quarta-feira, 23 de maio de 2007

Angola / Desenvolvimento económico deve englobar questões ambientais

O ministro do Urbanismo e Ambiente, Sita José, alertou terça-feira, em Luanda, os responsáveis de todos os sectores governamentais sobre a necessidade do estabelecimento de um equilíbrio entre o desenvolvimento económico e os objectivos de estabilização de emissão de gases com efeito estufa no país.

"Na escala nacional cada um de nós deverá estar interessado em capacitar-se nos sectores que representamos para melhor ajudar Angola a assumir-se, efectivamente, como nação engajada na construção da resposta global de redução de concentrações de gases de efeito estufa".

Tal consideração foi feita pelo ministro ao intervir na abertura do seminário sobre mecanismos de desenvolvimento limpo no âmbito do Protocolo de Kyoto, no Palácio dos Congressos, em Luanda.

Segundo o responsável, é preciso aprofundar a reflexão sobre a vulnerabilidade da sobrevivência da humanidade e o nível de esforço global e urgente que as nações devem realizar conjuntamente nas próximas décadas para evitar os riscos de consequências "irreversíveis" das alterações climáticas no futuro.

Para si, há igualmente o interesse em compreender melhor a lógica de valorização dos custos económicos dos impactos das alterações climáticas, comparando-os com os custos e benefícios das medidas para realizar a redução das emissões de gases com efeito estufa.

Nesta conformidade, referiu que serão exploradas as possibilidades de cooperação internacional no domínio da investigação científica em Angola face a dinámica da aceleração das actividades verificadas nos sectores de extracção petrolífera, mineira e florestal.

De acordo com o governante a exploração será extensiva aos sectores ligados à indústria de construção civil, agrário, avícola e nas necessidades acentuadas de produção e consumo energético.

O fórum, cuja realização enquadra-se nas comemorações do Dia Mundial da Biodiversidade hoje assinalado, visará avaliar as potencialidades de aplicação do Protocolo de Kyoto no país.
A sessão de abertura seguiu-se de uma breve intervenção do professor Jacques Marcovicth da Universidade de São Paulo do Brasil o qual animará o encontro.

Contou com a presença de membros do Governo, parlamentares, altas hierarquias das Forças Armadas e da Polícia Nacional, administradores de empresas públicas e privadas estratégicas dos sectores dos petróleos, da energia e da indústria.

A segunda sessão, de carácter técnico, terá lugar quarta-feira no Hotel Trópico, em Luanda, e contará com a participação de técnicos seniores dos diferentes ministérios, das universidades, de empresas petrolíferas, da energia e da indústria, de membros das organizações da sociedade civil, entre outros. (AngolaPress / 23 de Maio de 2007)

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