas mãos de oligarquias econômicas e que mais manipula do que informa, o compromisso dos padres políticos contribui para ajudar o povo a discernir qual projeto apoiar e em quem votar. A grande parte dos melhores candidatos é, geralmente, os que têm menor poder aquisitivo para investir em campanha eleitoral. Como cidadãos temos responsabilidades, direitos e deveres. Política é osso duro de roer, se não roermos esse osso, seremos roídos pelos corruptos da política profissional.


Religião e Política não se separam. O nosso mestre Jesus de Nazaré foi condenado à pena de morte por um complô dos poderes político-econômico e religioso. Não participar da Política, omitir-se, é a pior forma de fazer Política. A sabedoria popular diz: "A pior política é a política dos braços cruzados". Política é uma das melhores formas de amar o próximo, pois encaminha a resolução dos problemas a partir da raiz.

Se os padres que são realmente comprometidos com os processos de transformação social demonstrarem sua identidade política, sugerindo nomes para as eleições, ou se candidatando, contribuem mais com o projeto de Deus, via qualidade de vida das pessoas. Grande parte dos eleitos na democracia capitalista compra o direito de ser representante do povo - não são seus legítimos representantes.

A unidade verdadeira é a construída com base em uma grande diversidade, é fruto da superação de conflitos e não do escamoteamento de tensões. Respeitar o outro como semelhante e parceiro é sinal de grandeza. O uniformismo empobrece. Se como regra não dá para defender que a maioria dos padres deva se candidatar, como exceção, acreditamos ser fundamental respeitar o direito de uma minoria de padres que se sentem vocacionados, assumindo ou não mandatos políticos, para participar ativamente da política partidária. .

Não é verdade também dizer que "padre que assume mandato político está desistindo do sacerdócio". Muitos padres, após assumirem mandatos políticos, continuam amando o ministério sacerdotal e dando um bonito testemunho de compromisso ético no meio da podridão da política partidária. Sentem que, com uma missão política, o desempenho do sacerdócio é qualificado. Muitas vezes a desistência ocorre por falta de apoio.

Reconhecemos o testemunho profético de Dom Fernando Lugo que abriu mão do ministério episcopal e aceitou ser eleito presidente do Paraguai. Com Dom Demétrio Valentini dizemos: "O significado desta eleição não se limita ao fato raro e singular de um bispo concorrer à presidência de república e ser eleito por expressiva maioria. Estamos diante de um dos verdadeiros "sinais dos tempos", que precisa ser bem interpretado, pois aponta para muitas direções. A eleição de Fernando Lugo significa a afirmação da identidade de um povo, desejoso de assumir sua história, e ansioso por ver respeitada sua dignidade e sua capacidade de participar, em pé de igualdade, na construção da solidariedade latino-americana. A eleição de um bispo católico como presidente da república traz consigo uma clara proposta patriótica, ética e política. No seu novo presidente, o povo paraguaio quer expressar sua capacidade de construir uma nação baseada em valores morais que servem de fundamento, tanto para a convivência interna como para a externa. Posso imaginar o que se passa agora na cabeça de Fernando Lugo, recordando os encontros que fazíamos como bispos do CELAM, sonhando com a integração fraterna dos povos latino-americanos. Ele carregava uma inquietação política, que o levou a renunciar à própria diocese, para colaborar na caminhada do seu povo como cidadão comum. De repente, o povo paraguaio lhe confiou a enorme tarefa de resgatar a dignidade do seu país, sacudindo equívocos internos e postulando justiça e respeito internacional. Lugo, vá em frente! Estamos torcendo por você. Seu nome expressa urgência. Lugo e "logo" carregam a mesma insistência. Pode contar com nosso apoio. Que Deus o ajude a cumprir esta nova missão que a Providência lhe confiou!"

Repudiamos, com indignação, a postura de quem pretende ser dono das pessoas e do poder e faz o que quer sem pelo menos escutar o outro. O problema não é padres participarem da Política. Problema é muitos padres abandonarem o mundo da Fé-Política.

O nosso MANIFESTO é em defesa de todos que assumiram de verdade o Evangelho de Jesus Cristo em sua vida, todos os que são capazes de se indignar contra qualquer tipo de injustiça. Provavelmente, o engajamento de padres na Política e na política partidária, questão controvertida para muitos setores eclesiásticos, expresse o que os evangelhos fizeram questão de registrar sobre o testemunho de Jesus ameaçado de morte (e de ressurreição): "Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas a divisão". (Mat 10,34; Lc 12,51). O Galileu enfrentou os conflitos, tomou partido do lado dos oprimidos e, por isso, foi condenado à pena de morte. Não se contentou com uma paz de cemitério, nem com uma unidade aparente.

*Assinam pelo Grupo Mineiro de Padres na Política:

Padre Henrique de Moura, de Belo Horizonte/MG, e-mail: hmourafaria@uai.com.br
Frei Gilvander Luís Moreira, de Belo Horizonte, e-mail:
gilvander@igrejadocarmo.com.br
Padre José Geraldo de Melo, de Itabira/MG, e-mail:
panosa@terra.com.br
Padre Dimas de Paulo Ferio, Mogi das Cruzes/SP, e-mail:
padredimas@terra.com.br
Padre Roberto Moreira, de St. Antônio da Vargem Alegre/MG, e-mail:
silvavkl@oi.com.br
Padre Alírio Bervian, Altamira/PA, tel.: (93) 3515-1761
Padre João Carlos Siqueira, dep. estadual/PT de MG, e-mail:
dep.padre.joao@almg.gov.br
Padre José Geraldo Magela Vidal, de Guaraciaba/MG, tel.: (31) 3893-5128
Dílson Alves Paiva, e-mail:
dilsonpaiva@gmail.com.br
Padre Adelar Pedro de David, (São João do Meriti - RJ), e-mail:
padreadelar@ig.com.br
Padre Ernesto de Freitas Barcelos, de Riacho dos Machados/MG, 038 3823 1203
Padre Geraldo João Lima, de Nova Iguaçu/RJ, e-mail:
geraldojoaolima@ig.com.br

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Parlamento venezuelano aprova acordos com Portugal

Caracas, 30 maio 2008 (Lusa) - A Assembléia Nacional (parlamento) venezuelana aprovou na quinta-feira duas “leis” de Acordos Complementares ao pacto de cooperação entre a Venezuela e Portugal, em matéria de turismo e cooperação econômica e energética.

Fonte do parlamento venezuelano explicou à Agência Lusa que um dos acordos estabelece que as “partes se comprometem a desenvolver o intercâmbio de bens, serviços, tecnologia e capacitação” em “áreas consideradas prioritárias por ambas”.

Esse compromisso “terá em conta as respectivas legislações (de ambos países) bem como objetivos de política social e econômica, e a sua contribuição para os planos nacionais de desenvolvimento”, indicou.

Ambos os países asseguram ainda o intercâmbio de técnicos, funcionários, produtores e estudantes, assim como “a prestação de serviços, transferência de tecnologias, equipamentos e produtos” com base “em princípios de reciprocidade, solidariedade e equilíbrio nos intercâmbios comerciais”.

Estes Acordos Complementares estabelecem a criação de “uma Comissão Mista de Acompanhamento composta por cinco representantes de Portugal e outros cinco da Venezuela, que devem ser designados no período de 15 dias posteriores à entrada em vigência” dos mesmos, explicou a fonte.

A “Comissão” terá como a responsabilidade definir quais as áreas prioritárias de cooperação, aprovar os projetos e programas, assim como as especificações, modalidades de execução, acompanhamento e os valores.

O Acordo Marco de Cooperação em Matéria Turística “assenta as bases jurídicas” para “permitir o desenvolvimento da cooperação turística” com base “em princípios de soberania, igualdade e reciprocidade de vantagens”.

O documento contempla “a execução de atividades, intercâmbio de informação, experiências, documentação, projetos e aspectos relacionados com a atividade turística”.

O texto prevê ainda o intercâmbio de professores e peritos para o desenvolvimento de redes escolares de hotelaria e turismo, privilegiando “o investimento de capitais de ambos países no setor turístico do outro país”.

Os “acordos complementares” estabelecem que no caso de eventuais controvérsias estas serão solucionadas pela via diplomática, mediante negociações diretas ou emendas ao conteúdo dos mesmos.

Os acordos terão uma vigência de cinco anos, renovável automaticamente por períodos sucessivos de um ano.

Os documentos entram em vigor 30 dias depois de recebidos, por escrito e por via diplomática, por ambas as partes.

Conferência da ONU elogia avanços obtidos em Angola

Genebra, 30 maio 2008 – A política desenvolvida pelo Governo angolano no domínio das ciências, tecnologia e inovação recebeu elogios por parte dos países presentes na Conferência da ONU, que hoje termina em Genebra (Suíça).

O documento apresentado quinta-feira pelo ministro-adjunto do primeiro-ministro, Aguinaldo Jaime, no quadro do exame pelas Nações Unidas, resume os avanços registados por Angola nos últimos anos, em diversos sectores da vida nacional, depois de várias décadas de guerra.

Nas suas intervenções, salientam-se os pronunciamentos dos representantes do Brasil, África do Sul, Nigéria, Portugal e China, que além de considerarem o relatório bastante esclarecedor, encorajam o Governo a prosseguir com os seus esforços.

Eles manifestaram-se esperançados que Angola venha a colocar em prática um projecto estratégico e ambicioso no capítulo das ciências, tecnologia e inovação, tendo destacado os esforços desenvolvidos pelo Governo, depois do alcance da paz, em 2002, com vista a melhoria do bem-estar das populações.

Salientaram os níveis atingidos em diversos sectores da sociedade, mormente económicos, assim como o processo de reconstrução nacional em curso e o crescimento nos ramos do petróleo, diamantes e capital humano.

Para os intervenientes, os avanços positivos obtidos por Angola devem servir de exemplo para os países africanos que estão a sair de conflitos armados, e solicitam apoios internacionais para a preservação da independência nacional.

Por outro lado, indicam que o crescimento económico extraordinário terá reflexos a médio prazo nas ciências, tecnologia e inovação, numa alusão aos avanços obtidos na telefonia móvel e na Internet.

Reconhecem que a guerra que assolou o país está na base do atraso no desenvolvimento de Angola, porém, vaticinam que os objectivos do milénio serão alcançados, ao mesmo tempo que destacaram a colaboração deste país com o PNUD e as Nações Unidas.

Angola foi escolhida pelas Nações Unidas para o exame da sua política no domínio das ciências, tecnologia e inovação, devido os importantes progressos que tem conseguido na reabilitação da sua economia. (AngolaPress)

Leia mais:
Suiça: Aguinaldo Jaime destaca avanços económicos de Angola

Angola/África do Sul desculpa-se a África por violências xenófobas

Luanda, Angola, 30 maio 2008 (PANA) - O embaixador da África do Sul em Angola, Themba Kubheka, condenou quinta-feira em Luanda a onda de violência xenófoba contra imigrantes africanos no seu país e pediu desculpas a África e ao mundo pela situação.

"Peço desculpas a África, ao mundo e, especialmente, ao povo angolano, pela triste situação dos estrangeiros no país e garanto que o nosso Governo está a fazer tudo para que este fenómeno não se repita", disse o diplomata em conferência de imprensa.

Kubheka, citado pela Agência Angolana de Notícias (ANGOP), esclareceu que nenhum cidadão angolano figura entre as 52 vítimas mortais reportadas oficialmente, adiantando que tem mantido contactos telefónicos com o embaixador de Angola na África do Sul, Miguel Gaspar Neto.

Manifestou-se consternado pelas vítimas mortais da violência que, segundo ele, foi fomentada e praticada por marginais, precisando que cerca de 1.300 pessoas foram detidas por estes actos.

Considerou que as agressões xenófobas decorrem de disputas por empregos e da falta de estabilidade económica nos países vizinhos, o que tem resultado num grande fluxo de imigrantes de outras partes da região para a África do Sul, dispostos a trabalhar e receber salários baixos.

"É doloroso o que está a acontecer, porque eu sou do ANC (partido no poder na África do Sul), cujos membros estiveram, durante muito tempo, exilados em países vizinhos durante a luta contra o regime do apartheid e a África do Sul só conseguiu conquistar a paz devido ao apoio logístico, político e militar dos mesmos”, asseverou.

Adiantou que a África do Sul deixa bem clara a sua posição inspirada pelos conceitos “Africano Ubuntu (zulu) solidariedade com os outros”, “somos povos por causa dos outros povos”, ou “sou o que sou, por causa do que nós somos” e "os nossos irmãos devem ser protegidos e não marginalizados".

Frisou que esta visão está a ser implementada por cidadãos e empresas sul-africanas, através de campanhas de solidariedade organizadas pela companhia aérea sul-africana (South African Airways) e por outras organizações, para angariar fundos com vista a apoiar as vítimas das violências e os seus familiares.

Quanto à relação entre Angola e a África do Sul, considerou excelentes, mas reconheceu a necessidade de se aumentar o intercâmbio cultural, comercial e turístico na região para que haja equilíbrio económico entre os países vizinhos.

Agradeceu aos órgãos de comunicação social pela cobertura aberta da situação no seu país, referindo que a mesma servirá de lição e ajudará outros países a evitarem que situações do género voltem a acontecer.

O diplomata sul-africano acrescentou que o Governo do seu país está a criar condições para combater a xenofobia, através de campanhas de sensibilização a serem disseminadas em todos os idiomas do país, junto das comunidades, de escolas, de igrejas e nos locais de trabalho.

As violências xenófobas iniciadas a 11 de Maio atingiram sobretudo cidadãos zimbabweanos e moçambicanos.

Lisboa inaugura sede dos Jogos da Lusofonia de 2009

Lisboa, 30 maio 2008 (Lusa) - "A União é mais forte que a vitória" é o lema da segunda edição dos Jogos da Lusofonia, que serão disputados em Lisboa em 2009, e cuja sede da Comissão Organizadora foi inaugurada nesta sexta-feira no Complexo Desportivo do Lumiar.

Entre 11 e 19 de julho de 2009 são esperados em Lisboa, Almada e Oeiras, 1.500 atletas e oficiais de 12 países e regiões de quatro continentes, que vão competir em nove modalidades.

Depois dos Jogos de Macau em 2006, que o presidente da Comissão Organizadora desta segunda edição dos Jogos da Lusofonia e do Comitê Olímpico de Portugal, Vicente Moura, considerou de "um grande sucesso", Lisboa irá receber a próxima edição com "expectativas altas".

"É um grande orgulho para o movimento olímpico. Trata-se do maior evento multi-desportivo a organizar em Portugal nos últimos tempos em torno da lusofonia", afirmou Vicente Moura, durante a cerimônia de inauguração da sede.

De acordo com o responsável pelo movimento olímpico português será uma oportunidade de "confraternizar e conviver com a comunidade de emigrantes em Portugal", em torno de nove modalidades, acrescidos de uma competição paraolímpica.

Para o vice-ministro luso do Esporte, Laurentino Dias, a segunda edição dos Jogos da Lusofonia "não são uma competição desportiva de alta competição", mas antes uma ocasião onde se pretende exaltar os valores da lusofonia.

"O primeiro sentido destes Jogos é exaltar o espírito da lusofonia e das relações históricas entre os países de língua portuguesa. O desporto tem por excelência esse papel, de enaltecer os valores comuns, o espírito da união, da cooperação entre todos", afirmou.

Em julho de 2009 são esperados atletas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Guiné Equatorial, Índia e Sri Lanka, que vão competir em atletismo, basquete, futebol, futsal, judô, taekwondo, tênis de mesa, vôlei e vôlei de praia.

Na cerimônia, onde estiveram presentes representantes diplomáticos de vários países de língua portuguesa e presidentes de diversas federações esportivas, Vicente Moura aproveitou a ocasião para divulgar que já existem duas candidaturas - Brasil e Estado de Goa - aos Jogos de 2013.

História/II GUERRA MUNDIAL: FRANCO PLANEOU INVADIR PORTUGAL

E chegou a fazer uma proposta a Hitler, revela historiador espanhol, que diz ter tido acesso a documentos secretos

Por: Luísa Melo

Fonte: IOL Diário

O historiador espanhol Manuel Ros Agudo afirma que Franco fez uma proposta a Hitler para entrar na II Guerra Mundial, em 1940, e que isso só não aconteceu porque as contrapropostas que pedia eram muito grandes. «O que mais me convenceu dessa intenção de Franco foi encontrar nuns arquivos secretos um plano detalhado de invasão de Portugal», explicou.

Segundo noticia o jornal «Faro de Vigo», o historiador baseia-se num documento que classifica como um «tesouro e uma bomba histórica», e que, segundo ele, evidencia a «verdadeira atitude de Franco, pois mostra com toda a clareza o profissionalismo estratégico-militar com que Franco planeou a entrada de Espanha na II Guerra Mundial».

Segundo Ros, se Franco não entrou em guerra com a Inglaterra como planeava, em aliança com a Alemanhã e com Itália, não foi por falta de vontade, mas sim porque não conseguiu de Hitler e Mussolini as contrapartidas que desejava.

De acordo com este professor de História Contemporânea na Universidade CEU-San Pablo, Franco queria um império colonial espanhol no norte de África que incluiria Marrocos, uma parte da Argélia e um aumento substancial da Guiné espanhola.

No entanto, Hitler não terá dado garantias a Franco e isso terá dissuadido o ditador espanhol, que estava consciente da debilidade militar espanhola.

Ainda assim, enquanto decorriam as negociações com Hitler, sustenta o historiador, baseado em «provas irrefutáveis», o Estado Maior espanhol planeou várias operações militares contra objectivos tão diferentes como Gibraltar, as colónias francesas no norte de África e a invasão de Portugal.

Salazar teria enviado espiões a Espanha

Contactado pelo PortugalDiário, o historiador Fernando Rosas diz desconhecer os documentos em causa, mas o certo é que há muitos documentos do Estado Maior espanhol que são secretos e estavam fechados. «Até agora não havia provas de tudo isso que há muito se sabia, podem surgir agora».

«Toda a gente sabe que Hitler pensou invadir a Península Ibérica e a elite franquista sempre quis unificar a Península», sublinha Fernando Rosas. Aliás, acrescenta, «Salazar teria enviado espiões a Espanha para saber onde estariam estacionadas as tropas».

Segundo este historiador, que já estudou este tema, a suposta invasão de Portugal foi invabilizada por um conjunto de factores: «Primeiro, Franco pedia muitas contrapartidas; depois porque foi preciso deslocar tropas alemãs dos Pirinéus para a Jugoslávia e também para a Grécia». Porque a ideia dos alemães, sustenta, «sempre foi acabar com a Rússia rapidamente e depois voltar-se para a Península Ibérica».

Segundo Fernando Rosas, estariam delineadas duas operações: o Operação Félix, que consistia em atacar Gibraltar, que seria devolvido aos espanhóis, por terra e por mar; e a Operação Isabella, que tinha como objectivo entrar em Portugal para impedir o desembarque dos Aliados.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Presentan en Bolivia huella humana más antigua del mundo


La hasta hoy la huella más antigua del mundo fue hallada en Egipto.
(Internet).



Agencia Boliviana de Información http://www.abi.bo

La Paz, 29 mayo (ABI) - La huella humana petrificada más antigua del mundo será presentada oficialmente hoy en esta ciudad tras ser descubierta en octubre del año pasado en el altiplano del departamento boliviano de La Paz.

La exposición del hallazgo, que se presume tenga de 10 millones a 15 millones de años de antigüedad, se realizará este jueves en el Ministerio de Relaciones Exteriores y Cultos con la presencia de la agrupación internacional Comunidad de la Sabiduría Ancestral.

Según consigna un informe redactado por la Unidad Nacional de Arqueología (UNAR), citado por Prensa Latina, la pisada humana es una huella paleontológica muy antigua de la época terciaria, cuando se estaba formando la cordillera de los Andes y en especial las serranías cercanas al lago Titicaca.

Conocido como la pisada del Inca, el vestigio fue encontrado por Fanny Pimentel, quien después de tomar fotografías las presentó ante el equipo de técnico de la referida institución científica para que realizaran los correspondientes estudios.

Hasta el momento la huella más arcaica del planeta era patrimonio de Egipto, donde un grupo de arqueólogos hallaron una que podría tener alrededor de dos millones años, por lo cual la boliviana es calificada como una muestra especial.

El proceso investigativo arrojó que la pisada corresponde a un hombre adulto con una estructura ósea bien desarrollada, una estatura aproximada de 1,70 a 1,75 metros y un peso cercano a 70 kilogramos.

http://www.abi.bo/index.php?i=noticias_texto_paleta&j=20080529115714

PRÓXIMO DOMINGO CHEGARÁ EM LISBOA O SECRETÁRIO GERAL DA FRETILIN, MARI ALKATIRI


FRETILIN - Frente Revolucionaria de Timor-Leste Independente






Informação

Aos camaradas, amigos e colegas,

Na qualidade do Coordenador Geral de F.A.F.C (Fórum Académico da Fretilin em Coimbra), venho por este meio a informar à todos os membros de FAFC, amigos estudantes e não estudantes residentes em Coimbra, que no próximo domingo chegará em Lisboa, o Secretário Geral da Fretilin, Mari Alkatiri. Para quem está interessado em participar neste encontro, por favor contacte a Direcção de FAFC (963259077).

Participe neste encontro, é uma oportunidade, pois queremos ser bem informado.

Os melhores cumprimentos

Coordenador Geral
António Guterres


Fórum Académico da Fretilin http://faf-coimbra.blogspot.com

Pequenos produtores do Mercosul receberão incentivos para ampliar negócios

Ivan Richard

Agência Brasil http://www.agenciabrasil.gov.br

Brasília, 29 maio 2008 - Pequenos produtores e empreendedores das regiões de fronteira entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai terão incentivos para abrir ou ampliar seus negócios. Projeto desenvolvido em parceria pelos países-membros do Mercosul vai permitir a implantação de centros de produção e comercialização que darão apoio a empreendimentos nos setores de Turismo, Agricultura Familiar e Artesanato.

Hoje (29), representantes dos quatro países estão reunidos em Buenos Aires, na Argentina, para definir os últimos detalhes do programa, que deve ser apresentado, no dia 13 de junho, pelos ministros de Desenvolvimento Social dos países envolvidos.

De acordo com o diretor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Crispim Moreira, serão investidos US$ 55 milhões e cerca de 10 mil famílias serão beneficiadas. Os recursos, explicou, sairão do Fundo do Mercosul para Projetos Sociais, formado por capital de todos os países do bloco.

Segundo Moreira, a idéia do projeto é transferir recursos para que as famílias comprem equipamentos, recebam capacitação e assessoria. Com isso, poderão aumentar a renda e a viabilidade de seus empreendimentos na faixa de fronteira.

“Nos nossos territórios há muita situação de pobreza, falta de trabalho ou baixa renda das famílias, assim como nos municípios dos nossos irmãos. Também há uma forte iniciativa de empreendimentos associativos. A idéia é fortalecer a economia solidária de tal forma que as famílias possam gerar seus próprios empreendimentos.”

Dos cinco centros, três serão implantados no Brasil: um em Foz do Iguaçu (PR) outro em Chuí (RS) e o terceiro em Uruguaiana (RS).

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/05/29/materia.2008-05-29.0895632294/view

Brasil/MENSAGEM DA CNBB *

Por ocasião da memória dos 120 anos da abolição da escravatura

Fonte: Portal do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) http://www.cimi.org.br

A nação brasileira assinala neste dia 13 de maio os 120 anos da Assinatura da Lei Áurea que declarou extinta legalmente qualquer forma de trabalho escravo. Foi um fato marcante para os homens e mulheres que nos idos de 1888 ainda carregavam nas costas o fardo da escravidão.

A assinatura da Lei Áurea respondia ao clamor dos negros que chegaram ao Brasil privados de um dos bens mais preciosos para o ser humano, a liberdade.

Respondia também aos anseios da sociedade civil que buscava a igualdade de direitos para todos.

Respondia ao princípio cristão que dizia que escravidão era a negação do evangelho pregado por Jesus e anunciado nestas terras.

A memória deste fato motiva todos a olhar com atenção para a situação dos afro-brasileiros. Muitos ainda estão presos ao cativeiro da miséria e da exclusão social. A libertação aconteceu legalmente em 1888, mas hoje se faz necessário reafirmarmos o compromisso para que todos os afro-brasileiros tenham condições de vida cidadã complementando o ato de 13 de maio de 1888. A liberdade para estes homens e mulheres descendentes dos alforriados em 1888 não aconteceu na sua plenitude.

O Brasil tem uma dívida para com o povo negro. Nos três séculos de trabalho escravo eles ajudaram a construir as bases do desenvolvimento deste país sem receber nada em troca a não ser o alimento para suportarem o trabalho.

Deixaram o cativeiro e “sem nada nas mãos”, mas levavam no coração o desejo de refazerem suas vidas vivendo a experiência da liberdade. A dívida ainda não foi paga. O caminho do saneamento para esta dívida histórica passa pelo apoio às políticas públicas de inserção dos afro-brasileiros na vida cidadã. A miséria e a exclusão em que vivem atestam a não cidadania.

A Igreja Católica é solidária com a comunidade negra e renova o seu compromisso de apoio aos afro-brasileiros na sua busca por cidadania plena e da plena liberdade, sinal concreto da liberdade que o Reino pregado por Jesus oferece.


Brasília, 13 de maio de 2008.


Dom Geraldo Lyrio Rocha

Arcebispo de Mariana

Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira

Arcebispo de Manaus

Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa

Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro

Secretário-Geral da CNBB


http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=3194&eid=142

* CNBB Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Cabo Verde propõe-se intermediar entre China e países lusófonos

Praia, Cabo Verde, 28 maio 2008 (PANA) - Cabo Verde quer ser intermediário na ligação entre os países de língua portuguesa e a China, tirando proveito da sua posição geo-estratégica, declarou quarta-feira, na Praia, o ministro cabo-verdiano da Economia, José Brito.

O ministro, que falava na abertura do IV Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (PLP), a decorrer na capital cabo-verdiana, justificou que o seu país "está situado na encruzilhada dos continentes e pode potenciar oportunidades de negócio” a partir do arquipélago e cobrindo todo o resto dos outros continentes.

José Brito considera que facto de o arquipélago estar a albergar este encontro que reúne cerca de 300 empresários e representantes de instituições de promoção "é um sucesso para a diplomacia económica de Cabo Verde, visto que se trata de um pequeno país que está a atrair um conjunto de países que têm importância na economia mundial".

A utilização do arquipélago para o transporte de cargas e passageiros provenientes da China, disse, é um dos aspectos em que Cabo Verde quer intermediar, tendo a transportadora aérea cabo-verdiana (TACV) já assinado um acordo de "handling" com a empresa Air China para a rota da América Latina.

"A Air China está a encarar, na rota para a América Latina, a possibilidade de fazer escala na ilha do Sal, e estamos a trabalhar para obter passagens nesta linha”, disse José Brito, precisando que tudo isso "está ainda em fase de negociação".

Contudo, o governante cabo-verdiano disse tratar-se de um primeiro passo para se atingir o objectivo de transformar Cabo Verde num 'hub' de transportes aéreos como um dos aspectos importantes desta parceria.

José Brito anunciou também que outro aspecto a considerar é o dos transportes marítimos, que entre os três continentes ainda são deficientes.

"Os nossos importadores estão a importar muito da China, ultimamente, com cargas que chegam via Portugal ou Canárias, e isto é algo que estamos a pensar desenvolver, porque o desenvolvimento dos transportes marítimos é um passo necessário para a consolidação desta parceria especial", garantiu.

Este quarto encontro de empresários para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa vai explorar durante dois dias, na cidade da Praia, oportunidades de negócio.

Os encontros entre a China e países de língua portuguesa, que se realizaram anteriormente em Luanda, Lisboa e Maputo, resultam de um protocolo assinado em Macau, em Outubro de 2003, por organismos de promoção de vários países.

Espanha/Expo2008: Mitologia angolana presente em Zaragoza

Zaragoza, 28 maio 2008 (Do enviado especial) - Algumas figuras da mitologia angolana ligadas as águas e ao ambiente vão ser retratadas ou descritas no Pavilhão de Angola na "Expo2008", a decorrer de 14 de Junho a 14 de Setembro do ano em curso, na cidade espanhola de Zaragoza, informou hoje, quarta-feira, à Angop uma fonte oficial.

Segundo Fineza Teta, directora do Pavilhäo de Angola na Expo, para ornamentar os sete momentos da exposiçäo, a organizaçäo achou por bem seleccionar algumas figuras mitológicas ou lendárias do país, exempleficando com a Kianda (Sereia), o Jacaré Bangão e o Bakama.

A selecção destas figuras, disse Fineza Teta, deve-se ao facto delas estarem ligadas à agua e ao ambiente.

"O Pavilhão de Angola terá como grande atractivo a água. Onde for água do mar estará presente a Kianda, se for rio estará o Jacaré e se se tratar de uma floresta o Bakama", realçou a fonte da Angop que não deixou de referenciar as dificuldades de credenciamento, criadas pela organização (dada a rigorisidade), dos funcionários de Angola à Expo, inclusive do pessoal ligado ah segurança e expositores já presentes em Zaragoza.

A fonte explicou que a escolha da Kianda (Sereia) deveu-se a relação com o mar que lhe é atribuída pela população da Ilha de Luanda, a eleição do Jacaré resultou da lenda segundo a qual, no passado, um animal da espécie abandonara o rio Dange, na província do Bengo, para ir pagar o imposto.

O Bakama, figura quase que omnipresente em qualquer manifestação cultural na província de Cabinda, foi opção para a sua presença nesta exposição mundial, devido as suas "virtudes ecológicas", que lhe permitem interagir com outros seres vivos (plantas e animais) sem ferir o ambiente e por "trajar-se" de materiais (folhas secas de bananeira) biodegradaveis. Elas defendem a causa do ambiente.

O Pavilhão de Angola na Expo2008, em Saragoza, Espanha, será composto por sete painéis, que vão reflectir a importância da água no contexto do tema que o país escolheu para debate no evento: "A Água como Recurso hídrico".

O espaço terá igualmente uma galeria de artes que oferecerá produtos culturais, nas suas várias vertentes de manifestação, nomeadamente, pinturas, gravuras, e esculturas que vão reflectir o tema da exposição, a água.

Outras disciplinas do mosaico cultural angolano, como a dança, a musica, o teatro e a gastronomia, constam igualmente do programa dos organizadores do Pavilhäo de Angola.

O pavilhão de Angola na Expo2008 é o maior de todos os tempos com uma dimensão de 468 metros quadrados e é o único que não está no pavilhão de África. O recinto de Angola não está no condomínio africano pelo facto da comunicação ter chegado ao país quando já se tinha dimensionado o espaço reservado ao continente. Neste sentido foi cedido a Angola um espaço maior, em função da perspectiva da amostra.

As participações de Angola são organizadas por um comité coordenado por um comissário. Na exposição de Zaragoza é comissária a assessora do Presidente da República para os Assuntos Regionais, Albina Assis. (AngolaPress)

PISTOLEIROS LANÇAM BOMBAS CASEIRAS E ABREM FOGO CONTRA INDÍGENAS NA RAPOSA SERRA DO SOL

Fonte: Portal do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) http://www.cimi.org.br

6 maio 2008

O dia amanheceu tenso na região de Surumú, terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Após um grupo de aproximadamente 100 índios iniciar a construção de quatro ‘barracões’ na área da comunidade Renascer, pistoleiros contratados pelo rizicultor Paulo César Quartieiro, abriram fogo e lançaram bombas caseiras contra os índios, deixando 10 baleados, sendo três feridos gravemente.

Os pistoleiros chegaram primeiro em duas motocicletas e deram a ordem para o grupo deixar o local. Com a negativa dos índios, eles foram até a sede da fazenda Depósito e retornaram com 20 homens armados e encapuzados em quatro motos e uma caminhonete. “Já desceram atirando e jogando bomba”, conta Tereza Pereira de Souza, que presenciou o ataque.

Os índios que não foram atingidos socorreram a vítimas e as levaram até a comunidade do Barro (antiga Vila Surumu). De lá, a Polícia Federal encaminhou sete para o Hospital de Pacaraima e três foram removidos de avião para Boa Vista. Glênio Ingarikó foi atingido com um tiro de ‘raspão’ no ouvido, mas não corre perigo.

Os indígenas baleados são Jeremias Miguel André, João Ribeiro, Antônio Cleber da Silva, Elizario André, Thiago Nunes Pereira, Sival Abelardo, Jorge Sebastião Costa, Glênio Barbosa, Xavier da Silva e Alcides de Souza, os dois últimos estão em estado greve.

Os pistoleiros abriram fogo contra os indígenas de uma distância aproximada de 15 metros. As armas usadas eram, na maioria, espingardas calibre 16. “Se os disparos fossem de uma distância melhor, certamente os tiros seriam mortais”, afirma Júlio José de Souza, do CIR.

Apesar da violência, intimidação e sucessivas ameaças, as comunidades da Raposa Serra do Sol não irão recuar na consolidação do decreto de homologação, assinado há mais de três anos. Em nome das comunidades, o coordenador do Conselho Indígena de Roraima, Dionito José de Souza, está em Brasília aguardando uma decisão do Supremo Tribunal Federal, a respeito da retirada dos invasores da reserva.

O CIR solicitou a Policia Federal reforço na região de Surumu, além do desarmamento da ‘milícia’ comandada por Quartieiro que há mais de um mês intensificou os ataques às comunidades.

Conselho Indígena de Roraima

http://www.cimi.org.br/?system=news&eid=247

Parlandino/Formación de un frente unido para la paz solucionará conflicto bélico de Colombia

Agencia Bolivariana de Notícias http://www.abn.info.ve

Caracas, 28 mayo 2008 (ABN) - Para lograr el camino hacia una verdadera paz en Colombia y de la región es imprescindible la formación de un frente unido ante las pretensiones del imperialismo de continuar considerando al Sur del Río Grande como su patio trasero, sostuvo el presidente del Parlamento Andino (Parlandino), Víctor Hugo Morales.

Su señalamiento lo hizo en una carta que envió a las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (Farc)-Ejército del Pueblo (EP) y al Ejército de Liberación Nacional (ELN) de Colombia.

En su misiva, el parlamentario manifiesta su preocupación por la situación que se plantea en las relaciones entre Venezuela, Colombia y Ecuador, originada por el conflicto armado que vive la nación neogranadina.

Ante esto, Morales insiste en que sólo con la conformación de un frente unido se podrá lograr la paz y dirimir las diferencias.

Para Morales, la tragedia colombiana se deriva de una sola situación: una extrema división de los actores sociales patrióticos ante el uribismo, ante Estados Unidos y ante todos cuantos pretenden que la solución es el aniquilamiento de los hombres y mujeres en armas.

Señala que todo forma parte de planes del imperio de convertir a Colombia en un campo armado testaferro bélico amenazante de los pueblos vecinos.

Asimismo, hace referencia a los intereses partidistas: el Polo Democrático, por un lado, que trata de aumentar su influencia entre la población; los liberales y los conservadores, por otro, demasiado desprestigiados, y una clase trabajadora sumida entre divisiones, “una población agobiada ante el inmenso terror causado por ese monstruo salido de las entrañas de la oligarquía colombiana para utilizarlas en la defensa de sus intereses, como son los paramilitares”.

Igualmente, considera que también existe otra importante división: la del campo revolucionario, las FARC-EP y el ELN, enfrentados de alguna manera.

“Entre tanto, los partidarios de la guerra y la aniquilación van ganando terreno, con lo cual se aleja la posibilidad de una verdadera paz, a menos que los partidarios de ésta, armados o no, diriman sus diferencias, presenten un frente unido, se organicen en un solo comando y ofrezcan a la sociedad colombiana un solo programa como vía hacia la paz”, afirma Morales.

El titular del Parlandino apunta en su carta que las Farc pueden dar un importante paso de grandeza y desterrar el orgullo, ante lo cual le recomienda a este grupo que libere a Ingrid Betancourt y a uno o dos prisioneros, preferiblemente enfermos.

“Si tienen la valentía de dar ese paso, encontrarán en la opinión pública internacional una acogida capaz de conducir a la posibilidad de mayor acercamiento a ese sector tan importante del pueblo colombiano, sin cuya participación, unidos, es imposible una solución pacífica”, sostiene Morales.

Morales está seguro de que el pueblo venezolano, el ecuatoriano, la región entera, agradecida, respaldará lo que sea posible hacer para ayudar a Colombia a conseguir la paz, “como lo ha hecho en todo momento el presidente Chávez con el mayor desprendimiento y sinceridad”.


http://www.abn.info.ve/go_news5.php?articulo=134684&lee=16

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Moçambique/Maputo diz trabalhar com Pretória para por fim à violência

Maputo, 26 maio 2008 (Lusa) - O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, disse nesta segunda-feira que “o governo moçambicano está trabalhando com as autoridades sul-africanas para que se volte à normalidade” após a onda de xenofobia na África do Sul.

Um balanço divulgado nesta segunda-feira pelo diretor-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Ribeiro, indica que 27.234 moçambicanos retornaram ao país de origem após escapar da violência xenófoba na África do Sul. Até domingo, as autoridades contabilizavam 26.434 retornados.

O número de moçambicanos mortos continua sendo oito, contabilizados entre as mais de 50 vítimas mortais da perseguição contra imigrantes na África do Sul.

Nesta segunda-feira, após visitar o centro de acolhimento provisório criado por Maputo para abrigar os moçambicanos que escaparam dos ataques, Armando Guebuza afirmou que “a batalha, agora, é trabalhar para a reposição da normalidade”.

“Para isso, estamos trabalhando com o governo da África do Sul”, destacou Guebuza, que reiterou a “amizade entre o povo moçambicano e sul-africano e entre os dois Estados”.

O chefe de Estado moçambicano insistiu no apelo para que se evitem ações de vingança contra os supostos autores dos ataques, lembrando que “a violência só vai gerar outra violência”.

Segundo Armando Guebuza, “os problemas que estão acontecendo na África do Sul foram criados pelos inimigos da unidade entre os Estados da África Austral, mas não serão bem sucedidos”.

"Esta situação, criada pelos inimigos da unidade e da amizade com a África do Sul, só vai tornar as nossas relações mais sólidas. A África do Sul é e continuará sendo um país amigo”, reiterou Armando Guebuza.

Aos moçambicanos abrigados nas tendas montadas no centro de trânsito de Beluluane, a cerca de 12 quilômetros da capital do país, Guebuza deixou palavras de encorajamento e pediu compreensão diante da “difícil situação".

“Aconteça o que acontecer, vocês têm a vossa pátria, que vai receber-vos sempre. A África do Sul é um país amigo […], bandidos existem em todo o lado”, enfatizou o chefe de Estado moçambicano.

Até a manhã desta segunda, o centro de acolhimento de Beluluane abrigava 153 pessoas, que aguardavam viagem para suas províncias de origem.

A maior parte dos alojados se mostra reticente em relação a um possível regresso à África do Sul por medo da violência contra os estrangeiros.

"Não gostaria de voltar à África do Sul, porque posso voltar a perder muitos bens, como desta vez, mas vai depender da possibilidade de arranjar um emprego cá em Moçambique”, disse à Agência Lusa Celso Samuel, 23 anos, que conseguiu escapar da onda de ataques.

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Situação na África do Sul é muito preocupante, diz Portugal
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Protesto contra xenofobia toma ruas de Johannesburgo

Situação na África do Sul é muito preocupante, diz Portugal

Lisboa, 26 maio 2008 (Lusa) - O secretário de Estado das Relações Exteriores e da Cooperação de Portugal, João Gomes Cravinho, considerou nesta segunda-feira que a situação na África do Sul é "profundamente preocupante", destacando que as atitudes xenófobas "não correspondem às políticas do governo sul-africano".

"É uma situação profundamente preocupante e algo inesperada", disse o governante português durante a apresentação da iniciativa "Os Dias do Desenvolvimento".

Afirmando que Portugal tem estado em "contato permanente" com as autoridades sul-africanas, João Gomes Cravinho questionou se os casos de xenofobia, que já causaram mais de 50 mortos e 20 mil desalojados, são espontâneos ou não.

"Há trabalho a fazer para identificar quais as forças que estão por detrás destes elementos", defendeu Cravinho.

O responsável disse ainda que a "África do Sul conhece o que há de sensível nestas atitudes, que não correspondem às políticas do governo sul-africano e do partido ANC [Congresso Nacional Africano, no poder]".

Nos bairros mais pobres ao redor das grandes cidades e centros industriais da África do Sul, os sentimentos xenófobos são uma realidade inquestionável, fruto da dificuldade de muitos sul-africanos em arranjar trabalho e ter acesso à habitação, que os leva a acusar os estrangeiros de contribuírem para seus problemas.

Só do Zimbábue, calcula-se que tenham fugido para a África do Sul entre três e cinco mil imigrantes legais ou ilegais desde 2000.

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Xenofobia é 'humilhação' para África do Sul, diz presidente

PARAGUAY/PA’I OLIVA, SINÓNIMO DE LUCHA POR EL PARAGUAY

Parlamento Jovem *

Adital - Semblanza de un sacerdote comprometido con el país.

Por: Claudia Noemí Cabrera Vargas

21 mayo 2008/www.adital.com.br

[ADITAL] Agencia de Información Fray Tito para América Latina

El jesuita español Francisco de Paula Oliva Alonso, desde su llegada a nuestro país, peleó para derrocar la dictadura de Stroessner, creó un espacio de reflexión denominado "Parlamento Joven"

"Yo vine a Paraguay el mes de abril de 1964. En aquellos tiempos se venía en barco, el viaje era de quince días. Al desembarcar en Río de Janeiro hubo un levantamiento de militares, entonces tuve que estar una semana en Río, hasta que pude tomar el avión de Río de Janeiro a Paraguay.
En Paraguay me designaron dos trabajos: Padre Espiritual del Colegio Cristo Rey y dar clases en la Universidad Católica, de una asignatura llamada introducción a los Medios de Comunicación, de la misma salió después la carrera de Ciencias de la Comunicación.
La carrera surgió porque había muchas personas mayores en Asunción que ejercitaban el periodismo y no tenían título. La OEA empezó con una tendencia donde todos los periodistas de América Latina, debían tener título para poder ejercer. Entonces se me ocurrió darle esa ayuda, haciendo en la Universidad Católica una carrera de la Facultad. E hicimos propaganda. Lo curioso fue que de las personas mayores solo vino una, los demás fueron jóvenes y con ellos comenzamos la carrera, relató el Padre Oliva".

Durante la dictadura

En 1965, el Pa’í convocó a grupos de jóvenes a derrocar el gobierno del entonces dictador Alfredo Stroessner trabajando él desde Asunción mientras otros sacerdotes jesuitas apoyaban el nacimiento de Ligas Agrarias en varios departamentos del interior paraguayo. Creo las "misas a go go", con guitarras eléctricas, canciones de corte juvenil y prédicas sobre la realidad sociopolítica del país desde la perspectiva cristiana. Estos actos religiosos fueron durante años vigilados por los alcahuetes de la dictadura que los consideraba subversivos.

El Pa’í participaba en cuanta actividad antidictatorial organizaban sus compañeros de fe, y para no aparecer como privilegiado por su nacionalidad extranjera, se naturalizó paraguayo. Cuatro meses después la Policía lo detuvo mientras acompañaba una huelga de hambre estudiantil. El Jefe de ese cuerpo lo calificó como "El Lenin de los campesinos paraguayos" y lo expulsó hacia la Argentina, según UITA - Secretaría Regional Latinoamericana - Montevideo - Uruguay.

Yo tenía cinco años de paraguayo, cuando tomé la nacionalidad y me echaron al mes siguiente. Después estuve veintisiete años fuera, acotó el Padre Oliva.

La vuelta a Paraguay

El año 96 vine al Paraguay. No quise venir como una memoria histórica, como una pieza de museo, quise venir de otra manera, ganarme la vida ahora y no de la forma anterior. Entonces me fui al Bañado Sur, comentó el Pa’í Oliva.

En 1996 regresó a Paraguay y vivió en un barrio extremadamente humilde llamado El Bañado. Su actividad es tan versátil como abundante: instituye fondos para becas para chicos pobres, concreta sistemas de apoyo alimentario para miles de niños carenciados, organiza actividades solidarias con jóvenes detenidos en una Correccional de Menores, ejerce la docencia universitaria, escribe artículos, anima dos espacios radiales, relata la UITA - Secretaría Regional Latinoamericana - Montevideo - Uruguay.

El Parlamento Joven y el Marzo Paraguayo

Se me ocurrió celebrar lo diez años de la democracia y que para ello podíamos hacer una especie de Parlamento Joven. Entonces lo hice, sigue el Padre Oliva.

Ya en marzo, fue lo del marzo paraguayo. Posteriormente nos dimos cuenta que lo del Parlamento Joven tenía todavía más razón de ser, porque había entre la juventud mucho entusiasmo, entonces después empezó con fuerza.

Lo del marzo paraguayo. Lo relacionan conmigo, porque yo estaba interesado en todo lo que estaba pasando en Paraguay y como estuve en los momentos claves, cuando la cámara de diputados decide hacer juicio político, en el acto que se tuvo con Argaña allá en la plaza, y ya me quedé en la plaza, estuve los siete días, iba unas horas al Cristo Rey a cambiarme de ropa, pero todo el tiempo estaba en la plaza. Yo no conocía a nadie de la plaza prácticamente, los conocí allí… manifestó el Pa’í Oliva.

Desde 1998 apoya intensamente a los vecinos de Rincon’í y en 1999, a diez años de la caída de la dictadura, fundó el Parlamento Joven. En marzo de ese año, tras el asesinato del vicepresidente Luis María Argaña, la ocupación del centro de la ciudad por parte de estudiantes y de la inminente represión policial salvaje, el Pa’í y otros religiosos y religiosas se instalaron allí junto a los jóvenes para celebrar misa, confesarlos y, sobre todo, compartir su suerte. El 26 de marzo de 1999, mientras comandos paramilitares baleaban la plaza ocupada por la multitud, el Pa’í Oliva, con fondo de balacera, hablaba en directo por la televisión desde el lugar de los hechos llamando al pueblo a acudir a la plaza y participar en la resistencia. "Esto es real. Nos están masacrando. Es el momento de jugarnos todos por el país que queremos", clamó entonces en todas las pantallas del Paraguay. Esa noche hubo ocho jóvenes muertos y más de un centenar de heridos. El gobierno cayó, pero el que lo sustituyó, encabezado por Luis González Macchi, pronto demostró no ser mejor que su antecesor, alude la UITA - Secretaría Regional Latinoamericana - Montevideo - Uruguay.

Los jóvenes, su opción

Desde que llegué al Paraguay yo estuve todo el tiempo trabajando con jóvenes, no quiere decir que no había adultos, pero mayoritariamente eran jóvenes los que mejor podían ayudar, por eso seguí adelante.

La sesión de ese año del Parlamento Joven congregó a 1.500 chicos y chicas que se reunieron todos los fines de semana del año en distintas localidades del interior del país, según la UITA - Secretaría Regional Latinoamericana - Montevideo - Uruguay.

El Parlamento Joven cumplió siete años, entonces decidimos hacer como una parada y empezar de nuevo. Porque en Paraguay las circunstancias cada vez se están poniendo más difíciles en el país, y es necesario una formación. La formación que dábamos estaba bien para que cada uno trabaje en su departamento, pero a nivel nacional se necesitaba más formación, entonces hemos decidido hacer cursos más difíciles sobre muchas cosas, pero sobre todo comenzando a formar a las personas, desde las personas pues hablar de otras cosas.

El futuro del Parlamento Joven no es formar ningún partido político, sino formar gente que se meta en muchos lugares, cambien el país y todo lo que puedan, mencionó el Padre Oliva.

Momento Cúspide

Varios momentos; uno cuando decidí hacerme jesuita, este año se cumple sesenta años de eso. El otro momento cuando decidí venir al Paraguay, son los dos momentos fundamentales en mi vida.

Yo vine al Paraguay y mis ideas no eran demasiado avanzadas, porque venía de un país como España, donde había una dictadura de muchos años, no había libertad. Y en Paraguay los muchachos, del colegio y la Universidad me fueron poco a poco abriendo los ojos, enseñándome cómo era la realidad de la vida en el Paraguay, entonces me di cuenta de lo difícil que era y dije que había que trabajar de verdad para hacerlo, expresó el Padre Oliva.

Mayores Méritos

Desde mi punto de vista el Pa’í tiene muchísimas virtudes, sobre todo el amor y la entrega que pone a las cosas que hace en nombre del Paraguay. Dentro del Parlamento Joven, yo creo que él instauró el espíritu de lucha y siempre nos alienta a seguir adelante a pesar de todas las limitaciones que tenemos.

Él es una piedra fundamental dentro del Parlamento Joven, en la construcción de una alternativa diferente. No llego a decir al punto que no existiría el Parlamento Joven sin él, pero creo que es esencial dentro del desarrollo y la motivación de los chicos que vienen desde el interior que son la mayoría, confirmó Mirta Moragas, parlamentaria joven.

Yo creo que su principal mérito es que es una persona que se anima a plantear cosas. Dando un paso al frente, cuando todavía nadie lo dio y me parece que eso es muy importante, sobre todo desde la perspectiva de ver el potencial de la juventud conciente y organizada políticamente. No desde el punto de política partidaria, sino política, expresó Milena Pérez.

Mayor Aporte

Difícil es decirlo porque el Parlamento Joven es una cosa, el Marzo Paraguayo fue otra, todo el trabajo de la dictadura fue distinto. A mi me da la impresión según lo que dice la gente es: siempre luchando, ese sentido de la vida, ese sentido de luchando por el Paraguay. Eso creo que ha sido el mayor aporte. Luchando desde la fe y desde la vida en todas las cosas, afirmó el Padre Oliva.

Mirta Moragas, Coordinadora del Parlamento Joven, por su parte nos dijo: - Más que nada tiene que ver con todas las cosas que está haciendo a diario. Crear conciencia, crear espacios de reflexión y tratar de influir, ahora principalmente desde el Bañado Sur. Hace que la gente visibilice las cosas.

Milena Pérez, nos habló de que su mayor aporte fue el de crear conciencia en sectores que muchas veces no conocían su potencial, la juventud, los sectores de los bañados, el ayuda a visualizar y organizar.

¿Quién es Pa’í Oliva?

Mirta Moragas nos dijo: para mi ha sido muy importante el haber conocido al Padre Oliva, yo pasé muchísimos momentos de mi vida muy complicados a su lado. Y recibí apoyo de él como si fuese mi abuelo, que no tengo y más que nada me parece una persona muy luchadora, muy idealista y sobre todo que trata de que todo lo que creemos y todo lo que soñamos no sean solamente sueños, sino que lleguen a la realidad.

Por su parte, Milena Pérez nos habló de una persona que tiene bastante claro el proyecto de sociedad al que aspira y con el cual está comprometido. Lo complementa con su formación y su fe religiosa. Trabaja por el Reino de Dios acá en la tierra, que tiene que ver con la justicia, con que todas las personas podamos vivir con dignidad, como tenemos derecho a vivir y en su práctica procura ser coherente, en ese sentido el es bastante luchador y comprometido.

El Pa’í Oliva concluyó diciendo: El Pa’í Oliva es una persona humana, con sus fallos, con sus necesidades, con muchos años ya y por lo tanto vale menos, pero que siempre ha luchado por una causa que ha creído que vale la pena. Esa causa era ayudar a los demás…

* Parlamento Jovem Paraguay

http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=ES&cod=33132

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Cabo Verde/Empresários chineses em maioria no IV Encontro para Cooperação Económica e Comercial que se realiza na Praia

Praia, Cabo Verde, 26 maio 2008 - Mais de 300 empresários e representantes de instituições de promoção dos países de língua portuguesa e da China analisam oportunidades de negócio de 28 a 30 de Maio na Praia, no IV Encontro para a Cooperação Económica e Comercial.

De acordo com os responsáveis pela organização do encontro da Praia, a maior delegação é a chinesa, seguindo-se a do Brasil, sendo que a maior parte dos empresários presentes são da área comercial.

O encontro entre chineses e países de língua portuguesa (Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa) é, possivelmente, o maior encontro do género já realizado em Cabo Verde e tem confirmada a presença de todos os países de língua portuguesa, além da China e de Macau.

O encontro empresarial, que já decorreu em Luanda, em Lisboa e em Maputo, surgiu de um protocolo celebrado em Macau em Outubro de 2003, assinado pelos organismos de promoção dos vários países.

O encontro da Praia tem como tema “Cabo Verde como Plataforma para Trading e Serviços” e nos três dias os empresários e representantes de instituições de promoção e investimento irão, além de ter encontros de trabalho, visitar diferentes infra-estruturas económicas cabo-verdianas.

Estarão em Cabo Verde, entre outros, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), a APEX (Agência Brasileira de Promoções e Exportações), a Câmara de Comércio e Indústria de Angola e o IPEX (Instituto de Promoção e Exportações) de Moçambique.

Presentes também o CCPIT (Conselho de Promoção do Comércio Internacional da China) e IPIM (Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau), além do secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa. (macauhub)

ESCRAVIDÃO EM PLENO SÉCULO XXI, O REINO DO TERROR DA BURGUESIA DA BOLÍVIA

Guaranís da região do Chaco boliviano são Escravos em pleno século XXI

Naimi Núñez para a TeleSUR

24 maio 2008/Fonte: Tirem as Mãos da Venezuela

http://tirem-as-maos-da-venezuela.blogspot.com/

Por trabalhos forçados a mais de doze horas diárias, as mulheres ganham a metade que os homens, e os meninos e os idosos pelo geral não ganham nada. (Foto: Abi)

Mais de mil famílias vivem escravizadas na região do Chaco, na Bolívia. Os indígenas, entre eles idosos e meninos, trabalham mais de doze horas diárias sem receber pagamento algum. A situação é vista com preocupação pela Comissão Inter-americana de Direitos Humanos.

Historicamente a nível mundial, a problemática da escravatura e da servidão, supõe-se que é um assunto resolvido à vários séculos. Mas na Bolívia o problema está mais vigente que nunca. Na região do Chaco boliviano, que abarca os departamentos (do sul da Bolívia) de Chuquisaca, Tarija e Santa Cruz, desde à várias décadas, centenas de famílias guaranís que residem nesta região, vivem sob um sistema de servidão e semi-escravidão baseado na super-exploração da força de trabalho familiar. Estas pessoas, pertencentes às chamadas comunidades cativas, realizam trabalhos forçados em fazendas por mais de doze horas diárias, sem pagamento algum ou acesso a direitos básicos como a educação, a segurança social, a liberdade de movimentos e à propriedade da terra.

A comunidade guaraní, a terceira mais numerosa dos povos indígenas de Bolívia, actualmente conta com uma população de 170 mil pessoas, das quais mais de mil famílias vivem registadas em situação de escravatura em fazendas das províncias de Luis Calvo e Hernando Siles, no departamento de Chuquisaca; Grande Chaco e O'Connor, departamento de Tarija, e na cordilheira do Alto Parapetí, departamento de Santa Cruz. "É uma vergonha que na Bolívia do século XXI continue existindo a escravatura", disse o Capitão Grande do Conselho de Capitães Guaranís de Chuquisaca, Efraín Balderas, ao lamentar que ainda existam comunidades cativas de seu povo em pelo menos cinco províncias de três departamentos do país planáltico e que em seu conjunto abarcam a 15 municípios.

Balderas, alto e moreno, é um líder indígena que até à adolescência trabalhou como peão numa das fazendas chuquisaqueñas sob um regime de exploração laboral. Mas que teve a sorte de estudar e conseguir através da educação essa liberdade que centenas de famílias de seu povo ainda anseiam. A situação dos guaranís no sul de Bolívia é vista com preocupação por organismos internacionais como a Comissão Inter-americana de Direitos Humanos (CIDH), a Organização de Estados Americanos (OEA) e Organizações Não Governamentais (ONG).

A realidade
O número total concreto de guaranís no Chaco boliviano é difícil de contabilizar, e ainda mais o é o número daqueles que estão em situação de escravatura. O certo é que, sem dúvida, as suas vidas são muito precárias e as relações laborais com os donos das fazendas nas quais trabalham, ainda na contra mão de sua vontade, são pouco claras já que os pagamentos em sua maioria se fazem em géneros e não em dinheiro, com contas que se transmitem de geração em geração. Estes indígenas e as suas famílias trabalham mais de doze horas diárias sem receber salário, senão retribuições irregulares em géneros.

Rogelio Molina, empregado da fazenda Iguembito, localizada no município de Huacareta, na província Hernando Siles do departamento de Chuquisaca, conta que está à "trinta e três anos" trabalhando "para Federico Reynaga (proprietário), como meu pai trabalhou para o pai desse fazendeiro".

Com o tempo o mundo dos meninos torna-se igual ao dos adultos. Mas o mais assombroso, é que muitos latifundiários levam as meninas (indígenas) a partir dos 7 anos às cidades e as fazem regressar à propriedade com filhos para que também trabalhem para eles, segundo denunciou Justo Molina, presidente do Conselho de Capitães de Chuquisaca, quee defende os direitos dos guaranís.

Neste tempo, Rogelio começou ganhando três bolivianos (0,3 dólares) como vaqueiro ou cuidador de gado bovino. Para sustentar os seus 13 filhos conseguia um rendimento de 200 ou 150 bolivianos (cerca de 20 dólares ao mês): "Me descontavam algum arrozito, que lhes comprávamos, isso era anotado", diz, e recorda que os trabalhos domésticos realizados por sua esposa na fazenda nunca mereceram reconhecimento algum. "Nem um centavo, nunca lhe pagaram".

Os chamados "ajustes" são o resultado da soma na qual se incluem ítems como "progressos" ou "pedidos" de víveres para comer, pelo que geralmente resultam em saldos negativos para os empregados guaranís, pelo que terminam com dívidas em lugar de ganhos. E é que os termos trabalhistas que se conhecem obedecem a "arranjos" por um pagamento salário incompreensivelmente saldado uma vez ao ano. Situação que não só varia de acordo com a fazenda, senão de acordo com condições de género e etárias: as mulheres ganham menos metade que os homens, e os meninos e os idosos a maior parte das vezes não ganham nada. Fortunato Silva e Vitória Méndez, pais de oito filhos, por sua vez recebem por suas lidas um ou dois quilos de arroz na fazenda de Crispín Pérez, também localizada em Huacareta.

Em Chuquisaca, onde há mais casos de guaranís escravizados, assombrosamente reproduz-se uma situação que se acreditava desaparecida. É aí que há relatos de que os trabalhadores recebem chicotadas se não cumprem com a sua tarefa. Apesar de isto não ser generalizado, existem casos documentados com vídeos que provam que sim ocorrem. Alguns "cativos", inclusive, dormem em celeiros e não podem sair da fazenda. "Os patrões proíbem que as famílias que vivem nas suas fazendas se comuniquem com organismos e lhes restringem a educação ou as condições sanitárias mínimas", afirma Justo Molina, presidente do Conselho de Capitães de Chuquisaca, que denunciou a "violação dos direitos humanos" das numerosas pessoas que vivem na sua comunidade e explicou que 90 por cento desta população é analfabeta.

Precisamente, o analfabetismo é a principal causa da opressão dos latifundiários sobre os indígenas guaranís, já que, ao não saber ler nem escrever, não só estão impedidos de aceder ao conhecimento e informação sobre seus direitos, como também não podem exercer nenhum controle sobre as suas contas e livros de dívidas que são levados pelos patrões. Ao analfabetismo soma-se o desconhecimento dos seus direitos que lhes assiste e não lhes permite deliberar com os patrões as suas condições laborais, nem nenhuma outra situação que lhes afecte. As condições precárias de trabalho e — portanto — de vida das famílias guaranís submetidas a uma situação laboral marcada historicamente pelo abuso, pela servidão e pelo paternalismo, que as fez cativas em sua própria terra, são práticas ainda vivas no Chaco boliviano, como se o tempo, e a modernidade, nunca tivessem passado por essas terras.

Escravos desde a infância
A escravatura no Chaco também se estende aos meninos. As meninas começam como domésticas nas fazendas e depois ficam como cozinheiras, enquanto os meninos iniciam-se como moços de recados, isto é, realizam tarefas menores para os fazendeiros e depois, de adultos, trabalham a terra. Na maioria dos casos, não recebem pagamentos por seus trabalhos. A "criação" dos meninos implica o início precoce da lida nas fazendas, como Virginia Parar, filha de trabalhadores da propriedade Iguembito, em Chuquisaca, que começou de menina como doméstica e aos 15 anos tornou-se cozinheira. Um exemplo mais evidente é o de Rosi Silva, empregada da fazenda Voyguazú, de Juan Ortiz; ela e seu irmão menor foram "cedidos ao patrão": "Minha mamãe entregou-nos aos dois, meu irmão entendeu-se com o patrão e tem 12 anos". Ao ser consultada sobre se desejam sair da fazenda comentou, com ar de desesperança, que "ele também – igualmente a ela – quer sair mas não o deixam, ele quer estudar". E isto porque a escola está proibida para estas crianças, bem como sair das fazendas. A situação jurídica dos meninos e menores de idade é incerta, pois muitos encontram-se sujeitos aos patrões mediante estranhas ligações de familiares (de padrinhos).

Em muitos casos, os guaranís dirigem-se ao fazendeiro como "papi" ou "mami", e muitos deles, segundo estudos executados pela administração de Justiça, levam o apelido dos patrões. "Eu os criei, os pais deles morreram, e eles se entenderam com nós", explica Humberto López, proprietário da fazenda "El Vilcar", que assegura que essa é a razão de que tenha uma família de guaranís a seu serviço. As relações de servidão disseminam-se com as relações de parentesco: "Já me acostumei a eles (aos patrões) como papai, como mamãe, como abuelitos", comentou Eriberta Montes. "Aqui ficarei com os abuelitos (avós) até que eles morram", acrescentou resignada a guaraní que cresceu na fazenda e que agora tem seis filhos, que talvez sejam outro elo mais na cadeia perpetua de trabalho da sua mãe e dos seus avós.

No entanto, a amabilidade do trato entre empregador e empregado tem limites concretos, quando se vê o lugar onde Eriberta e seus pequenos dormem: num pátio traseiro da fazenda onde os couros de ovelha lhes servem de camas. Com o tempo o mundo dos meninos torna-se o dos adultos. Mas o mais assombroso, é que muitos latifundiários levam as meninas a partir de 7 anos às cidades e as fazem regressar à propriedade com filhos para que também trabalhem para eles, segundo denunciou Justo Molina.