sábado, 19 de abril de 2008

Embaixador brasileiro troca Timor Leste por Moçambique

Maputo, 18 abril 2008 (Lusa) - O novo embaixador do Brasil em Moçambique, Antônio José Maria de Souza e Silva, entregou nesta semana suas credenciais ao presidente moçambicano, Armando Guebuza.
De acordo com fonte oficial, Souza e Silva, que substitui a embaixadora Leda Camargo, assumiu o cargo quarta-feira juntamente com os representantes diplomáticos da Namíbia, Sérvia e Omã.
Natural do Rio de Janeiro, o diplomata brasileiro tem 58 anos e foi transferido diretamente do Timor Leste, onde era embaixador desde 2004.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, Souza e Silva desempenhou funções no Consulado Brasileiro em Nova Iorque, bem como nas Embaixadas da Guatemala, Paquistão, Argentina e República Tcheca.
RelacionamentoAs relações econômicas e empresariais entre Brasil e Moçambique se intensificaram nos últimos anos, incluindo a participação de empresas como a Petrobras e a Vale do Rio Doce e uma série de pequenas companhias.
A presença de empresas brasileiras em Moçambique ganhou destaque em junho do ano passado, quando a Companhia do Vale do Rio Doce recebeu a concessão para explorar carvão em Moatize, com reservas estimadas em 2,5 bilhões de toneladas de carvão.
A Petrobras divulgou ao governo do país africano o seu interesse em investir nas áreas de petróleo e dos biocombustíveis. Uma série de acordos sobre o tema foram assinados durante a visita ao Brasil de Guebuza, em setembro de 2007.
Ainda no ano passado, a construtora Camargo Corrêa apresentou seu projeto para a Barragem de Mphanda Nkuma, no Rio Zambeze, um investimento de 2,1 bilhões de euros para construir uma das maiores hidrelétricas do continente africano.
AproximaçãoO Brasil vai ainda colaborar na construção em Moçambique de uma fábrica de medicamentos anti-retrovirais, para tratamento de portadores da AIDS.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) instituição ligada ao Ministério da Agricultura, também vai instalar um escritório de transferência de tecnologia na cidade de Maputo.
A Fundação Oswaldo Cruz, a mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, vai também abrir uma representação em Moçambique, a primeira fora do Brasil.
Além das grandes companhias, cresce também no mercado moçambicano o número de pequenas e médias empresas pouco conhecidas, como a Central de Negócios Brasil-Moçambique, uma empresa criada em 2005.
O Brasil ocupa a nona posição na lista dos principais investidores em Moçambique em 2007, à frente do Zimbábue e atrás do Canadá.

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