sábado, 29 de setembro de 2007

Moçambique/CFM busca parcerias para construir terminal de carvão no porto da Beira

A construção de uma nova terminal de carvão, no Porto da Beira, vai custar entre 150 e 180 milhões de dólares norte-americanos, encontrando-se a empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) envolvida em contactos com potenciais financiadores. Paralelamente, as obras de reabilitação da linha férrea de Sena cobrem uma média diária de mil metros de extensão, ritmo que satisfaz a Direcção dos CFM, que acredita na conclusão do empreendimento em 2009, conforme os prazos inicialmente estabelecidos.
Maputo, 29 setembro 2007 - Segundo o presidente do Conselho de Administração daquela empresa pública, Rui Fonseca, a nova terminal de carvão terá uma capacidade para manusear 18 milhões de toneladas de carvão, tendo sido já desenhado o anteprojecto de engenharia do empreendimento.
Entretanto, a linha férrea de Sena vai exigir investimentos adicionais na ordem dos 200 milhões de dólares americanos para acomodar um tráfego superior a 15 milhões de toneladas de carvão por ano, desde as minas de Moatize, em Tete, para o Porto da Beira.
Segundo dados apurados pela nossa reportagem, depois de concluídas as obras actualmente em curso, com um investimento estimado de 175 milhões de dólares, a linha de Sena terá uma capacidade instalada de seis milhões de toneladas de carga por ano.
Projecções da Companhia de Caminhos de Ferro da Beira (CCFB), concessionária da linha de Sena, prevê, sem contar com o carvão de Moatize, um fluxo de carga na ordem das 1,5 milhão de toneladas por ano, volume que deverá crescer à medida que novos projectos forem surgindo como resultado da operação daquela via.
Por forma a acomodar o tráfego do carvão, que deverá ser escoado através da linha de Sena até ao Porto da Beira, estão igualmente previstas intervenções adicionais nos sistemas de sinalização e reforço de alguns pontos da ferrovia, tudo para permitir que, tanto as cerca de 10 a 15 milhões de toneladas de carvão por ano, que a Companhia Vale do Rio Doce prevê escoar através daquele eixo, como os restantes volumes projectados por outras companhias interessadas, sejam transportadas com a necessária segurança e eficácia.
Com relação ao estágio das obras de reconstrução da linha de Sena, o “Notícias” apurou que está a haver alguns problemas com a produção de balastro, devido à qualidade da pedra disponível nas pedreiras identificadas para alimentar o projecto, situação que deverá ser ultrapassada assim que for possível usar a pedreira de Mutarara, na província de Tete, no lugar da de Chigubo, Manica e Nhamatanda que actualmente asseguram a provisão daquele material. (Notícias)

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