domingo, 27 de maio de 2007

Esposa de Sting acusa Texaco de genocídio na Amazônia

A atriz inglesa Trudie Styler, esposa do cantor Sting, afirmou na última sexta-feira (24) que na Amazônia do Equador "existe evidência de genocídio", pela exploração dos campos de petróleo da empresa norte-americana Texaco, que enfrenta um processo por provocar uma suposta contaminação na região.

Styler, que fundou junto com Sting a Fundação Rainforest para a proteção da selva tropical e povos indígenas, chegou ao Equador no último sábado e visitou as populações onde se encontram as pessoas afetadas pelos supostos danos provocados pela Texaco.

"As águas estão envenenadas. A terra está contaminada. A Texaco deve assumir sua responsabilidade pelos danos causados, é um dever legal e moral. Isto vai além de um processo civil, temos evidência que se trata de um genocídio", disse Styler em entrevista coletiva.

A atriz também afirmou que nos 20 anos que está trabalhando na fundação viu "coisas terríveis, mas nada como o nível de sofrimento do povo na Amazônia equatoriana". '"É uma violação brutal dos direitos humanos", disse.

Ação imediata
A artista considerou que trata-se de um genocídio porque "envenenar o povo de modo sistemático é um ato premeditado, um homicídio". "Estou aqui em solidariedade com o povo do Equador, com os indígenas da Amazônia e quando retornar ao meu país não vou ficar em silêncio. Como esposa de um cantor famoso, tenho possibilidades de contatar pessoas importantes para ver formas de ajudar", declarou Styler.

Os índios e camponeses locais processaram a Chevron Texaco pelos supostos danos ambientais nas províncias de Sucumbíos e Orellana. Segundo a demanda apresentada pelos indígenas e camponeses na Corte Superior de Justiça de Nueva Loja, capital de Sucumbíos, se calcula que entre 1972 e 1992 Chevron Texaco contaminou pântanos e leitos de rios. (Fonte: Ansa Latina / Vermelho / 26 de maio de 2007)

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