terça-feira, 30 de outubro de 2007

Venezuela: por um mundo multipolar


Martinho Júnior /Blog pagina-um/30 outubro 2007

Em finais de Outubro de 2007, no momento da assinatura de sete acordos entre a República Bolivariana da Venezuela e a República Argelina Democrática e Popular, o Presidente Hugo Chavez fez um pronunciamento que procurou sintetizar a posição daqueles que, fazendo parte das nações mais subdesenvolvidas da Terra, buscam soluções fora da “camisa de forças” imposta pelos instrumentos de domínio hegemónico dos poderosos.
“Nada devemos esperar, senão o que é realizado por nós mesmos; nós temos a solução, não podemos avançar pedindo aos países desenvolvidos que mudem eles a sua orientação, não a vão mudar, pedindo à Organização Mundial de Comércio (OMC), pedindo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), por que eles não vão mudar, esse é o nosso ponto de vista”.
Hugo Chavez não fica pelas críticas e, empenhando o estado Bolivariano em todas as frentes, assume o exemplo das alternativas multipolares, afirmando um padrão distinto de opções, quase sempre criativas, por que dirigidas em benefício daqueles que têm historicamente sido condenados a nem sequer ter voz, muito menos possibilidades de opção.
Indica também alterações de método para se implementarem as realizações, rompendo com a psicologia da submissão e de forma a mobilizar os esforços dos que têm experimentado na carne e até à exaustão, os resultados das doutrinas e políticas que só têm conduzido a humanidade para o beco sem saída em que se encontra e agora podem ter a oportunidade de se assumir num sentido mais amplo, equilibrado e saudável para todos.
“É o momento de apurar a marcha e fortalecer os caminhos da união e da integração, para além da libertação dos povos pobres do terceiro mundo, no sentido da construção dum mundo multipolar , de paz e de solidariedade”, afirmou Chavez no acto da assinatura dos acordos.
Tirando partido da posição da Venezuela na Organização dos Países Exportadores de Petróleo, o arranque das políticas inovadoras nos relacionamentos externos, está a ser feito recorrendo a outros membros da OPEP, como a Argélia, a fim de transmitir mais coerência e força aos que se propõem ao multipolarismo, mas desde lago Chavez alerta para a necessidade de ir para além do que proporciona a OPEP, “a fim de conseguir as mudanças que necessita o mundo”.
Os acordos agora assinados com a Argélia, são resultados de múltiplos esforços e contactos, entre eles os que estão em curso com outro membro da OPEP, Angola, ou aqueles que se preparam para que o Equador adira àquela Organização.
Por essa razão, Chavez entende e expressa a necessidade de fortalecer as relações entre a América Latina e África, destacando que os países das duas regiões separadas pelo Atlântico, “poderão obter a força necessária em matéria moral,

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