quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Moçambique/ Correios voltarão a captar poupança nas zonas rurais

O Banco de Moçambique emitiu já uma autorização para a introdução, pela empresa pública Correios e Moçambique, de serviços de Caixa de Poupança Rural, com envolvimento do Banco Mundial, aproveitando a rede de infra-estruturas que se encontra espalhada pelo país e que se encontra agora subaproveitada. Esta informação foi divulgada ontem pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, durante os trabalhos do XXV Conselho Coordenador do pelouro, que decorre na vila da Namaacha, em Maputo. Munguambe adiantou que estão a ser finalizados os trabalhos internos para se começar a operar nesta área.


Maputo, 23 Agosto 2007 - Não revelou quando é que a empresa poderá iniciar este serviço, nem o capital envolvido, mas assegurou que está tudo a postos para que se instalem as caixas de poupança nas zonas rurais, aproveitando-se a rede que a empresa possui.

De acordo com Munguambe, neste momento a empresa está a implementar uma estratégia de diversificação de actividades visando tornar cada delegação auto-suficiente em termos de suporte das despesas do seu funcionamento, incluindo salários.

Os Correios de Moçambique estão a enfrentar inúmeras dificuldades, mesmo para pagar os ordenados, recorrendo a empréstimos bancários para cumprir os compromissos estabelecidos com os trabalhadores.


Parte da agenda do encontro de Namaacha é a implementação de estratégias, incluindo a reformulação da política do serviço postal em Moçambique, que abrange outras empresas privadas do sector de serviço postal e de encomendas, tendo em consideração as novas tecnologias de informação.


"A entrada do correio electrónico veio revolucionar o serviço postal, pois hoje em dia muitas pessoas não precisam de escrever uma carta ou mandar um fax, mas sim usam o correio electrónico. Se olharmos para o correio como um serviço postal, podemos dizer que apareceu um concorrente que lhe está a tirar parte do mercado, mas em termos de benefício para a sociedade isso é muito importante. Desta forma, os Correios, não podendo continuar com o serviço de carta para o seu negócio, devem diversificar a suas actividades, inclusivamente prestando serviços electrónicos, a internet e outras actividades de comunicação, de pesquisa e de divulgação, incluindo serviço de poupança, que acreditamos vai contribuir para a economia", disse Munguambe, que se mostra muito optimista quanto à implementação desta estratégia que já foi uma experiência com os balcões de poupança do então BPD.


Na mesa estarão também as estratégias de aviação civil, ferro-portuário, transporte rodoviário e marinha mercante. A este propósito, António Munguambe disse esperar que estas estratégias contribuam para mudar tudo para melhor, no sentido de uma melhor prestação de serviços, maior captação de receitas para a nossa economia e criação de mais postos de trabalho.

"Isto vai também contribuir para o melhoramento do posicionamento do sector produtivo e de prestação de serviços nesta área de Transportes e Comunicações, de forma a podermos ombrear com outros parceiros internacionais e que permita a nossa participação na integração regional com vantagens para o país", disse.


Acrescentou que o sector de Transportes e Comunicações viveu recentemente um processo de reestruturação profunda, e neste momento estão a ser traçadas perspectivas de desenvolvimento em termos de investimento e disponibilização de meios para prestar um melhor serviço, de modo a atingir os objectivos que estão à volta desta reestruturação. (Notícias)

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